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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Brasil: "Sufocado como artista", Gilberto Gil deixa o governo de Lula

Sem esconder o alívio, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, anunciou na noite de ontem, em Brasília, a saída do cargo.
Confidenciou que se sentia sufocado como artista e reclamou que os recursos da pasta não chegam a 1% do Orçamento da União, como recomenda a Unesco.
"No governo a gente sufoca um pouco a inspiração, não tem tempo para ela", disse ao Estado.
Gil disse que "Refazenda" era a música mais apropriada para o momento de saída do governo. "Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão", lembrou o trecho da música que fala de um abacateiro, metáfora da árvore da vida.
"É uma música que fala das pragas do planalto central, se quiserem podem usar como jingle."
"Eu disse ao presidente que o jogo estava de dois a zero para ele", contou."Hoje marquei um golo e saí a ganhar."
Na entrevista, Gil disse que não saía do governo para atender ao aumento da demanda de shows, mas para dar mais atenção à família. Admitiu "pressões" devido à carregada agenda de artista. O ministro lembrou ter sido criticado por acumular o cargo com a carreira de músico.
Calcula ter dedicado 80% do tempo para os trabalhos de ministro e 20% para a música.
"A balança tendia a pender mais para a actividade artística, e aí resolvi sair", disse. "O presidente entendeu isso e libertou-me", completou.
Agora, o artista pretende dedicar-se ao seu mais novo disco, "Banda Larga".

"Leio muito as revistas da moda", afirma uma jovem moçambicana

Uma série de entrevistas mostram o quão a grande maioria dos jovens leêm tanto, tanto, que, a ser verdade, eu chamo-me Chu En Lai e primo é Mao Tse Tung.
Cerca de quinze deles, quando indagados sobre o que habitualmente leem, invariavelmente responderam: livros dos cursos que frequentam nas faculdades. Só? Uma jovem, finalista na UEM, acenou com a cabeça e, orgulhosamente, disse: "Também leio aquelas revistas que trazem o resumo das telenovelas e as últimas da moda".
Um e outro lá disseram ler os escritores moçambicanos. Quem? Mia Couto. Apenas.
"Se o pai, a mãe, amigo, no dia do aniversário, alguma vez lhe ofereceu um livro?" outra pergunta colocada aos entrevistados. A resposta de um deles. "Por acaso fiz anos na semana passada e o meu namorado ofereceu-me um lanche no Mimo´s".
Ora, eis um problema com que nos debatemos no Moçambique de hoje. A falta de hábito da leitura entre os nossos jovens.
Um tema que vai a debate no LINHA DIRECTA do dia 2 de Agosto, Antena Nacional da Rádio Moçambique (92.3FM) com início as 9 horas. Pelo mundo fora: http://www.rm.co.mz/

Onde estão os estudos dos nossos acadêmicos?

Universidade Eduardo Mondlane. É a nossa maior universidade. E a mais antiga.
Vive hoje um dilema: não consegue aceder aos artigos científicos elaborados e publicados pelos nossos acadêmicos em revistas internacionais.
Quem assim desabafa é José Miguel. Director Científico da UEM.
Um lamento que ocorre quando a nossa universidade e a SID Sarek da Suêcia vão assinalar trinta anos de cooperação.
Para José Miguel os “saberes” produzidos pelas nossas universidades devem sair cá para fora, quer dizer: sair das gavetas, se é aí que se encontram, para consulta pelos investigadores, estudantes e interessados.
Os números falam por si: nos últimos dez anos os nossos “cabeças” publicaram nas mais conceituados revistas do mundo, 604 artigos científicos. Trabalhos duas mil e quatrocentas vezes usados por outros investigadores. Nacionais? É pouco provável.
Facto agravante: investigadores moçambicanos há que não conseguem ler artigos de colegas seus dado o facto de restrições no seu acesso. Quem assim o diz é Eloy Rodrigues da Universidade portuguesa do Minho.
Eloy lança o desafio: as universidades moçambicanas que criem o que designou de “depósitos de informação”, como repositórios institucionais, através dos quais se deve veicular e difundir o conhecimento e produção científica em Moçambique.

"Não matem a cultura...!": a exposição de Naguib

Está aí para quem quiser se deliciar com as pinceladas bem nossas, “moçambicanas”.
É mais uma exposição individual do artista Naguib.
O título não podia ser mais apelativo: “Não matem a cultura! Não matem José Craveirinha”. Desde segunda-feira, 28.

Naguib anda nisto há vinte e oito anos. Autodidacta. A primeira individual aconteceu em 1986. Desde então foram quase uma centena de colectivas entre portas.
Depois “pariu” dez mostras individuais ( 1986, 1987, 1988, 1990, 195, 1997, 1998, 200, 2001 e 2003).
Naguib no estrangeiro, como não podia deixar de ser: Portugal, Alemanha, Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlandia, Itália, Estados Unidos, Espanha, Zimbabwe, Angola e África do Sul.
Não é só de pinceladas que vive o Naguib. Com a mamã Graça Machel fundou o FDC (Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade). Integra o Movimento Artistas Contra a Pobreza do PNUD.
Governantes portugueses – Cavaco, Sócrates e o PGR luso – não passam um dia sem se cruzarem com as obras de Naguib penduradas em algum dos vários corredores dos seus gabinetes de trabalho. Eles e os governados.
Tem obras espalhadas pelo mundo fora.(X)

Jimmy, Frank Paco e HMasekela "roubam" os sons do povo

Vieram de "Stimela" das terras do “Rand” com a curiosidade bem aguçada pelo que os esperava em Xai-Xai, Gaza: Hugh Masekela, Jimmy Dludlu e Frank Paco. Ali mesmo, à beira do rio Limpopo, onde decorreu o quinto festival de cultura. Ali soaram durante cinco dias as mais diversas expressões artísticas do país Moçambique.

