RÁDIO MOÇAMBIQUE

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sábado, 23 de agosto de 2008

BObama pela 7ª vez na revista "Time"

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, vai aparecer pela sétima vez num ano na capa da revista Time, que esta semana dedica a sua principal matéria à convenção democrata de Denver.
A edição traz também uma entrevista com o senador democrata.

Veja também: Joe Biden vice-presidente de Barack Obama
Veja também: Celebridade, Obama pode ser o primeiro negro na Casa Branca

"Os artigos que falam de mim oscilam entre os extremos de garoto idealista que promete o céu porque não sabe como o mundo realmente funciona e o político frio e calculista que programou por anos esta subida ao poder: não me reconheço em nenhuma dessas duas caricaturas", disse Obama.

O democrata declarou à revista que os republicanos usam contra ele acusações clássicas que nos últimos 25 anos fizeram a todos os candidatos democratas, dizendo que ele aumentará os impostos, não é patriota e será fraco com os inimigos do país.

"Não posso reprovar os republicanos por isso. Funcionou diversas vezes. Mas sem resolver os problemas: e essa é uma das razões pela qual eles são tão péssimos quando estão no governo", declarou Obama.
Entretanto, o produtor e cantor inglês Dave Stewart lançou nesta sexta-feira, 22, um videoclipe em apoio ao candidato democrata à Presidência americana, Barack Obama.
O vídeo da American Prayer, canção que foi escrita com Bono Vox, mostra estrelas americanas como Whoopi Goldbert, Joss Stone, Cyndi Lauper, Rod Stewart e o brasileiro Sérgio Mendes, além de veteranos da guerra do Iraque e trechos de um discurso do líder negro Martin Luther King.
"O senador Obama inspirou milhões para levantar suas vozes em um pedido de mudança. A história nos ensinou que a música tem o poder de ser o coração de uma mudança social", afirmou Stewart no site oficial da canção, que convida os apoiantes de Obama a criarem os seus próprios vídeos com a música, que depois poderão ser incluídos em outras versões do clipe. "American Prayer é dedicada a todos os jovens que, pela primeira vez, estão se levantando por aquilo que acreditam", explicou Dave Stewart.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Metallica lança faixa do novo álbum no site oficial


A banda "Metallica" nas mixagens finais do álbum "Death Magnetic"

A banda norte-americana Metallica publicou hoje, 21, no seu site oficial (www.metallica.com) a música "The Day That Never Comes", que fará parte do novo álbum do grupo, "Death Magnetic", previsto para ser lançado oficialmente no dia 12 de setembro.

É o primeiro trabalho do conjunto precursor do gênero thrash metal desde o álbum "St.Anger", lançado em 2003.

O Metallica vem com a promessa de voltar à fase de rock mais pesado, anterior ao lançamento do clássico álbum "Metallica", de 1991, popularmente conhecido como "Álbum Preto" e que tirou definitivamente a banda da vertente restrita do heavy metal para transformá-la num dos grupos de maior sucesso comercial do globo.

Além de poder ouvir a versão da nova música na íntegra, o fã do Metallica poderá ouvir no mesmo site trechos de outras faixas que farão parte do novo álbum.

Texto extraído do site da banda sob o seu novo trabalho
"Today we finished mixing and mastering our ninth studio album of original material, "Death Magnetic" which hits the streets worldwide on Friday, September 12. Produced by Rick Rubin and recorded at Sound City Studios, Shangri La Studios, and our very own HQ. The first track and video "The Day That Never Comes" will hit the airwaves later this month. In addition, you'll be able to download every song from "Death Magnetic" for the video game "Guitar Hero III" the same day the album comes out!"
A lista completa das canções que fazem parte do álbumThe complete track listing is below:
- That Was Just Your Life
- The End Of The Line
- Broken, Beat & Scarred
- The Day That Never Comes
- All Nightmare Long
- Cyanide The Unforgiven III
- The Judas Kiss
- Suicide & Redemption
- My Apocalypse

Maestro russo diz que ataque da Geórgia foi o 11/09 da Ossétia

O maestro russo de origem ossétia Valery Gergiev regeu na quinta-feira um concerto de Tchaikovsky em meio aos edifícios bombardeados da Ossétia do Sul, querendo, segundo ele, chamar a atenção do mundo para o sofrimento na região.
Gergiev, um dos músicos mais reconhecidos da Rússia, comparou os ataques georgianos contra a Ossétia do Sul aos atentados islâmicos de 11 de setembro de 2001 nos EUA.


O maestro, criado na vizinha Ossétia do Norte, que pertence à Rússia, visitou o devastado bairro judeu de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul. Em seguida, regeu um concerto na praça central. No dia 7 de agosto, a Geórgia iniciou uma operação militar para tentar recuperar o controle da Ossétia do Sul, uma região etnicamente diversa que desde 1992 goza de autonomia sob a proteção da Rússia. Moscovo reagiu enviando tropas e ocupando também outras partes da Geórgia.

"Quando os EUA perderam 3,5 mil pessoas no 11 de setembro, a Rússia foi o primeiro país a manifestar seu apoio", disse Gergiev. "Para a Ossétia do Sul, perder 1.500 ou 2.000 pessoas hoje é uma tragédia terrível, mas ninguém sabe disso. Alvejar meninos, crianças de cima de um tanque é uma vergonha, e o mundo deveria saber dessa vergonha."

A Geórgia rejeita esse número de mortos e nega que tenha usado força excessiva na acção. Tbilisi alega ainda que os russos e as milícias separatistas é que cometeram abusos contra pessoas de etnia georgiana na Ossétia do Sul.

Vestido de preto, Gergiev regeu a 5a e a 6a Sinfonias de Tchaikovsky em um palco montado em frente ao arruinado Parlamento local. Sob a vigilância de dois blindados e de policiais, crianças sentaram-se com velas na platéia, e algumas pessoas agitavam bandeiras russas. O ponto alto do concerto foi a 7a Sinfonia, dita "Sinfonia de Leningrado", associada pelos russos à resistência contra o cerco nazista à actual São Petersburgo, durante a Segunda Guerra Mundial.

"Torço muito para que a música ajude a evocar as melhores lembranças, e estamos aqui para lembrar dos que morreram nos trágicos dias desta agressão", disse o maestro em inglês. Atualmente diretor do teatro Mariinsky, em São Petersburgo, Gergiev nasceu em Moscovo numa família de etnia ossétia e foi criado na Ossétia do Norte.

Roberto, Caetano e Tom Jobim, três caminhos cruzados

A expectativa para o encontro de Roberto Carlos e Caetano Veloso (quem diria...) nesta sexta-feira, 22, no Teatro Municipal do Rio, cantando Tom Jobim, é de um "show histórico", que vem até tirando o sono de fãs ansiosos. São Paulo mata a curiosidade na segunda e na terça, no Auditório Ibirapuera, onde as apresentações serão gravadas para um programa de fim de ano da Rede Globo de Televisão e futuro lançamento em DVD.


Juntos, eles vão cantar seis músicas, entre elas A Felicidade, Chega de Saudade e Teresa da Praia. Nas performances individuais, cada um se apresenta com sua banda/orquestra e seus respectivos maestros: Jaques Morelenbaum e Eduardo Lages.

Dentre os clássicos de Jobim escolhidos por Roberto estão as duas únicas que ele gravou, Lígia e Insensatez, além de Eu Sei Que Vou te Amar. O roteiro de Caetano tem Meditação (que ele também gravou) e Por Toda a Minha Vida.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Madonna, aos 50 anos, começa digressão em estádio britânico

Madonna vai iniciar a sua digressão mundial Sticky & Sweet no Millennium Stadium de Cardiff, País de Gales, no sábado, 23. Será o mais recente teste de sua capacidade de atrair multidões, apenas uma semana depois de completar 50 anos de idade.

A "rainha do pop" espera superar a sua última digressão mundial, de 2006. Confessions foi a digressão de maior arrecadação da história entre artistas mulheres, tendo vendido 195 milhões de dolares em ingressos. Em Sticky & Sweet, Madonna vai cantar sucessos que abrangem quase 30 anos da música pop, incluindo o seu álbum mais recente, Hard Candy.
A digressão terá 49 shows e será encerrada em São Paulo a 18 de dezembro. Ela toca no Rio de Janeiro em 14 de dezembro.

A Live Nation, que organiza a digressão, anunciou em junho que já era praticamente certo que a arrecadação vai superar os 250 milhões de dolares. Sticky & Sweet também será um teste importante para a Live Nation, que em 2007 fechou com Madonna um contrato de dez anos, supostamente no valor de 120 milhões de dolares.

