O Director do Turismo na província de Tete, Rafael Funzamo, diz que as autoridades estão a trabalhar seriamente na atracção mais investidores, através da divulgação das principais potencialidades turísticas daquela região do centro de Moçambique. E o Turismo Cinegético, sobretudo na Albufeira de Cahora Bassa, é um dos polos para o qual estão a ser convidados os investidores, uma vez que aquele recurso está praticamente inexplorado.
Criada em 1975 e localizada no troço terminal do médio Zambeze, com uma capacidade de armazenamento de água máxima de 65 quilómetros cúbicos e um volume útil de 52 quilómetros cúbicos, 270 quilómetros de comprimento e 30 de largura máxima e uma superfície de inundação de 2 900 quilómetros quadrados ao nível de máxima cheia, a Albufeira de Cahora Bassa, é, assim, “Gigante” adormecido que Tete detém e que, bem aproveitado, atrairia os amantes do turismo do interior e, também, os fãs da pesca desportiva.
O potencial da Albufeira de Cahora Bassa criou um volume de água doce que constitui um manancial para o desenvolvimento de um ecossistema que integra uma enorme variedade de animais aquáticos, desde os de grande porte como crocodilos e hipopótamos, até ao famoso peixe kapenta ( ou a chamada sardinha do Lago Tanganica). O kapenta corresponde a uma pescaria industrial com enorme valor económico na região. Paralelamente, existem outras espécies de peixe de importância comercial, como é o caso de pende (Tilápia).
A área de inundação da Albufeira de Cahora Bassa apresenta características peculiares em termos de distribuição irregular da massa de água, bastante recortada e com inúmeras saliências e reentrâncias. A vastidão das suas reentrâncias caracteriza autênticas baías com um potencial de desenvolvimento do ecossistema aquático de grande relevância para o uso e aproveitamento para a pesca artesanal, semi-industrial e industrial, recreação, turismo e caça.
Actualmente, a margem sul da albufeira apresenta-se com um potencial enorme de áreas de reservas, como é o caso da região de Bawa, com destaque para o projecto Tchuma Tchatu (em língua local, “Nhungwe”, A nossa riqueza), e o Kafukudzi Camp. Na margem norte, próximo da Vila do Zumbu, existe o complexo Chawalo Safari.
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