“Foi realmente uma grande honra termos participado neste festival”, disseram os músicos Jimmy Dludlu e Frank Paço.
Dludlu, esse “virtuose” guitarrista, desceu do pedestal e confessou: nunca tinha visto coisa igual, ele que já pisou palcos famosíssimos.
Frank Paco, Baterista e líder da banda Tucan Tucan: “a oportunidade de conhecer de perto a raiz de muitos ritmos moçambicanos” e “aqui é que está a nossa base de criação e inspiração artística”.
Hugh Masekela, esse, quase que não sai de Moçambique. Ele e Ray Phiri, ou não seriam eles dois “Stimelas”. Mas o Hugo foi visto a rabiscar apontamentos sobre sons, instrumentos e as gentes que cantavam e dançavam. Em muitas linguas (ou dialectos?).
Diz-se que o Jimmy ficou maravilhado com o ritmo mapadza, das terras da Gorongoza. Ele ficou a conhecer a origem e a história desta dança e ritmo, que gira em torno da evocação popular, através do machado e da enxada, da chuva.
As pesquisas e vivências de Jimmy Dludlu: “Moçambique é o país com maior número de ritmos virgens e frescos que ainda não foram explorados mundialmente na música”. E para provar, sacou de um vídeo da obra musical “Immaginary Day”, do músico norte-americano Pat Mathney. Ali estão, diz o Jimmy, elementos moçambicanos de “mapadza”.
O melhor album de jazz de 2008 na África do Sul é “Portrait” de Jimmy Dludlu, esse moçambicano líder da banda de afrojazz “CBase Collective All Star” da Cidade do Cabo.(X)

"Indústria da música moçambicana não existe", diz Jah Bee, ao "Notícias"

NÃO existe indústria de música em Moçambique. Quem assim o disse foi o concetuado compositor e interprete moçambicano, Jah Bee, que afirmou ainda que, no nosso país, as editoras contam- se há dedos, facto que tem de algum modo contribuido negativamente na valorização da música nacional.
Jah Bee, que, nos últimos anos esteve radicado na cidade do Maputo, está de volta ao Chiveve para, entre várias coisas, ajudar os seus conterrâneos a buscar formas para dar outro alento à área musical em particular à cultura no geral.

Jah Bee , nome artístico do nacional Alfredo Binda, reconheceu que o número de músicos cresceu significativamente nos últimos tempos tanto na Beira como no país, mas em contrapartida a indústria discográfica não está a acompanhar esse ritmo. Este facto faz com que os próprios artistas se desenrasquem, abrindo pequenos estúdios para garantirem a sua própria sobrevivência.
“A indústria de música existe em Moçambique? Não, não existe. Existem músicos que tocam por aí, mas a indústria não existe. As editoras contam-se a dedo. O mercado está saturado mas de música contrafeita. A concorrência sã que existe é para uma única editora, sem que isso signifique que o trabalho de todos será editado. Quando a gente fala de indústria de música, isso envolve muita coisa: a área de espectáculo, produção de espectáculo, a produção da própria música, etc. Agora, se fores ver, hoje não tens outras escolha porque tens um único ritmo patrocinado muitas vezes por uma grande empresa de telefonia móvel”, referiu.
Ainda sobre o assunto, Jah Bee disse que “se alguém for para outros cantos do mundo vai ver que há secções e editoras para diferentes estilos. Há festivais para música de um tipo ou de outro. Isto mostra que existem nesses locais promotores, o que nós não temos. Quer dizer, é necessário cá um grelha de várias coisas, porque hoje não temos nada e nada que em termos musicais, em termos de indústria musical, nos fará crescer”.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bob Dylan vai lançar mais raridades em outúbro

LOS ANGELES - Bob Dylan vai abrir o seu baú de materiais pela primeira vez em três anos.
A sua gravadora anunciou esta terça-feira que vai lançar em outubro um álbum múltiplo de materiais gravados mas não lançados da última fase de Dylan, além de faixas gravadas ao vivo. "Tell Tale Signs", o oitavo capítulo da "Bootleg Series" de Dylan, foca os álbuns das duas últimas décadas, desde "Oh Mercy", de 1989, até "Modern Times", de 2006.
A Columbia Records vai lançar "Tell Tale Signs" em 7 de outubro, em três formatos: um álbum duplo padrão com 27 canções, uma edição limitada com disco de bônus com outras 12 canções, e uma versão em vinil com quatro LPs que vai incluir tudo do álbum de dois CDs. A maioria das faixas vem das sessões de gravação de "Oh Mercy" e de "Time Out of Mind", de 1997.
As seleções do primeiro CD incluem um demo de piano de "Dignity" e duas versões alternativas de "Most of the Time"; do último, uma versão ao vivo de "Cold Irons Bound" gravada durante a apresentação de Dylan no festival Bonnaroo, no Tennessee, em 2004.
As sessões do seu álbum de covers folk "World Gone Wrong", de 1993, renderam "32-2- Blues", descrito como a primeira versão lançada por Dylan de uma canção de Robert Johnson.
A "Bootleg Series" começou em 1991 com um pacote de três CDs de faixas raras e inéditas, cobrindo 27 anos. O lançamento mais recente, em 2005, foi a trilha sonora do documentário "No Direction Home".