Os executivos das gravadoras, ressentidos pelo facto de alguns dos maiores nomes da música estarem a assinar contratos novos com empresas como a Live Nation e a rede de cafés Starbucks, reflectindo as mudanças na indústria musical, se perguntam se essas empresas não estarão a pagar mais para atrair nomes muito conhecidos pelo grande público.

Madonna reforçou a sua fama de mulher de negócios quando deixou a Warner Brothers, a sua gravadora havia muito tempo, para fechar com a Live Nation, num momento em que o mundo pop percebia que as apresentações ao vivo estão a ser mais lucrativas que a venda de discos.

Os downloads ilegais e a concorrência de outras formas de entretenimento, como os videogames, vêm prejudicando as vendas de CDs, e o crescimento das vendas digitais legais não compensou essas perdas.



Altos e baixos



Em termos musicais, Madonna tem poucos rivais reais. A Associação das Gravadoras da América a descreve como a artista de rock de maiores vendas do século 20 e como a segunda artista mulher com mais vendas nos Estados Unidos.

O Guinness dos Recordes Mundiais coloca-a como a mulher que mais ganhou dinheiro com gravações em todos os tempos, tendo já vendido cerca de 200 milhões de álbuns.

O jornal Sunday Times estima a fortuna de Madonna e o seu marido, Guy Ritchie, em cerca de 600 milhões de dolares. Mas os últimos anos não têm sido inteiramente fáceis para ela. Celebridade que frequentemente reage mal sob o escrutínio da mídia, Madonna pode ser universalmente admirada, mas não é universalmente amada. A sua decisão, em 2006, de adoptar uma criança do Malawi, cuja mãe morrera, provocou polêmica tanto naquele país vizinho de Moçambique, sul da África, quanto fora dele.

Madonna tem dois outros filhos: Rocco, cujo pai é o seu marido, o cineasta britânico Guy Ritchie, e Lourdes, fruto de um relacionamento anterior.

Ela dirigiu o seu primeiro longa-metragem em 2008, e, embora a crítica tenha se dividido em relação ao filme, muitos opinaram que ela faria melhor em se ater à música.

O seu casamento de oito anos com Ritchie vem sendo alvo de atenção crescente depois de os tablóides do Reino Unido, onde Madonna passa boa parte do seu tempo, terem divulgado que o casal estaria prestes a se divorciar. Tanto Madonna quanto Ritchie negam a informação.

Luiz Paulo Horta é eleito com 23 votos novo membro da ABL

O jornalista Luiz Paulo Horta foi eleito nesta quinta-feira, 21, com 23 votos o novo ocupante da cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que era ocupado até maio pela escritora Zélia Gattai. O segundo colocado foi o escritor Ziraldo, com 11 votos. Houve ainda 4 votos nulos e um branco. Dos 39 acadêmicos, trinta estiveram presentes. Os demais votaram por carta.

Horta, jornalista e crítico de música clássica, foi escolhido entre 21 candidatos e já aparecia como favorito em prévias informais. Também estavam no páreo os escritores Antônio Torres, a historiadora Isabel Lustosa e o crítico literário Fábio Lucas.

O mais novo imortal candidatou-se por sugestão de amigos acadêmicos. "Acho que é tudo questão de timing. Não sei se acertamos. A casa tem seus mistérios", declarou antes da decisão desta quinta. Horta é autor de obras como Sete Noites com os Clássicos e A Música das Esferas - em que reúne crônicas publicadas no jornal O Globo.

A cadeira 23 não é uma vaga qualquer. Ela foi inaugurada por Machado de Assis, que escolheu como patrono José Alencar. Jorge Amado ocupou-a por quatro décadas. A sua mulher, Zélia Gattai, o substituiu por sete anos. A disputa acirrada tem dois grandes motivos: desde 2006 não havia cadeiras vagas e, além disso, não se candidatou à vaga nenhum medalhão. O sonho da ABL é atrair o crítico literário Antonio Candido, de 90 anos, que não aceita o convite de jeito nenhum.

A votação na ABL funciona de forma secreta e todos os votos, escritos em pedaços de papel, são incinerados ao fim da eleição. Quem não puder ir até a ABL envia o voto ao presidente por carta.

Exposição de carros modelos antigos

Museu exibe modelo clássico da Citroen, o “Deux Chevaux” (dois cavalos), em Grandfontaine, na França, nesta quinta-feira.

28 anos depois, o assassino de John Lennon confessa-se arrependido

Mark Chapman, o assassino de John Lennon, revelou novos pormenores da morte do ex-Beatle, quando tentou pela quinta vez a liberdade condicional, que não lhe foi concedida. Ao contrário da versão que sempre foi noticiada nas páginas dos jornais de todo o mundo, Chapman negou ter chamado John Lennon quando este e Yoko Ono regressavam a casa, a 8 de Dezembro de 1980, antes de o ter assassinado. "Acho que isso foi tudo uma invenção da imprensa, não aconteceu. Ele não se voltou. Eu disparei pelas costas", revelou ao júri que negou a sua liberdade condicional.


O pedido de Chapman foi feito no dia 12 de Agosto, mas só na terça-feira passada é que as autoridades norte-americanas revelaram pormenores do processo, onde Mark Chapman confessou estar "envergonhado" pelo crime que cometeu. "Estou arrependido do que fiz. Reconheço que aquele homem de 25 anos não tinha consciência do valor da vida que levava", terá explicado. Esta foi a primeira vez que Chapman revelou o seu arrependimento pela morte de John Lennon, mas nem isso mudou a posição das autoridades, que continuam a considerar o norte-americano, agora com 53 anos, um perigo para a sociedade. Chapman voltou a contar que foi duas vezes a Nova Iorque para assassinar o ex-Beatle e que comprou a arma do crime a um amigo, no estado da Geórgia. As razões do assassínio foram novamente repetidas. "Na altura achava que graças ao crime ficaria famoso, deixava de ser um zé-ninguém".



Hoje Chapman considera-se um homem diferente. "Aos 53 anos de-senvolvi um profundo entendimento do que é a vida humana, mudei muito", revelou

Roqueiros mortos aos 27 anos são tema de exposição

Uma exposição de fotografias em Londres vai apresentar às novas gerações alguns dos roqueiros que viveram de maneira extravagante e morreram prematuramente.

Forever 27 (Para Sempre 27) é uma mostra de cinco dos mais famosos artistas - Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones e Kurt Cobain - de um total de mais de 30 que morreram aos 27 anos de idade.
Os organizadores, Proud Galleries, dizem procurar apresentar trabalhos fotográficos de alta qualidade a um público mais amplo, ao montar exposições com temas populares como música, cinema, moda e desporto.

Em Forever 27, podem ser vistas obras de fotógrafos que ganharam fama na década de 60, como Phil Townsend, Steve Double, Jill Gibson e Joe Sia.

A mostra estará patente de 21 de agosto a 9 de novembro de 2008.

Cadeira de Machado de Assis, em disputa acirrada na ABL

(Acadêmicos da ABL se reúnem para o famoso chá)

Nunca houve eleição como esta em 111 anos de história da Academia Brasileira de Letras. Nesta quinta-feira, 21, os 39 imortais escolhem entre 21 candidatos quem terá a honra de ocupar a cadeira 23. Não é uma vaga qualquer. Foi inaugurada por Machado de Assis, que escolheu como patrono José de Alencar.



Jorge Amado ocupou-a por quatro décadas. A sua mulher, Zélia Gattai, substituiu-o por sete anos. Nas prévias informais, feitas entre um gole de chá e outro, aparece como favorito o jornalista e crítico de música clássica Luiz Paulo Horta. Também estão na corrida os escritores Antônio Torres e Ziraldo, a historiadora Isabel Lustosa e o crítico literário Fábio Lucas. Vence quem conseguir 20 votos.

Polêmica sobre Ziraldo

Dos cinco candidatos de expressão, Ziraldo é o mais polêmico. "A chamada bolsa ditadura pesou. Ele saiu chamuscado do episódio e isso tem peso na academia", analisa Ivan Junqueira. Em abril, o criador do Menino Maluquinho recebeu 1 milhão de Reais da Comissão de Amnistia do Ministério da Justiça, além da pensão mensal de 4 mil, num processo no qual alegava ter prejuízos com a perseguição política durante a ditadura militar.


