A obra, com 103 páginas, comporta vinte e duas crónicas seleccionadas de um conjunto de textos publicados no jornal A Verdade, onde assinava uma coluna com o mesmo nome. Chaúque iniciou a coluna “Bitonga Blues” no matutino Notícias. São crónicas fictícias, mas que partem de uma realidade vivida e testemunhada por vezes.
A apresentação do livro será feita pelo escritor Ungulani Ba Ka Khosa, amigo do autor de “Bitonga Blues”. O lançamento desta obra irá coincidir o da cidade de Inhambane.
As crónicas que estão patentes no presente livro não reflectem o percurso do escritor de escrita, contando ainda com um grande manancial de textos por publicar. É por isso que já está a preparar outros dois livros de crónicas, nomeadamente “Palavras de Resgate” e “Entrevistas Fiticias” que poderão ser lançados no próximo ano.
Na nota de apresentação, o autor faz questão de logo avisar: “com certeza não vai caber a mim explicar o sentido deste livro que lhe é presente”, porém explica que ele resulta de um “impulso irresistível que senti no âmago, após publicação, em cerca de um ano – entre 2008 e 2009 – de crónicas, no jornal “A Verdade”.
Na obra, Alexandre Chaúque evoca lugares e nomes de pessoas e sentimentos que lhe trespassam o espírito, tudo amalgamado num sonho que lhe habita permanentemente. “É um gozo maravilhoso.
Durante o período em que eu publicava no ‘A Verdade’ tinha o demónio que me dava estas crónicas e recebia-as com júbilo, para depois as passar para os outros”, diz.
E quanto à grafia correcta que, segundo diz, não se escreve bitonga e sim gitonga, Chaúque explica: “Eu sei que não devia escrever Bitonga Blues, mas Gitonga Blues. E eu fiz isso em consciência, de propósito, pois sinto-me no direito de subverter as palavras, de aceitar a corruptela”.
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