Rushdie pretende escrever sobre a condenção

O escritor Salman Rushdie, que teve de viver escondido por uma década depois que, em 1988, o então líder do Irão, aiatolá Ruhollah Khomeini, emitiu um decreto religioso condenando-o à morte por blasfêmia, já pensa na possibilidade de escrever um livro sobre essa experiência.
Em entrevista à BBC, o autor de 61 anos afirmou que no passado teria sido muito difícil escrever sobre os anos em que viveu escondido, temendo pela sua vida. "Mas agora, creio que há uma história a contar", disse Rushdie, que foi recentemente condecorado com o título de cavaleiro da rainha Elizabeth II. "Um dia desses, talvez a conte", acrescentou o autor, que acaba de publicar um novo romance.
Em 1998, o governo iraniano distanciou-se da fatwa (decreto religioso) pronunciada por Khomenei, dizendo que não apoiava qualquer tentativa de matar Rushdie, apesar de recentemente um porta-voz das autoridades iranianas dizer que o decreto ainda está em vigor.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ford T: primeiro veículo fabricado em série

Foi considerado o carro do século XX. Título que ganhou pela inovação no modo de produção da época, por ter democratizado o uso do automóvel e por introduzir o chamado "salário da motivação". Todos os trabalhadores da Ford recebiam em 1908 cinco dólares por dia, o que duplicou o salário pago na altura, em que a indústria automóvel estava a dar os primeiros passos. Durante décadas o Ford T foi considerado o carro mais massificado, título que perdeu, anos depois, para o VW Carocha. No global foram produzidos mais de 15 milhões de modelos, contra 25 milhões do rival alemão.


Para assinalar a passagem do centenário do modelo, a Ford organizou uma megaconcentração de Ford T em Richmond, terra-natal do carro, onde desfilaram durante a última semana mais de mil veículos de várias partes do mundo.


Henry Ford ficou conhecido na história da indústria automóvel como o homem que produziu um carro ao alcance económico do americano comum. Ao desenvolver uma linha de produção em série, Ford revolucionou a indústria, que até então produzia o carro artesanalmente e individualmente. Em vez de o trabalhador ir até ao carro, passou o carro a ir ter com o trabalhador. Com este modelo de produção, reduziu o tempo de produção de 12 horas e meia para menos de seis horas. Este modo de produção ficou conhecido como fordismo. Henry Ford introduziu também uma nova filosofia de trabalho, com a redução do dia de trabalho de nove para oito horas.


No dia 1 de Outubro de 1908 era lançado o primeiro modelo Ford T, custando na altura 825 dólares, com a particularidade do preço baixar todos os anos.


Por volta de 1918, metade dos carros na América eram Ford T. A elevada produção alcançada teve como característica marcante a escolha de uma única cor, que era preta. Desta forma Henry Ford conseguia manter os níveis de produção, porque não havia diferenciação no processo de pintura. Existe uma frase famosa que Ford escreveu na sua autobiografia sobre a escolha da cor do Ford T: "O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contando que seja preto."

De Al Capone a Bin Laden: os cem anos da história do FBI

A história da polícia federal ao ritmo das controvérsias do século XX americano.

Leia mais cem anos do FBI


É a polícia mais famosa do mundo. Prendeu ladrões, executou mafiosos e arrastou para a lama alguns políticos. Para muitos, é a guardiã da segurança norte-americana. Para outros, o FBI ameaça as liberdades. Ao festejar um século de existência, a Agência Federal de Investigação - FBI, na sigla inglesa -, continua como no dia em que foi criada: controversa.

Morreu o saxofonista de jazz Johnny Griffin

PARIS (AFP) - O saxofonista de jazz americano Johnny Griffin, conhecido como "O pequeno gigante" e que actuou, entre outros, com Lionel Hampton e Art Blakey, morreu na sexta-feira, 25, aos 80 anos de idade, no centro da França, onde vivia há 20 anos, informou o seu agente.
Johnny Griffin devia apresentar-se nesse dia acompanhada pela organista americana Rhoda Scott, o saxofonista francês Olivier Temime e a baterista Julie Saury.
Depois dos seus estudos musicais na DuSable High School de Chicago, sua cidade natal, Johnny Griffin juntou-se, em 1945, à orquestra de Lionel Hampton, com quem actuou até 1947, data em que passou a tocar com o trompetista Joe Morris.
Durante os anos 1950 integrou várias orquestras, entre as quais a Jazz Messengers de Art Blakey, além de trabalhar com Nat Adderley, Thelonious Monk e John Coltrane.
Em 1962, mudou-se para a França e depois residiu na Holanda, antes de voltar de novo a Paris.
Os especialistas em jazz descrevem Johnny Griffin como um "saxofonista de lirismo incisivo e com uma gama musical entre as mais contrastadas graças a uma técnica muito acima da média".