Ziraldo não quer falar da sua candidatura: "Aprendi que candidato não deve dar entrevista." E usa um símbolo da ditadura para se justificar. "Como diria Armando Falcão (ministro da Justiça de Ernesto Geisel), nada a declarar." A candidatura de Ziraldo alimentou intrigas na casa. A sua amiga e imortal Ana Maria Machado, de 66 anos, o aconselhou a retirar o seu nome.
Um acadêmico antigo na casa acredita que a indeminização não é problema, até porque outro imortal, Carlos Heitor Cony, recebe o benefício desde 2004. O problema, segundo este acadêmico, foi a reacção de Ziraldo. Na época, o cartunista reagiu assim às críticas: "Estou me lixando. Esses críticos não tiveram a coragem de botar o dedo na ferida, enquanto eu não deixei de fazer minhas charges. Eles tomavam cafezinho com Golbery."


Apesar de ter eleições sempre muito concorridas, existem escritores que não aceitam fazer parte da Academia Brasileira de Letras.


"Tenho muitos amigos lá. Mas nunca pertenci a academias ou grupos. Gosto mesmo é de ficar em casa a estudar", explica o crítico literário Antonio Candido, de 90 anos.


O escritor Luis Fernando Verissimo relembra o pai, Erico. "
Uma vez, após um enfarte, o meu pai foi convidado a se candidatar à ABL e respondeu: ‘Mas eu já sou quase uma vaga!’ Quando o amigo Vianna Moog insistiu, disse: ‘Está bem, Moog. Vou me candidatar para a tua vaga.’ Moog nunca mais tocou no assunto. O meu pai era contra qualquer tipo de formalidade".
Verissimo, o filho, vai na mesma linha: "Eu não me candidato porque não tenho obra literária que mereça a honra nem o físico para o fardão, ainda mais depois que o (Moacyr) Scliar contou que a gente não fica com a espada. Mas também tenho amigos lá dentro e respeito a instituição".

The Verve grava 1º disco em 11 anos e inicia “nova era”

A banda The Verve considera o seu próximo álbum, "Forth", o começo de uma nova era e a continuidade de uma carreira interrompida por dois rompimentos. O disco é o primeiro que a banda lança em 11 anos.

Desde que se reuniu em 2007, a banda Verve apresentou-se na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Está prevista que o quarteto se apresente no fim deste ano ou no começo de 2009 na América do Norte assim que "Forth" for lançado.

O líder da banda, Richard Ashcroft, está obrigado por contrato a gravar outro disco solo, mas ao que tudo indica isso não vai atrapalhar seus planos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Morre LeRoi Moore, fundador da Dave Matthews Band

O saxofonista LeRoi Moore, fundador da Dave Matthews Bando, morreu nesta terça-feira, 19, em consequência dos ferimentos sofridos num acidente em junho, informou o seu agente, Ambrosia Healy.

O músico morreu em Los Angeles após uma repentina complicação de seu estado físico.

Moore foi hospitalizado no final de junho, após sofrer um acidente na sua quinta nos arredores de Charlottesville (Virgínia).

O saxofonista fundou a Dave Matthews Band, que era formada actualmente por Dave Matthews (voz e violão), Boyd Tinsley (violino), Stefan Lessard (baixo), Carter Beauford (bateria e percussões) e LeRoi Moore (saxofone e flauta).

Julio Iglesias comemora seus 40 anos de carreira numa digressão pela Espanha

O cantor espanhol Julio Iglesias vai comemorar os seus 40 anos de carreira com uma digressão pelo seu país, que o levará à sua natal Benidorm, a cidade litorânea onde um jovem desconhecido que pretendia ser jogador de futebol ganhou o seu primeiro festival da canção.
Iglesias, nascido em 23 de setembro de 1943, chegou a jogar como juvenil no Real Madrid, e também se formou em direito, mas, por causa de um acidente de trânsito que o deixou de cama durante certo tempo, começou a compor e tocar violão, o que o fez descobrir sua verdadeira vocação musical.
Em pouco tempo se transformou num ídolo da canção romântica mundial e, em 1983, ganhou um disco de Diamantes, o primeiro e único concedido pelo Livro Guinness dos Recordes Mundiais por liderar a vendagem de discos no maior número de idiomas da história. Em 1985 também recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
E, em 40 anos de carreira, vendeu mais de 250 milhões de discos e recebeu mais de 2.600 discos de platina.
"Foram 40 anos intensos e muito felizes", assegurou o cantor numa entrevista ao jornal La Voz de Cádiz desta terça-feira.

Vietnam liberta o roqueiro Gary Glitter após quase trés anos

O Vietnam libertou esta terça-feira, 19, o roqueiro britânico Gary Glitter, depois de quase três anos de prisão por ter abusado sexualmente de duas meninas vietnamitas menores de idade. A informação é do advogado do cantor.
Glitter, 64 anos, cujo nome real é Paul Gadd, foi preso em novembro de 2005 no aeroporto Ho Chi Minh quando tentava deixar o país. Após um julgamento que durou um dia e no qual se declarou inocente, foi sentenciado a três anos de prisão.
"O meu cliente é um homem livre agora, mas será escoltado directamente ao aeroporto para retornar a Londres. Deve chegar a Londres amanhã", disse o advogado de Glitter.
Glitter foi retirado da penitenciária de Thu Duc, a 190 quilômetros ao norte de Ho Chi Minh City, num jipe policial com janelas escurecidas, frustrando os jornalistas de tablóides britânicos reunidos na entrada da prisão.
A expectativa é que o roqueiro viaje até Londres fazendo escala em Bangcoc, onde a polícia de imigração já disse que será rejeitado como indesejável se tentar ingressar na Tailândia.
A mídia estatal vietnamita informou na semana passada que Glitter vinha fazendo tarefas manuais na clínica da penitenciária, situada na província vizinha a Ba Ria-Vung Tau, onde ele vivia em um bangalô e molestou duas meninas de 11 anos.
Gary Glitter chegou à fama nos anos 1970 com astro do "glam rock". Seus sucessos incluem "Rock and Roll (Parts 1 & 2)", "I Love You Love Me Love", "Do You Wanna Touch Me (Oh Yeah)" e "I'm the Leader of Gang (I am)".

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Juventude retrô aposta na música antiga

Eles têm entre 19 e 33 anos e os seus programas favoritos alternam entre bater um bom papo acompanhado de comidas saborosas e assistir filmes, principalmente europeus, no cinema e na televisão de casa, quando alugados.

O que diferencia estes jovens de outros mortais da mesma idade não é simplesmente o facto de se dedicarem à música há pelo menos dez anos, mas, sim, de terem escolhido dentro dela um gênero em que não existem - ou são raros - registos de gravações sonoras históricas, textos que contextualizem as obras, fotografias e meras descrições de como produzir som em determinado instrumento. Estamos a falar da música antiga, terreno até bem pouco tempo atrás explorado por contáveis músicos brasileiros, mas que parece ganhar força graças ao crescente interesse de jovens como os da foto (acima).

As histórias variam um pouco por causa das escolhas de instrumentos que fizeram quando ainda eram crianças - para Raí Toffoletto, de 20 anos, por exemplo, foi muito mais fácil aproximar-se do cravo, uma vez que estudou piano desde pequeno; ou para Leonardo Takiy, também de 20 anos, que desde os 7 se dedica ao violão e passou a estudar alaúde há um ano. Mas o motivo que os levou a se embrenharem num tipo de música desconhecida, até mesmo entre os seus pares, parece se resumir a um só: o amor à primeira vista pelas músicas compostas essencialmente na Idade Média, no Renascimento e no Barroco.

José Saramago lança o seu novo livro "A Viagem do Elefante"

O escritor português José Saramago acaba de terminar o seu novo livro, A Viagem do Elefante, que conta a história real de uma viagem épica de um elefante asiático que, no Século 16, viajou de Lisboa para Viena.
"Por muito incongruente que possa parecer..." são as primeiras palavras de A Viagem do Elefante, uma idéia que Saramago carrega há mais de dez anos, quando viajou à Áustria e por acaso entrou num restaurante de Salzburgo chamado The Elephant (O Elefante). O Prêmio Nobel de Literatura respondeu às perguntas da Agência Efe em sua casa em Lanzarote (Ilhas Canárias), onde terminou o seu livro e já recuperado de uma doença respiratória que ameaçou a sua vida.
Mais de uma vez pensou que não chegaria a concluir a obra, que tem aproximadamente 240 páginas e que chegará no segundo semestre aos leitores das línguas portuguesa e espanhola.