Mick Jagger faz 65 anos e ganha aposentadoria do governo

LONDRES - A partir de sábado, 26, Mick Jagger terá direito a uma aposentadoria básica do governo britânico. São quase 91 libras semanai.
Mas o líder dos Rolling Stones terá que esperar outros cinco anos para ter direito ao isolamento térmico gratuito do telhado da sua casa. Este benefício só é dado aos britânicos com mais de 70 anos.

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O vocalista da banda britânica Rolling Stones completa 65 anos nesta sábado, 26, e, com isso, se tornará aposentado por idade - mas apenas no papel.

Universal Music assina contrato com Rolling Stones

LONDRES - A Universal Music assinou um contrato de gravação exclusivo, mundial e de longo prazo com os Rolling Stones, num acordo que deverá prejudicar a antiga gravadora da banda, a EMI.
A EMI passou a ser controlada pela companhia Terra Firma em 2007 e, desde então, tem sofrido para manter os seus principais artistas.
De acordo com reportagens, a produtora de shows Live Nation também tentava assinar um contrato com o grupo.

A Universal, a maior gravadora do mundo, disse num comunicado que o novo acordo cobre os próximos discos dos Rolling Stones e o seu catálogo, incluindo álbuns como Sticky Fingers, Angie e Black and Blue.

Estima-se que os Rolling Stones já tenham vendido mais de 200 milhões de discos em todo o mundo.

Em março, a Universal lançou a trilha sonora do documentário Shine a Light, dirigido por Martin Scorsese. Agora, lançará todas as gravações da banda pelo selo Polydor, além de deter os direitos físicos e digitais das obras.

Morre diretor egípcio Chahine após semanas em coma

CAIRO - O director Youssef Chahine, figura importante do cinema egípcio por mais de meio século, morreu no Cairo no domingo aos 82 anos após seis semanas em coma.
Chahine, mais conhecido pela sua série de filmes ligados à cidade mediterrânea de Alexandria, teve uma hemorragia cerebral em junho e passou várias semanas num hospital de Paris até voltar ao Cairo há cerca de 10 dias.
O último filme do director, Chaos, foi lançado no início deste ano, mas o seu colega Khaled Youssef teve que terminar o trabalho devido aos problemas de saúde de Chahine.
O crítico de cinema Tarek el-Shenawi afirmou que Chahine determinou um padrão para gerações de directores egípcios. "Ele foi o mestre. Quando você vê os nomes dos que trabalharam com ele...pode-se dizer que os gigantes do cinema egípcio se formaram na academia de Youssef Chahine", disse ele.
Chahine fez o primeiro de mais de 25 filmes em 1950. Em 1997 recebeu um prêmio pelos feitos de toda a sua vida no festival de Cannes.
O director tem os créditos por ter descoberto o actor Omar Sharif, que actuou no filme de 1954 do director "The Blazing Sun". Um dos seus primeiros grandes trabalhos, muitas vezes citado como o melhor, foi "Bab al-Hadid", de 1958.

João Ubaldo vira 'celebridade' após Prêmio Camões

Oitavo brasileiro a receber a homenagem, criada pelos governos de Portugal e Brasil, em 1988, Ubaldo foi escolhido pelo conjunto da sua obra, que contribui para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa. Apesar de se dizer feliz e satisfeito com o prêmio, lamenta o pouco destaque que o assunto ganha no seu País."Talvez se eu me chamasse John Brock e ganhasse um prêmio nos Estados Unidos, seria mais conhecido e teria mais espaço no noticiário."
Dizendo-se de mau humor - situação difícil de ser identificada diante do seus comentários hilariantes - , João Ubaldo avalia que o pouco interesse do brasileiro pela leitura tem como causa a forma com que a literatura é ensinada nas escolas. Segundo ele, os alunos, muitas vezes, são obrigados a ler textos para depois responder a questões confusas e mal elaboradas. "Os livros didácticos de literatura estão repletos disto. Eu teria dificuldade de responder a perguntas feitas até sobre textos meus", disse.

O reconhecimento internacional obtido num país em que poucos buscam a companhia de um livro foi lembrado por Lygia Fagundes Telles, última brasileira a receber o Prêmio Camões (2005). "É um afago à alma. É árduo o ofício de um escritor num país como o Brasil, que tem tantos analfabetos. O prêmio me trouxe muitas alegrias. João Ubaldo merecia este reconhecimento", afirmou a escritora.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Guitarra de Jimi Hendrix será leiloada em setembro

Uma das guitarras preferidas de Jimi Hendrix será leiloada em Londres no dia 4 de setembro. A guitarra é uma Fender Stratocaster, de 1965, que em março de 1967 foi incendiada pelo músico num show em Finsbury Astoria, na capital inglesa. Hendrix teria jogado fluido de isqueiro e colocado fogo em parte do instrumento.
A estimativa dos organizadores é alcançar cerca de 1 milhão de dólares pela guitarra. Além do objecto de Hendrix, o último caderno de poemas de Jim Morrison, vocalista do The Doors, também vai a leilão.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Livro reúne melhores entrevistas da revista Rolling Stone

Não basta ser músico, tem que falar... e muito. Desde 1967, este é o lema da revista Rolling Stone. A publicação americana sempre despiu as celebridades de diferentes áreas artísticas e mostrou as suas facetas mais intrigantes. A revista já extraiu pérolas de nomes como Bono, Keith Richards, Axl Rose, George Lucas e Ozzy Osbourne. Em agosto (coincidindo com a Bienal do Livro), a editora Larousse lança no Brasil o livro no qual os autores Jann S. Wenner (fundador, editor e publisher da revista) e Joe Levy (editor-executivo da Rolling Stone) reuniram 40 das melhores entrevistas que a revista publicou em mais de quatro décadas de existência e produziram um volume imperdível para os fãs da cultura pop.


Nas mais de 400 páginas do livro, John Lennon revela a dor devastadora por trás da ruptura com os Beatles; Mick Jagger fala sobre a gênese das grandes canções dos Rolling Stones; Jack Nicholson discute o momento em que descobriu a sua verdadeira mãe; Francis Ford Coppola fala sobre ter sucumbido à loucura de Apocalypse Now; Bill Clinton comenta os altos e baixos da sua presidência; Bono explica a difícil relação com o pai. As entrevistas foram compiladas na sua totalidade, revelando todas as idiossincrasias de cada artista.


Tão bons quanto os entrevistados são os jornalistas que passaram pela redação da revista. Greil Marcus entrevista o cineasta Francis Ford Coppola, Beng Fong-Torres bate um papo de horas com Ray Charles, o cineasta Cameron Crowe empresta a sua escrita às entrevistas com Neil Young e Joni Mitchell. Aliás, Crowe (de filmes como Jerry Maguire e Vanilla Sky) contou um pouco da sua história na publicação no filme Quase Famosos (2000), em que retrata a sua entrada na revista ainda adolescente.

Antigo Testamento ao serviço da luta contra a Sida

Uma campanha apresentada na passada terça-feira no México utiliza frases do Antigo Testamento para promover o uso do preservativo entre a população do país como meio para combater a expansão da Sida.
“Ama ao teu próximo como a ti mesmo. Usa preservativo” e "Gozar não é pecado. Arriscar a tua vida e a do teu parceiro, sim. Protege-te do HIV e da SIDA” são os lemas desta iniciativa promovida por duas associações: a Rede Nacional Católica de Jovens pelo Direito a Decidir e Católicas pelo Direito a Decidir.


A campanha consistirá em cartazes e folhetos divulgados nos comboios e estações do metro da capital mexicana antes e durante a Conferencia Internacional sobre Sida 2008, que se realiza na cidade de 3 a 8 de Agosto.

Itália: Supremo confirma condenação por assalto sexual, rejeitando que Jeans sejam impedimento

O Supremo Tribunal rejeitou segunda-feira um recurso apresentado por um homem de 37 anos, condenado por um tribunal de pequena instância por ter abusado sexualmente de uma adolescente. O homem alegou que teria sido impossível fazê-lo porque a alegada vítima estava sentada e usava jeans na altura.

O tribunal vincou que os jeans "não eram um cinto de castidade".


"O facto de a rapariga usar jeans não foi um obstáculo" para o homem de Pádua a tocar, determina a decisão do Supremo.

Em 1999, o mesmo Supremo rejeitara uma condenação por violação, afirmando ser impossível tirar à força os jeans de uma mulher caso ela resistisse. O caso, que suscitou indignação geral em Itália, envolveu um instrutor de uma escola de condução e uma jovem de 18 anos.

O tribunal aceitara a defesa do réu de que é impossível tirar os jeans de alguém "sem a colaboração da pessoa que os usa" e que houve colaboração da mulher.

"Vanity Fair" ironiza "New Yorker" e faz capa com McCain

A revista americana Vanity Fair ironiza em uma capa fictícia (apenas para a internet) a polêmica capa da The Yorker da semana passada que traz uma caricatura do candidato democrata à presidência dos EUA, Barack Obama, e sua mulher Michelle vestidos como fundamentalistas islâmicos.

"Nós estamos a manter a nossa rivalidade afectuosa com os nossos vizinhos de The New Yorker. Nós competimos pelas mesmas causas, jogamos softball todos os anos e dividimos o mesmo elevador" diz a edição online da revista nesta terça-feira, 22.

Em resposta à capa da New Yorker, que é da mesma editora da Vanity Fair, a revista traz uma caricatura com John McCain como um idoso apoiado num andador e auxiliado pela sua mulher Cindy, com frascos de remédios nas mãos. Na parede, um quadro tem a imagem de George Bush e uma constituição dos Estados Unidos queima na lareira.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Obama e McCain viram hérois em quadrinhos nos EUA

NOVA YORK - Revistas em quadrinhos são recheadas de histórias sobre protagonistas superando o que parece impossível ao lutarem pela verdade, justiça e estilo de vida norte-americano. Existiria lugar melhor para narrar as histórias dos senadores John McCain e Barack Obama e as suas tentativas à Casa Branca?