Governo da Malásia cancela apresentação de Avril Lavigne

(Show da canadense foi considerado pela oposição islâmica como 'muito sexy' para ser apresentado no país)

O governo da Malásia cancelou nesta terça-feira, 19, um concerto da cantora canadense Avril Lavigne, afirmando que ele pode manchar as celebrações do dia da independência do país de maioria muçulmana, depois que a oposição islâmica rebateu que o show era "muito sexy". No ano passado, a cantora Beyoncé precisou transferir seu show e Christina Aguilera evitou o país na sua digressão.
O ministro das artes, cultura e patrimônio disse que o show de Avril foi cancelado porque era inadequado para a cultura da Malásia e não poderia acontecer a 29 de agosto, dois dias depois do dia da independência.
"Não é um bom momento. Não é um bom espírito para nosso dia da independência. Se nós permitíssemos o show, seria contrário com o que estamos a preparar", disse Shukran Ibrahim, um membro veterano da polícia no Departamento do Ministério da Cultura que checa todos os artistas estrangeiros.
A decisão final veio após líderes religiosos da oposição islâmica pedirem o cancelamento do concerto. Kamarulzaman Mohamed, um dos líderes do partido islâmico, afirmou à Associated Press na segunda-feira que o show de Avril era "considerado muito sexy para nós" e poderia promover valores errados.
"Nós não queremos o nosso povo, nossos adolescentes, influenciados pela performance. Nós queremos artistas limpos, que são bons modelos", disse Mohamed.
Avril, que ficou famosa em 2002 com seu álbum Let's Go, havia planeado iniciar a sua digressão pela Ásia em Kuala Lumpur. A Galaxy Group, empresa que está a organizar a apresentação da cantora, pode pedir uma nova data para o show, que será avaliada pelo Ministério, informou Shukran.
No ano passado, a cantora Beyoncé teve que transferir o seu show da Malásia para Indonésia, e Christina Aguilera evitou o país na sua digressão pela Ásia após devido a uma controvérsia com o seu vestido.
O governo da Malásia exige que todos os artistas usem roupas sem imagens obscenas ou que façam menção a drogas. Exige ainda que a roupa deixe os seus corpos cobertos do peito até os joelhos. Além disso, não podem pular, gritar, abraçar ou beijar alguém no palco.

Enid Blyton é eleita a escritora favorita na Grã-Bretanha

A escritora de best-sellers J.K. Rowling sofreu uma rara derrota literária esta terça-feira, 19, quando Enid Blyton ficou em primeiro lugar numa pesquisa para descobrir o autor ou a autora mais querido(a) da Grã-Bretanha. Roald Dahl, autor de "A Fantástica Fábrica de Chocolate", ficou em segundo lugar. A criadora de Harry Potter, em terceiro.
Blyton vendeu mais de 500 milhões de livros em todo o mundo e é mais conhecida pela série "Famous Five", dos anos 1940 e 1950, nos quais Julian, Dick, Anne, George e Timmy, o cachorro, derrotam sequestradores e contrabandistas. Os críticos rotulam os seus livros como sexistas, racistas e simplistas, mas as histórias de Blyton continuam bastante populares, vendendo mais de 10 milhões de cópias por ano. Os leitores deparam-se com um passado de crianças despreocupadas e adultos "bestiais".
"Estamos encantados com o facto de que o público britânico elegeu Enid Blyton a autora mais querida", disse Jeff Norton, director de desenvolvimento de marcas da Chorion, detentora dos direitos de Enid Blyton. "O seu jeito de contar histórias é atemporal e o resultado (da pesquisa) confirma que os seus livros ainda são firmes favoritos até hoje.
"Com os três primeiros lugares dominados por autores infantis, Jane Austen apareceu em quarto lugar e Shakespeare em quinto, enquanto autores como Philip Pullman e Ian Fleming, criador do James Bond, não chegaram à lista dos 50 autores preferidos. A pesquisa, feita com 2 mil adultos entrevistados nas primeiras duas semanas de agosto pela One Poll, marca os prêmios Costa Book de 2008.
"O que é interessante sobre esta pequisa é como ela reforça a importância da leitura na infância e demonstra quão influenciados somos na vida adulta pelos autores e livros que lemos quando crianças", disse um porta-voz da Costa.

Bob Dylan lança canção inédita para download gratuito na web

O cantor americano Bob Dylan oferece de graça na internet uma canção inédita, Dreaming of You, como uma amostra de Tell Tale Signs, colectânea de canções gravadas durante as últimas duas décadas que começará a ser vendida em outubro.

Dreaming of You, que pode ser baixada no site do cantor, pertence às sessões de gravação de Time out of Mind, álbum lançado por Dylan em 1997 e que foi considerado o seu renascimento criativo.

A música é uma das inéditas que serão apresentadas em Tell Tale Signs, no qual também se incluem versões ao vivo e outras raridades.

O álbum será comercializado em formato duplo com 27 canções e também em uma edição limitada, que inclui um terceiro CD com mais 12 músicas e um livro com as capas dos singles de Dylan.

O material abrange o período de 1989 até 2006, no qual Dylan gravou os seus três últimos e aclamados discos, Time out of Mind (1997), Love and Theft (2001) e Modern Times (2006).

Tell Tale Signs é o oitavo volume de The Bootleg Series, uma colecção de álbuns que Dylan começou a lançar em 1991 para divulgar o seu material inédito e evitar que acabasse sendo divulgado em discos piratas.

Morreu o Presidente da Zâmbia

Levy Mwanawasa, presidente da Zâmbia, morreu em Paris, segundo informou a Presidência da França nesta terça-feira, 19.
O comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do presidente Nicolas Sarkozy não diz como e nem quando morreu o líder zambiano.

Mwanawasa estava hospitalizado na França desde junho, quando sofreu um derrame.



Leia mais em: Morreu o Presidente da Zâmbia

O nosso Cristovão Colombo, herói anónimo da epopeia libertadora do homem e da terra

Cristovão Colombo, sessenta e um anos, oito dos quais passados nas matas do Niassa e Cabo Delgado como guerrilheiro da Frelimo na luta pela independência nacional de Moçambique, é um antigo combatente.
Nasceu na Missão Católica de Muidumbe, em pleno plantalo de Mueda na ponta norte de Moçambique e hoje, aposentado do Ministério da Educação, reside com a família na vila fronteiriça da Namaacha, na ponta sul do país. Aqui é popularmente chamado por General Colombo, quando na verdade o seu cartão de identificação regista-o como Major.
Porquê então “General” Colombo?. Simples quanto o homem que o “promovera” se ter chamado Domingos Fondo, General de patência ajuramentado, infelizmente já falecido. Fondo, Comandamente Militar da Província de Inhambane nos dificeis anos da guerra, ficou impressionado com o amplo movimento de construção de abrigos nas escolas para a protecção dos alunos contra as investidas da Renamo. Posto ao corrente da paternidade daquela iniciativa, não exitou em patentear (está-se pois em período de guerra) o Colombo (o mentor da iniciativa) à categoria de General. Uma brincadeira que pegou até hoje. Aí temos então o “General” Cristovão Colombo, um “velho” gabarola que, pelas ruas pedregosas da Namaacha, se exibe com um pequeno bastão na mão e acenando “à militar” para todos os que o saudam.

Das matas da guerrilha a dirigente educacional

O nosso “General” adere à luta armada de libertação nacional dois anos depois do seu início, isto é, em 1966, na República da Tanzania. Tinha então 17 anos quando ingressa no Instituto Moçambicano (dirigido por Janet Modlane) em Dar-es-Salaam onde tem como professores, entre outros, Jacinto Veloso (General na Reserva e antigo membro do governo), Fernando Ganhão, um dos fundadores e primeiro reitor da Universidade Eduardo Mondlane, já falecido, e Eduardo Sebastião Koloma, hoje Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O aluno Cristovão Colombo, mal sabia que um dos seus “teachers”, passados pouco mais de quarenta anos, viria a ocupar o mais alto cargo da nação: O Presidente da República Armando Guebuza.
Em 1968 o comando da guerrilha entendeu que o jovem Colombo já estava suficientemente “maduro” para as lides militares e decide enviá-lo para treino político-militar. A morte de Eduardo Mondlane, em fevereiro de 1969, surpreende-o no Centro de Nachingweia.
É “despachado” para o teatro da guerra no Niassa onde combate durante um ano sob as ordens do lendário comandante Romão Fernando Farinha, “movimentam-nos” depois para a frente de Cabo Delgado (em pleno “Nó Górdio”) onde permanece pouco tempo até que, suficientemente “bebido da realidade da guerra”, vai dar aulas no Centro Educacional de Tunduru na Tanzânia. Filipe Nhussi, o actual Ministro da Defesa, foi um dos seus alunos. Isto de 1970 até ao fim da guerra em setembro de 1974.
(Curiosidade: recolho esta trajectória de Cristovão Colombo em pleno jardim Tunduru na capital do país).