"Já houve revistas em quadrinhos biográficas antes, isso não é novo", disse Scott Dunbier, editor de projectos especiais da IDW, que irá publicar os quadrinhos. "Mas nós estamos a falar de uma história que não está terminada: duas visões dos candidatos, dois homens que estão a competir pelo trabalho mais importante do mundo."

Os quadrinhos vieram com idéias de produção em cerca de uma semana. "Nós não temos muita burocracia", disse Dunbier a respeito da IDW, uma divisão da Internet Mobile Group. "Grandes companhias investigam alguma coisa por três meses e têm muitas reuniões para decidir se é viável."

A revista em quadrinhos de Obama será escrita por Jeff Mariotte, romancista de suspense sobrenatural que já escreveu outras histórias para quadrinhos e para a televisão. Mariotte afirmou que teve cerca de um mês para completar o script. Ele começou a ler tudo o que saia sobre o candidato democrata nos jornais, no site da campanha e na Wikipedia. "Eu li tudo o que pude encontrar e pareceu autêntico. Eu me mantive longe de sites malucos", explicou.

Já a revista de McCain será escrita por Helfer, escritor veterano e editor da indústria dos quadrinhos. "Eu tive que ver se conseguiria resumir a carreira de McCain em 28 páginas", disse Helfer, comparando as quase 110 páginas em que ele narrou a vida de Ronald Reagan. "Para conseguir reunir as informações que coloquei nos quadrinhos de McCain, precisa ler pelo menos dois de seus livros", declarou. "É o jeito mais rápido de entender quem ele é."

As capas das revistas foram desenhadas em aproximadamente dois dias por J. Scott Campbell, mais conhecido por seu trabalho em Gen13, sobre um grupo de adolescentes com super poderes, e Danger Girl, sobre uma espiã americana.

As capas mostram os candidatos à Presidência olhando para o céu. Elas apresentam alguns traços de cor delineando os corpos dos senadores: vermelho para McCain e azul para Obama.

Os quadrinhos chegarão às lojas americanas em 1.º de outubro, e também poderão ser comprados online através do site PresidencialComics.com.

Monumento musical em Mbuzini

A propósito da escultura "Uma árvore musical" (ver foto abaixo) de autoria de Mike Tonkin e de Anna Liu, em Mbuzini, uma localidade sul-africana onde o avião de Samora Machel se despenhou causando a sua morte, existe um monumento em memória do fundador da República de Moçambique.
Trata-se de 33 tubos galvanizados, exactamente o número dos acompanhantes de Machel e que morreram no acidente, dispostos verticalmente e cada um com a sua altura e diametro.
Todos eles têm orifícios por todos os lados e no seu topo não se encontram fechados.
Como a região é acidentada e montanhosa, com ventos fortes durante todo o ano, sobretudo à noite, emitem sons com diferentes tonalidades - quais uívos, choros e gritos por socorro - criando uma sensação de mal-estar e até terror.
Diz-se que muitos farmeiros "Boers" abandonaram a região por acreditarem que Samora Moisés Machel um dia poderá "acordar" e cobrar vigança.
O monumento, que no princípio e antes da sua construção causou estranheza entre os governantes de Moçambique e da África do Sul, foi de autoria do mundialmente conhecido arquitecto moçambicano, José Forjaz.
Tive o privilégio de fazer a cobertura da sua inauguração em Outúbro de 1996, dez anos após a morte de Samora Machel, numa cerimónia bastante concorrida e que foi dirigida pelos antigos presidentes da África do Sul, Nelson Mandela e Joaquim Chissano de Moçambique.

Uma árvore musical

Concebida por Mike Tonkin e Anna Liu, esta escultura é feita de 1000 tubos galvanizados que, quando percorridos pelo vento, actuam como flautas. Esta árvore metálica produz notas e acordes que variam com a intensidade e direcção do vento, fazendo com que a música aleatória desta escultura alcance quilómetros na paisagem inglesa.

JO - Sting e outras estrelas cantam pelo Tibete em CD lançado antes dos jogos

PEQUIM (AFP) - Sting e outros músicos mundialmente famosos vão unir as suas vozes pelo movimento pró-tibetano num CD que será lançado antes do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, anunciou nesta terça-feira a Campanha Internacional pelo Tibete.
Entre os artistas do álbum "Songs for Tibet" figuram também Moby e Alanis Morissette.

"Este álbum chamará a atenção sobre a importância do Tibete, suas riquezas culturais e a crise que afecta o seu povo neste momento", explicou um dos criadores do projecto, Michael Wohl, em comunicado.


O CD estará disponível para download na internet a partir de 5 de agosto, três dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos, e será colocado à venda na semana seguinte.
Wohl, da Fundação da Arte da Paz que apóia o Dalai Lama, disse que a data de lançamento não é coincidência.


"Queríamos expressar o nosso apoio ao povo tibetano num momento em que todos os olhares do planeta se voltarão para a China", explicou.


O álbum terá novas composições e versões acústicas de canções já gravadas anteriormente.

Estados Unidos: Lista antiterror reúne 1 milhão

Cantor Yusuf Islam, ex-Cat Stevens, um dos "suspeitos"

Fãs de Barack Obama em Berlim

Jovem distribui nesta terça-feira filipetas para promover a visita de Barack Obama à Berlim, na Alemanha.
O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos visita o país no próximo dia 24

George Michael aconselha Obama: Hilarry Clinton para vice-presidente

NOVA YORK (Reuters) - O popstar britânico George Michael tem um conselho a dar ao candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama: formar uma dupla com a ex-rival Hillary Clinton.
George Michael, de 45 anos, que está em digressão pela América do Norte pela primeira vez em 17 anos, disse a fãs durante um concerto no Madison Square Garden, em Nova York: "Eu sei que vocês precisam de uma mudança."
Ele admitiu que não sabe que tipo de mudanças Obama promoverá se for eleito - dizendo que, mesmo "depois de meses assistindo à CNN", ele ainda não sabe o que Obama ou Hillary defendem - mas que, se Obama "chamar Hillary para o seu lado, saberei que ele tem coragem."
"Obama e Hillary são a dupla mais forte", disse Michael, falando dos senadores do Illinois e de Nova York.
O cantor, que já vendeu mais de 85 milhões de discos com sucessos como "Careless Whisper" e "Faith", levantou a arena em Nova York no primeiro de dois shows na cidade, perto do final de sua digressão norte-americana de sete semanas, passando por 22 cidades.
Ele chegou à fama no início dos anos 1980 como metade do duo Wham!, que fez enorme sucesso com o single "Wake Me Up Before You Go Go".
Mas foi como artista solo, com "Faith", de 1987, que ele entrou para as fileiras dos superastros do pop e passou a fazer sucessos enormes como a canção "I Want Your Sex".
Michael, cujo nome de baptismo é Georgios Kyriacos Panayiotou, teve problemas com a polícia de Beverly Hills, Califórnia, em 1998, quando foi preso por praticar acto obsceno num banheiro público.
Ele não contestou a acusação, foi multado e sentenciado a fazer serviços comunitários. O incidente o obrigou a assumir publicamente a sua homossexualidade e o seu relacionamento com o americano Kenny Goss.
No concerto da segunda-feira, ele dedicou a sua canção "Amazing" a Goss, que estava presente na platéia, e comentou que o casamento entre gays deveria ser permitido legalmente em Nova York. Também cantou outros sucessos como "Fast Love", "Father Figure" e "Freedom."
Michael disse aos fãs que na década de 1990 ele agiu como "idiota completo" e "perdeu seu rumo."
Ele vem sendo destaque regular nos tablóides britânicos devido a seu comportamento. Em junho de 2007, depois de admitir ter dirigido sob o efeito de drogas, ele foi proibido de dirigir por dois anos e sentenciado a 100 horas de serviço comunitário.
Em 2006 ele enfureceu organizações de saúde mental ao fumar maconha durante entrevista na televisão e dizer "este negócio mantém minha sanidade mental e felicidade."

EUA - Um milhão de nomes estão na lista antiterrorista

WASHINGTON (AFP) - O que têm em comum uma freira católica, um piloto de avião e Cat Stevens? Nada, a não ser pelo facto de estarem entre os mais de um milhão de nomes que fazem parte da lista de vigilância antiterrorista formulada pelas autoridades norte-americanas.
Esta lista, que supostamente contém os nomes dos terroristas ou pessoas suspeitas de estarem ligadas ao terrorismo, cresceu consideravelmente desde o 11 de setembro de 2001 e impede que pessoas que, a princípio, apresentam uma conduta correcta embarquem num avião, segundo a Associação norte-americana pelas Liberdades Civis (ACLU).
Esse número, de mais de um milhão, surgiu de um relatório do Departamento de Justiça sobre o Centro de Vigilância do Terrorismo, divisão do FBI que estabelece a lista de vigilância, indicou a ACLU.
O Centro "tinha mais de 700.000 nomes na sua base de dados em abril de 2007 e a lista acrescentou mais de 20.000 fichas por mês em média", segundo um informe do inspector geral do Departamento de Justiça, acrescentou a associação.
"Se houvesse um milhão de terroristas a ameaçar os Estados Unidos, as nossas ruas estariam em chamas", disse à AFP Barry Steinhardt, director do programa Tecnologia e Liberdade da ACLU.
Não, essa lista não possui um milhão de pessoas, contestou o director do Centro de Vigilância do Terrorismo, Leonard Boyle. Trata-se de uma ferramenta eficaz, afirmou após desmentir que milhares de norte-americanos tenham sido detidos ou tido sua paz perturbada diariamente por estarem nessa lista.
A irmã Glenn Anne McPhee, ex-secretária de Educação na Conferência Episcopal Católica norte-americana, apareceu na lista porque um afegão havia utilizado McPhee como sobrenome, segundo a ACLU e o San Francisco Faith, boletim na internet da diocese onde trabalha a freira.
Durante nove meses depois de outubro de 2003, a freira foi alvo de exaustivas investigações e teve que pedir ao seu bispo que conversasse com Karl Rove, principal assessor político do presidente Bush neste momento, para que o seu nome fosse retirado da lista negra.
Nelson Mandela precisou de uma ordem do Congresso para que o seu nome fosse retirado da mesma lista.
Cat Stevens, o cantor que no final dos anos 60 se converteu ao Islã, passando a se chamar desde então Yusuf Islam e que não tem antecedente algum de actividades terroristas contra si, teve o seu visto de entrada nos Estados Unidos negado.
E sua 'xará', Cat (diminutivo de Catherine) Stevens, esposa de um senador norte-americano, teve problemas para embarcar num avião, segundo a ACLU.
Robert Campbell, piloto de avião durante 22 anos, também entrou para a lista de pessoas proibidas de voar.
"Sou autorizado (...) a pilotar um avião, mas se quiser viajar como passageiro, sou proibido de voar", explicou em 2007 à TV norte-americana.
Este piloto aposentado, que também foi piloto da Marinha norte-americana, ainda não entende por que está na lista.
No entanto, "muitos nomes dos verdadeiros terroristas não estão na lista que é enviada ao pessoal das companhias aéreas, agências de viagens, alfândega", considerou Barry Steinhardt.