De camarada para Senhor Director

Após uma breve estada em Pemba durante o Governo de Transição, o nosso amigo é nomeado primeiro Director Provincial da Educação em Inhambane por Graça Machel, então Ministra do pelouro no primeiro governo de Moçambique independente.
Permanece no cargo por dois anos, durante os quais, para além de ter sido “patenteado” General por orientar a construção de abrigos militares nas escolas, conheceu, conviveu e dirigiu homens de várias origens e índoles, alguns dos quais são hoje renomados políticos, académicos e jornalistas. São os casos de Brazão Mazula (Ex-Reitor da UEM e primeiro presidente da CNEleições) a quem Colombo incubiu de dirigir o sector do ensino secundário; nomeou como directores distritais de educação dos distritos de Inhambane e Govuro, designadamente, Lourenço Hamela, pai de Hipólito Hamela, renomado economista, e Alberto Julai, hoje o jornalista mais velho da Rádio Moçambique.
É com orgulho que Cristovão Colombo desfia uma série de nomes de gente hoje importante que “passou pelas minhas mãos” como o de um grande jornalista da praça, Faustino Igreja de seu nome, hoje correspondente da Rádio Moçambique no Malawi. Faustino Igreja que dos bancos da Escola Emília Daússe em Inhambane, recebeu de Cristovão Colombo uma “guia de marcha” para ir cursar agricultura na Escola Básica Agrária do Chokwe, desertando depois para os bancos das redacções da Rádio pública.
Em 1984, o “General” Cristovão Colombo abandona orgulhosamente o campo de batalha por força das maleitas da idade.
Uma vida vivida plenamente por Colombo e que não é possível descrevê-la com todos os pormenores. Mas quem se interessar pela trajectória deste homem simples pode escutar uma entrevista feita por Maria Judite para o programa “Um Amigo, Uma Conversa” que vai para o ar no domingo, 25, as 20H00, com reposição na madruagada de quinta-feira, as 02H05. Escute no http://www.rm.co.mz/

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Phelps, o super-homem













(Phelps em ação: os rivais só não comem poeira porque se trata de natação)
Os chineses podem dominar o quadro geral nesta Olimpíada, mas a estrela da festa é, definitivamente, um americano. Michael Phelps – o maior fenômeno da natação de todos os tempos, o atleta que mais ganhou ouros em olimpíadas, o homem que esgotou o repertório de superlativos do esporte – conquistou tantas medalhas em Pequim que mal teve tempo de guardá-las.




Morreu Dorival Caymmi

"E assim adormece esse homem/Que nunca precisa dormir pra sonhar/Porque não há sonho mais lindo do que sua terra." Com estes versos, da música “João Valentão”, o compositor Dorival Caymmi foi sepultado, no Rio. O trecho foi lido por Dori Caymmi, seu filho mais velho. Cerca de 200 pessoas, entre familiares, fãs e amigos seguiram o cortejo pelo Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da cidade.
"Caymmi pode ser considerado um orixá, deixou muita sabedoria", disse o compositor João Bosco, um dos músicos presentes ao enterro, ao lado de Gilberto Gil, Ronaldo Bastos, Jards Macalé, Marcos Valle, Jorge Mautner e Fagner. "Acho que ninguém cantará a Bahia tão bem quanto Dorival. Ele a cantou com maestria na sua essência", comentou Gil, ex-ministro da Cultura. Caymmi foi enterrado num local próximo ao jazigo de Carmem Miranda, que tornou famosa a sua canção “O que que a baiana tem?”
Caymmi morreu no sábado, 16, aos 94 anos, na sua casa, em consequência de complicações de um cancro renal descoberto em 1999. Nesse mesmo ano, foi-lhe retiradoum rim.
No enterro, a cantora Nana Caymmi, filha, chorou e depois cantou baixinho, do alto da escadaria, a música Adeus, que Dorival compôs quando tinha 18 anos.
Caymmi foi o precursor de uma integração das culturas da Bahia e do Rio, de artistas baianos que escolheram o Rio para morar, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e João Gilberto.
O filho mais velho de Dorival, Dori Caymmi, exaltou o pai como "um dos melhores brasileiros" que conheceu. Declarou-se "completamente arrasado".
"Ter sido educado por essa coisa tão despojada de ambição, tão cheia de amor, tão mulherengo, tão criativo, tão acreditando que este país é o país, sem até tempo para se decepcionar com as grandes falcatruas que acontecem... Ter sido educado por este homem me fez tão bem, me faz tão mal", disse Dori. "Mas eu dentro da minha incapacidade de ser tão grande, queria que ele me levasse em vez de eu levar ele", afirmou. Para Dori, "este País não podia perder Caymmi, Jorge Amado, Ary Barroso, Guimarães Rosa".

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Woody Allen fala sobre 'Vicky Cristina Barcelona'

LOS ANGELES - Woody Allen é visto há muitos anos como gênio do cinema norte-americano, com trabalhos de roteirista que datam dos anos 1960 e grandes sucessos de direcção como "O Dorminhoco" e "Hannah e Suas Irmãs".
Ele recebeu o Oscar de melhor direcção por "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" ("Annie Hall"), de 1977, e foi indicado ao Oscar pelo roteiro de "Ponto Final - Match Point", de 2005.
Nos últimos anos, a crítica especializada vem fazendo pouco de muitos dos seus trabalhos. Mas não é o caso da sua mais recente comédia romântica, "Vicky Cristina Barcelona", que estréia nos Estados Unidos nesta sexta e vem sendo elogiada.
O filme fala dos assuntos românticos de duas turistas norte-americanas (Scarlett Johansson, Rebecca Hall) e dois artistas espanhóis (Penelope Cruz, Javier Bardem).
Woody Allen reservou alguns minutos para falar à Reuters sobre o filme e sua vida.

PERGUNTA: Antigamente o sr. filmava apenas em Nova York; mais recentemente, filmou em Londres. Por que mudou para Barcelona?
RESPOSTA: Eu tinha o embrião de uma história e sabia que ela poderia funcionar numa cidade exótica. Barcelona começou a dizer "vamos financiar um filme seu. Venha para cá". Eu achei que a história funcionaria muito bem em Barcelona. Não é preciso que seja Paris ou Roma. Barcelona é uma das cidades mais encantadoras da Europa.
P: E Penelope Cruz veio lhe procurar para pedir o papel da artista excêntrica - ou louca, como diriam alguns.
R: Ela disse que sabia que eu faria um filme na Espanha e que adoraria participar. Ela é tão linda e é uma actriz tão forte. Achei melhor contratá-la imediatamente, enquanto ela estava interessada e antes que mudasse de idéia.
P: O facto de sair de Nova York e trabalhar em cidades como Londres e Barcelona alargou o âmbito de suas histórias?
R: Sim, simplesmente por ir a um país estrangeiro e estar num ambiente completamente diferente. O facto de que, neste filme, trabalhei com pessoas que não falavam a minha língua obrigou-me a ter idéias muito diferentes. Eu não poderia ter feito "Match Point" na Espanha.
P: Parte do filme trata de pessoas que convivem com seus desejos e anseios não realizados. Você acha que a maioria das pessoas vive assim, ansiando por coisas que desejaria ter feito ou deveria ter feito?
R: Sim. Muitas pessoas desejam mais da vida e não sabem exactamente o que é. Elas sabem que tem que haver algo mais na vida, algo mais interessante, mais romântico, mais apaixonante, mais realizador.
P: É triste.
R: Sempre tive uma visão muito triste de tudo. Essa sempre foi uma crítica feita a minhas comédias, para melhor ou para pior. Quando eu era humorista que fazia shows ao vivo, já havia um elemento de melancolia em meu humor. Desde que comecei a fazer filmes, sempre observaram que havia um elemento de tristeza neles.
P: Você se vê como alguém que tem sonhos não realizados?
R: Com certeza tenho algumas coisas que lamento em minha vida. Tive a sorte de entrar em um relacionamento melhor - o melhor de minha vida - já com alguma idade. (Em 1997, Woody Allen se casou com Soon-Yi Previn, filha de Andre Previn e da atriz Mia Farrow, que tinha sido sua companheira havia muitos anos.) Mas toda a fase anterior de minha vida foi brutal. Passei de um relacionamento que não funcionou para um casamento que não funcionou, para outro relacionamento que não funcionou e para outro casamento que não deu certo. Finalmente, sem qualquer planeamento de minha parte e pelo mais puro acaso - o acaso mais inesperado -, me vi num relacionamento com a pessoa mais improvável, e ele vem dando muito, muito certo para mim.
P: E você foi muito criticado por isso.
R: O público não tem relação alguma com minha vida. Não devo nada ao público por minha vida pessoal. Quem são as pessoas para me criticarem por minha vida pessoal? Seria como se eu fosse a suas casas e lhes desse a minha opinião sobre seu casamento ou sobre como elas criam seus filhos. Elas não têm interesse na minha vida e eu não tenho interesse nas vidas delas.
P: A recepção dada a "Vicky Cristina Barcelona" vem sendo boa. Isso deve ser gratificante.
R: Se você não tivesse mencionado isso agora, eu nem ficaria sabendo. Terminei este filme há vários meses, e, quando termino um filme, não sinto mais o menor interesse nele. Já recebi óptimas críticas de filmes que não ganharam um dólar nas bilheterias. Recebi críticas negativas de outros, e isso nunca significou nada. O facto de lhe chamarem de grande não faz você ser grande, e o facto de dizerem que um trabalho é terrível não o torna terrível. Eu me lembro de, anos atrás, voltar para casa depois de ter um grande triunfo com "A Última Noite de Boris Grushenko" ("Love and Death") e, mesmo assim, a garota do apartamento em frente não quis sair comigo. Eu estava em casa, sozinho, comendo comida chinesa directamente da embalagem, sem nada a fazer excepto assistir à televisão. O sucesso nunca significa nada.

Tina Turner grava novas músicas para coletânea

NOVA YORK (Billboard) - Tina Turner gravou duas novas músicas para uma colectânea que será lançada a tempo de sua digressão, agendada para começar em 1o de outubro em Kansas City.

"It Would Be a Crime" e "I'm Ready" estarão no CD "Tina!", a ser lançado pela Capitol no dia 30 de setembro.
Além das duas músicas, o álbum tem outros 16 hits de toda a carreira de Tina, incluindo "Nutbush City Limits" e "What's Love Got To Do With It".
A versão digital de "Tina!" incluirá interpretações diferentes do CD de "River Deep Mountain High" e "The Acid Queen".
Turner, 68, parou de fazer digressões em 2000, dizendo que não queria chegar a um ponto em que o seu canto e sua dança não fossem mais dignos.
Ela ressurgiu da aposentadoria nos prêmios Grammy, em fevereiro, quando se apresentou com a cantora Beyoncé.
Ela vai comemorar o aniversário de 69 anos com um show em Newark, Nova Jersey. Os shows vão até o começo de abril, na Europa.

"New York Times" detecta erro após 48 anos. E corrige

Nunca é tarde para corrigir um erro. Que o diga o The New York Times, um dos mais influentes jornais do mundo. Quase meio século depois, o jornal nova-iorquino corrigiu um erro, publicado originalmente em 1960.

Ao fazer um artigo sobre a reposição do West Side Story no Winter Garden Theatre, o jornal erradamente apelidou o actor George Liker de George Johnnson. O erro foi visto pelo próprio Liker, que só agora chamou a atenção do jornal para esse facto. E pode constatar porque é que The New York Times é respeitado como um jornal isento e que se corrige a si próprio em caso de falhas.

Assim, na sua edição online, o jornal corrigiu o erro, 48 anos depois, na sua habitual coluna de rectificações. "A ficha técnica, de 28 de Abril de 1960, contendo os nomes dos actores da peça West Side Story, no seu regresso ao Winter Garden Theatre, não tinha o nome correcto do actor que interpreta Action. Ele é George Liker e não George Johnson.

"O musical volta a ser falado, devido à estreia de uma reposição em Fevereiro do próximo ano. George Liker afirma que vai tentar novamente conseguir um papel na peça, até talvez o que já interpretou antes.
O musical West S ide Story é um dos mais conhecidos da história do teatro norte-americano. Estreou em 1957, em Nova Iorque, tendo mais tarde sido adaptado ao cinema, galardoado com dez óscares. A história de amor no seio de gangs de Manhattan ganhou fãs entre os que a viram, e na sua primeira exibição tido 732 actuações.

Foi em 1960, com um novo elenco, que George Liker foi alvo do erro, numa crítica do jornal ao musical, onde todos os outros nomes dos participantes estavam correctos. A correcção, 48 anos depois, é vista por muitos como uma forma do jornal nova -iorquino exemplificar o seu modo de estar no jornalismo.

João Gilberto compensa atraso e faz bis com 10 músicas

João Gilberto foi generoso com o público de São Paulo que foi assistir ao seu concorrido show na noite desta quinta-feira, 14, no Auditório Ibirapuera.

Sem fazer reclamar do som ou do ar-condicionado, como bastas vezes tem acontecido, o cantor e violonista ícone da Bossa Nova compensou o longo atraso de mais de uma hora e meia do início da apresentação com um bis de 10 músicas.
Foram 30 canções ao todo. A última delas, Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Morais. João pediu desculpas pelo atraso, justificando-se com o cansaço da viagem de regresso de Nova Iorque, onde esteve recentemente.
O pedido de desculpas foi aceito com aplausos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Che, uma biografia

"Che" é a biografia definitiva de uma das figuras mais influentes, polêmicas e carismáticas do nosso século. Jon Lee Anderson dedicou seis anos à pesquisa e elaboração desta obra.

Entrevistou amigos, familiares e companheiros de luta de Guevara, muitos deles a falar pela primeira vez sobre o líder revolucionário.
Com o apoio integral da viúva de Che, Lee Anderson foi o primeiro a ter acesso a dois diários até hoje inéditos de Che, assim com às suas cartas pessoais.

Em Havana, onde viveu três anos voltado exclusivamente para as pesquisas sobre Che, Lee Anderson obteve autorização para examinar arquivos secretos da revolução.

Em Moscovo, entrevistou integrantes da direcção da KGB, que lhe revelaram o papel fundamental de Che como articulador da aliança entre os revolucionários cubanos e a URSS.
Lee Anderson é ainda o único biógrafo a revelar toda a verdade sobre o foco guerrilheiro organizado por Che na Argentina, no início da década de 60, um episódio sobre o qual, até agora, se sabia muito pouco.

Ilustrado com 60 fotos inéditas e exclusivas, algumas delas arrebatadoras, "Che" é a obra mais completa e importante sobre a vida do grande líder revolucionário.

Gimo vai exibir-se em Nampula, Ilha de Moçambique e Maputo

O músico e compositor moçambicano Gimo Abdul Remane, que se encontra a residir há largos anos na Dinamarca, está a preparar uma digressão musical ao seu país, acto que terá lugar ainda este mês.

De facto, Gimo Remane, um dos fundadores do conceituado agrupamento Euphuru, vai actuar na cidade de Nampula, Ilha de Moçambique, Nacala e em Maputo, não estando, no entanto, descartada a possibilidade de se deslocar para outros pontos.

A vinda de Gimo Remane ao país, tem por objectivos divulgar o seu último trabalho, realizando, ao mesmo tempo, acções de carácter social como oferecer equipamento hospitalar ao Centro de Saúde da Ilha de Moçambique, sua terra natal.

A vinda do músico ao país será suportada pela Associação Artists Take Action, da Dinamarca, uma entidade sem fins lucrativos e que tem como propósito promover iniciativas sociais para apoiar grupos de pessoas e instituições sociais com algumas dificuldades para o seu funcionamento.

Com esta digressão, aquela associação pretende encontrar formas de inspirar músicos moçambicanos a obterem resultados que lhes permitam realizar concertos no país, em África e na Europa. África do Sul, Mali, Senegal e Gana são alguns dos países referenciados.

Sobre o compositor, Aspirine Katawala escreveu: "Gimo Remane Mendes é o artista que sabe conjugar as oportunidades que lhe são oferecidas pelo país de acolhimento (Dinamarca) e as potencialidades do seu pais de origem (Moçambique) e que juntando moçambicanos e dinamarqueses debaixo da ATA, espalha o orgulho de ser moçambicano na diáspora".

Escritor moçambicano Aldino Muianga lança romance

Foi lançado ontem, 13, no Instituto Camões, em Maputo, o romance “Contravenção- Uma história de amor em tempo de guerra”, de autoria do escritor moçambicano Aldino Muianga.
A obra, que sai sob a estampa da editora “Ndjira”, foi apresentada pelo académico Gilberto Matusse.
Com 200 páginas a obra apresenta um trabalho de capa assinado por Omaia Panachande e coordenado por Celso Muianga.
Na mesma ocasião foi também apresentado o livro “Contos Rústicos”, que desde o ano passado se encontra disponível nas livrarias.
A obra “Contravenção- Uma história de amor em tempo de guerra” constitui o regresso de Aldino Muianga ao romance, depois de em 2004 ter lançado “Meledina ou história de uma prostituta”. Nos anos seguintes apresentou a colectânea de contos “A Metamorfose” ( 2005).
De notar que Aldino Muianga estreou-se no campo das letras em 1987 com o livro de contos “Xitala Mati( reeditado no ano passado); em 1992 publicou “Magustana” (novela), no mesmo ano em que também publicou a colectânea de contos “A Noiva de Kebera”. Em 2001 deu à estampa o romance “Rosa Xintimana” e dois anos depois publicou um livro de contos intitulado “O Domador de Burros”.
O escritor é formado em Medicina na especialidade de cirurgia-geral. Actualmente o médico-escritor divide-se entre Maputo e África do Sul.

Fidel Castro: 82 anos

O ex-presidente cubano Fidel Castro recebeu uma avalanche de mensagens da população cubana nesta quarta-feira, 13, em comemoração ao seu 82.º aniversário. Em Havana, vários cubanos foram às ruas comemorar a data.
Fidel não aparece em público desde que adoeceu e deixou o poder, há dois anos. Em fevereiro, foi substituído pelo seu irmão, Raúl Castro - que ainda o consulta para tomar as principais decisões do Estado.
Um "secreta" cubano a cumprir prisão perpétua nos Estados Unidos endereçou uma mensagem a Fidel na qual escreveu "De uma prisão do império, com carinho, desejo-te: 'felicidades!'".
Desde 2006, Fidel mantem activo escrevendo colunas opinativas sobre questões internacionais e domésticas no jornal oficial cubano.
Distante das câmeras, o ex-líder cubano ainda mostra enorme influência como chefe do Partido Comunista.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Jimmy Ndludlu é ou não um jazz-man?

A edição do programa radiofónico "Clube dos Entas" esta quinta-feira, 14, lança aos ouvintes a questão: "O Fusion é ou não Jazz?".
Conservadores consideram que não, mas os aficcionados do Fusion afirmam que sim.
Um ouvinte do programa diz, por exemplo, que o moçambicano Jimmy Dludlu não pode ser considerado um homem do jazz.
Eis um extracto do texto a ser lido no "Clube dos Entas".

"A verdade é que uns defendem que o Fusion nunca foi e nunca será jazz, chegando ao ponto de afirmar que compositores como Bob James, David Sanborn, Earl Klugh, só para citar alguns nomes, nem sequer são referenciados em catálogos prestigiados do Jazz. Por extensão, chegou-se ao ponto de afirmar que o nosso Jimmy Dludlu não pode ser considerado um jazz-man e que, no fundo, Dludlu não era mais do que uma imitação quase perfeita de George Benson quando este “traiu” o jazz e ingressou no Fusion".

O Programa "Clube dos Entas" vai para o ar todas as quintas-feira as 22H05 e é reposto nas segundas-feiras as 02H05, na Antena Nacional da Rádio Moçambique (FM 92.3.
Para o resto do mundo pode ser escutado no http://www.rm.co.mz/

Tribunal nega liberdade condicional ao assassino de John Lennon

A Junta de Liberdade Condicional do estado de Nova Iorque negou ontem, pela quinta vez, a liberdade condicional ao assassino do músico britânico John Lennon, Mark David Chapman, que deverá passar pelo menos outros dois anos na prisão.
O assassino do ex-membro dos Beatles compareceu hoje perante a Junta de Liberdade Condicional, que negou o pedido perante "preocupações pela segurança e o bem-estar público".
Chapman, de 53 anos, foi condenado a 20 anos e prisão perpétua por um crime de assassinato em segundo grau, após matar o ex-membro do grupo britânico The Beatles em dezembro de 1980, às portas do edifício Dakota junto ao Central Park de Nova Iorque.
A Junta de Liberdade Condicional recordou no texto da decisão que Chapman "disparou cinco tiros em John Lennon, dos quais quatro o atingiram, causando a sua morte".
Este organismo acrescentou que, durante o seu comparecimento, Chapman disse que planeou e realizou de forma consciente o assassinato de John Lennon, uma morte que "impactou muitos indivíduos".
O assassino do ex-Beatle está preso numa unidade especial da prisão de Attica e separado do resto dos detidos para a sua própria segurança.
Esta é a quinta vez que a Junta de Liberdade Condicional de Nova Iorque nega a Chapman a liberdade condicional desde que pôde solicitá-la pela primeira vez, em 2000, após cumprir 20 anos da sentença.
Chapman poderá voltar a apresentar outra solicitação dentro de 24 meses, em agosto de 2010, informou ao condenado a Junta de Liberdade Condicional.
A Junta de Liberdade Condicional de Nova Iorque recebeu 50 cartas e um pedido com mil assinaturas contrário a que se conceda a Chapman a liberdade condicional e só três mensagens a favor, segundo o Daily News.

Isaac Hayes morreu de infarto

CHICAGO - Isaac Hayes, o astro da soul music que ganhou um Oscar pelo tema do filme "Shaft", morreu de infarto relacionado à elevada pressão sanguínea, disseram autoridades de Memphis nesta terça-feira.


Hayes, 65, que chegou a se descrever com "fanático por saúde", estava sob tratamento e já havia sofrido um infarto no ano passado. O corpo do cantor e compositor foi encontrado ao lado de uma esteira de corrida no último domingo. Não havia nenhum indício de que ele tivesse batido a cabeça ou sofrido algum trauma, de acordo com o médico legista do condado de Shelby, para quem Hayes morreu de infarto.


Nascido no Tennessee, Hayes compôs para diversas estrelas pelo selo Stax Records, durante os anos 1960, surgindo como cantor com o álbum "Hot Buttered Soul."


Ele foi o primeiro compositor negro a ganhar um Oscar, pelo hit "Theme from 'Shaft"', de 1971.

Os efeito de mais uma guerra na Europa

Soldados a ajudar uma velha, inválida, a ser retirada da zona de combates na Ossétia do Sul

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Os sopros de Masekela e Dibango vão ecoar pelo Índico



Novembro é o mês da cidade de Maputo, a capital de Moçambique. 10 é dia desta “varanda do índico”. O jazz, o nosso e dos outros, vai estar em peso por aquelas alturas.
No Circuito Repinga, em plena marginal e de onde se pode ver a Catembe (*), será montado um palco onde irão desfilar artistas de Africa (Hugh Masekela da Africa do Sul e o camaronês Manu Dibango) e do Brasil, Espanha e Estados Unidos.
Denominado Festival Internacional de Música e Artes de Moçambique, a iniciativa comportará gastronomia, teatro e dança, um evento aguardado já como muita expectativa e organizado pela empresa Maputo Jazz Festival.

(*) Catembe é uma vila situada do outro lado da cidade de Maputo e para a qual muitos citadinos da capital se deslocam de Ferry-Boat aos fins de semana, quer para a praia, quer para as famosas barracas de comes e bebes, com predominância para o camarão e lagosta e, claro está, as famosas cervejas Larentina e 2M.
Por alturas de outúbro/novembro, muitos apreciadores do sumu de cajú fermentado (Xicadju ou Mutxekele nas linguas ronga e macua) e cacana, religiosamente para lá aportam, regressando aos fins de semana trautear velhas canções de marrabenta. Ou seja, regressam “marrabentados”.
Reside na Catembe uma importante comunidade de goeses (pescadores exímios), descedentes de habitantes de Goa, antiga colónia portuguesa hoje sob jurisdição da da Índia.
Recentemente o Presidente do do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, revelou que para a Catembe poder-se-á construir uma ponte, o que, no seu entender, iria dar-se um contributo para o desenvolvimento da vila.
“Construir apenas uma ponte não é viável; é necessário também uma estrada que, a partir da Catembe, vá dar à Ponta D´Ouro”, afirmou Comiche, que revelou estar-se à procura de parceiros para o que muitos consideram de “Utopia” (a ponte).
Mas enquanto a utopia não vira realidade, pensa-se agora em proporcionar um sistema de transporte mais rápido e seguro, o que significa “Ferry-Boats” mais modernos e de melhor qualidade.
Curiosidade: Miles Davis tem uma música com o nome de Catembe, no seu albúm “Amandla”. O mesmo sucede com Bob James e David Sanborn. Porque, não sei e nunca ninguém me soube explicar. O leitor dabe?

Fotografias do Monte Binga estão expostas em Maputo.

O Monte Binga, uma das maiores elevações de Moçambique, é pretexto para uma exposição fotográfica no Centro Cultural Franco Moçambicano.
A mostra resulta de nove dias de uma expedição realizada por um grupo de treze amigos que decidiu subir o Monte Binga, situado no Parque Transfronteiriço de Chimanimani, na província central de Manica.
A montanha é a maior de Moçambique com 2.436 metros de altura.
Os 13 “montanhêses”, já no pico da elevação, tiveram o prazer inigualável de apreciar e conhecer a riqueza natural da Reserva Natural de Chimanimani, oportunidade que lhes permitiu “clicar” aquela que é, provavelmente, a maior colecção de fotografias da montanha, conhecida também por albergar a famosa “Montanha dos Espíritos).
O grupo é movido tão somente por amar a natureza e a fotografia, comunga o espírito da aventura e a pratica do ecoturismo e, assim, conhecer melhor o país, explorando as áreas mais recônditas de Moçambique.
Difunde também conceitos de protecção do meio ambiente, das vantagens e prazeres do ecoturismo e, sobretudo, a prática de Hiking, ou seja “caminhadas”.
Moçambicanos, brasileiros, portugueses, italianos, belgas e irlandeses são os membros do grupo a que se pode chamar de “Montebingueses”.

Teatrando Moçambique” – jovem artistas ocupam os palcos

Mozangol Fashion Show assim se denominou a exibição do que se faz na área da moda em Angola e Moçambique, num desfile realizado em Maputo no passado dia 8, numa parceria entre sete estilistas dos dois países.
Foi uma iniciativa do jovem estilista moçambicano Taíbo em colaboração com o governo da província angolana de Cabinda.
Enaltecer as criações existentes nos dois países na área da moda, foi o motivo para juntar, uma vez mais, os dois países.
No espaço Coconuts foram exibidas por vinte e cinco modelos colecções das sete estilistas.

Teatrando Moçambique” – jovem artistas ocupam os palcos

“Teatrando Moçambique” assim se chama a iniciativa da Casa Velha de Maputo, um programa que, ao longo dos próximos trés meses, vai promover peças teatrais de grupos amadores.
Com esta iniciativa espera-se movimentar mais de cem jovens artistas de teatro e dança para uma assistência de mais de trés mil pessoas.
A Associação Cultural Casa Velha é uma instituição cultural sem fins lucrativos que desenvolve artes dramáticas como teatro, dança e outras áreas culturais.

Lizza James: nova vaga da música moçambicana no Channel O

Lizha James, essa bela voz da música moçambicana, é uma das candidatas ao prémio para o Melhor Vídeo Feminino. “Nita Mukuma Kwini” (Onde lhe encontro) é o título da obra concorrente.
Simba, outro nome da nova fornada da música moçambicana, concorre para duas categorias de prémios: “Melhor Vídeo Masculino” e “Melhor Revelação”. Ziqo está à caça do prémio “Vídeo do Ano” com o tema “Vamos Embora”.
Os vencedores dos prémios anuais para Vídeos de Música do Chanel O, que reconhecem e celebram o sucesso de artistas africanos, serão conhecidos a 9 de outúbro no Carnival City, em Johanesburgo (Africa do Sul), num evento que será transmitido pela DSTv.
Os prémios de Vídeos de Música do Chanel O são únicos pois são distintamente africanos e os vencedores são escolhidos pelo público espectador de todo o continente africano e não por um juri.
Os vencedores do ano passado incluiram Scar do Botswana na categoria de Melhor Vídeo Hip-Hop com a sua canção Metlholo, enquanto Gazza, da Namíbia lveou o prémio para a categoria de Melhor Kwaito.
O zimbabweano Oliver Mtukudzi, um dos cantores mais antigos no continente ganhou em 2007 o prémio de Realização Vitalícia em reconhecimento da sua contribuição para a indústria musical africana.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fim de semana alucinante sob os efeitos do Mwaken Mwalo

Não sou muito dado aos prazeres da gastronomia ao ponto de reservar um fim de semana para, de avental, bermudas e t-shirts, me aventurar a confeccionar iguarias à minha “manera”.
Quando muito atiro-me com algum prazer a qualquer coisa que se me deparar à mesa, de preferência verduras do tipo caril de couve (makhofo) ou mathapa com camarão, seco ou fesco, tanto faz. E com piri-piri “sacana”, ressalvo.
No último fim de semana (9/10) a rotina foi quebrada. Meio quebrada para ser mais exacto, porque decidi trocar um bom livro e boa música por empreender uma incursão pelo mundo dos tachos e cheiros afins. E não me saí nada mal como, aliás, o viria a comprovar quando, já de papo cheio e a passar por uma merecida sesta a meio da tarde, “viajei” por mundos estranhos, mas mesmo assim interessantes. A modos que, passei um “Fim de Semana Alucinante”.
A vontade súbita de vestir o avental e incomodar a eterna cozinheira lá do “Sítio” foi movida pelas primeiras imagens que se depararam após pular do catre: um piripireiro todo vermelho a servir de pasto à passarada, os canteiros de alho a suplicar que os colhesse e uma garrafa de aguardente de cajú (Makwen Mwalo) na prateleira. Da cozinha sentia-se o cheiro de codernizes estofadas já prontos para uma boa garfada.
O cenário era por demais convidativo para fazer algo de diferente: do arbusto colhi uma boa fornada do “sacana” e da terra molhada arranquei dois ou trés pés de alho e dos ramos secos do loureiro parti algumas folhas. Trés ingredientes do meu chão que tive o prazer de os transformar, daí a instantes, numa massa pastosa à custa de umas batidas no pilãozinho de pau-preto comprado há vários anos a um escultor maconde.
Evidentemente que aquela “polpa” não era de modo algum para mascar. Destinava-se sim a servir de “abre-apetite” a quem, como eu, não é dado muito aos prazeres da gastronomia. A “polpa”, algo entre o vermelho e o castanho, foi parar no interior do que foi um dia o frasco de café colombiano. Saiu então um piri-piri “filho da p...” embebido em vinagre caseiro e o “Makwen Mwalo” de cajú.
Perguntar-me-ão como é que aquela mistela não explodiu. Não sei dizer mas de uma coisa estou certo: estava “maningue naisse”, facto aliás comprovado pelo Nuno, um puto de sete anos, que não tirava os olhos gulosos do frasco e que só não meteu lá a sua colheirada porque a mãe estava mas é de olho no petiz.
Já bem aviado e em plena soneca, a “viajem” tem início, desembocando daí a instantes num emaranhado de alucinações nunca antes experimentadas.
Vi-me derrepente numa aldeia da longíqua Memba onde um velho camponês me vende um garrafão de cinco litros de Makwen Mwalo acabado de desenterrar a um metro do chão, após ter lá permanecido cinco logos anos para apurar o teor do alcool e eliminar o cheiro a cajú.
Já em Maputo e em plena 25 de Setembro, vejo o Ricardo Rangel a atrapalhar o intenso trânsito, dançando nu ao som de John Coltrane e a gritar: “O fusion de Jimmy Dludlu não é jazz, meus senhores”.
O leitor quer passar pela experiência? Nada mais fácil. A receita está aí.
Mas atenção que a “paulada” varia de pessoa para pessoa. Por exemplo: ao defunto Niquinha podia dar-se-lhe a andar de facão em punho a esquartejar todo o ser vivente que se lhe atravessasse o caminho e aí, então, teriamos toda a malta a gritar: Makwen Mwalo, o que é macua, significa “arranquem-lhe a faca”.

CNCD: 30 anos de homenagem a Cuvilas

A Companhia Nacional de Canto e Dança, instituição que promove a cultura e a dança moçambicanas, vai comemorar este ano os seus 30 anos de actividade. E com um programa interessante entre os dias 28 e 30 deste mês.

O CNCD alia o seu aniversário aos feitos de um dos seus membros, já falecido, Augusto Cuvilas.
Cuvilas que, como disse o director da companhia, David Abílio, é uma referência na técnica da dança contemporânea, a tal ponto que deixou seguidores como a Associação Cuvilas, fundada em 2003.

Para além da exibição de duas coreografias da autoria de Agusto Cuvilas, nomeadamente “Penas de Outúbro” e “Nzunze, o espírito do mar”, outra coreografia será exibida, “Por ti mestre”, que pretende homenagear o falecido.

No palco passará outra coreografia, não menos interessante, designadamente “Solo para cinco” da autoria de Cuvilas, ganhador do prémio Melhor Coreógráfo no Concurso Africa e Oceano Índico.

Ausgusto Cuvilas, mestrado em Dança, e que, ainda jovem e antes da sua morte, queria doutorar-se naquela expressão de arte.(X)