Astro do "Batman" preso em Londres

Christian Bale, o astro de Batman, é preso em Londres, após denúncia da mãe e irmã, que o acusam de agressão

'NYT' rejeita artigo de John McCain sobre o Iraque

NOVA YORK - A campanha do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, afirmou na segunda-feira, 21, que teve um artigo de opinião recusado pelo jornal americano The New York Times, que responderia ao publicado pelo diário na semana passada por Barack Obama. O argumento o NYT, segundo assessores de McCain, é que o texto não estaria a altura do publicado pelo rival.

Veja também:
Leia o artigo de Obama no NYT

O artigo de Obama, intitulado Meu plano para o Iraque, detalhava os planos do senador de Illinois para retirar as tropas americanas do país em 16 meses se for eleito. Segundo a campanha de McCain, o artigo recusado era uma crítica contra a postura de Obama e mostrava a posição do republicano sobre o calendário para a saída de tropas do conflito.

Radiohead e ex-Led Zeppelin disputam Prêmio Mercury 2008

LONDRES - O disco "In Rainbows", do Radiohead, vai enfrentar 11 outros álbuns, incluindo "Raising Sand", de Alison Krauss e do ex-líder do Led Zeppelin, Robert Plant, no Prêmio Mercury, um dos mais prestigiados da música britânica.
Entre os outros indicados ao prêmio de melhor disco, estão "The Age of the Understatement", do The Last Shadow Puppets, com participação de Miles Kane, do Rascals, e de Alex Turner, do Arctic Monkeys.
"Este é um ano memorável e rico para a música britânica", disse Simon Frith, presidente do júri. "O que é mais impressionante é a elasticidade e a flexibilidade do disco como forma de organizar a produção de músicas. Ele continua a ser uma fonte sem concorrência de invenção musical e de imaginação, uma forma de conectar as músicas, explorar temas e desenvolver sons", afirmou.
Os 12 álbuns indicados neste ano foram escolhidos por um painel independente com mais de 240 discos que entraram nas paradas de sucesso do Reino Unido.
Entre os vencedores do prêmio Mercury em anos anteriores, estão the Klaxons, Arctic Monkeys, Antony and the Johnsons e Franz Ferdinand.
O anúncio dos vencedores será feito ao vivo no canal BBC2, no dia 9 de setembro.

Barack Obama - New Yorker na lista negra

A campanha do Obama vetou um repórter da revista New Yorker que queria acompanhar o candidato na viagem Europa-Médio Oriente. Segundo o jornal inglês The Guardian, o repórter Ryan Lizza, da sucursal da New Yorker em Washington, não conseguiu um lugar no avião de Obama, que está leva 50 jornalistas.
Na semana passada, a revista saiu com uma capa que "desagradou" a campanha do Obama, para usar um eufemismo. A capa mostra o candidato e a sua mulher, Michelle, vestidos de terroristas muçulmanos no Salão Oval. Obama aparece de turbante e vestimentas árabes, fazendo o “cumprimento terrorista” com uma Michelle de cabelo black power e metralhadora AK-47 no ombro.
O potencial primeiro-casal é retratado num Salão Oval onde uma bandeira americana queima na lareira e uma foto de Osama Bin Laden está pendurada na parede. Segundo a revista, o objectivo da ilustração, chamada de “A política do medo”, era fazer uma sátira sobre os boatos que a direita espalha sobre Obama.
“A capa satiriza as tácticas do medo e desinformação usadas na eleição para desestabilizar a campanha de Barack Obama”, dizia um comunicado à imprensa.
Mas a campanha de Obama não achou nenhuma graça na piada. Bill Burton, um dos porta-vozes da campanha, divulgou o seguinte comunicado. “A revista New Yorker pode achar, como uma pessoa da equipe deles nos explicou, que essa capa é uma crítica humorística da caricatura do senador Obama que a direita tenta criar. Mas a maioria dos leitores vai encarar esta capa como uma coisa de mau gosto e ofensiva. E nós concordamos.”
A campanha do Obama argumenta que simplesmente não tinha lugar para o jornalista da New Yorker no avião. Uma blogger do Huffington Post, Rachel Sklar, aponta para o perigo desse tipo de retaliação contra coberturas negativas. Olho por olho, dente por dente. Se já estava difícil conseguir acesso à campanha, agora então...

Fotógrafo Julius Shulman passa por revival aos 97 anos

LOS ANGELES - Julius Shulman fez uma foto em 1960 que levou milhões de pessoas a sonhar com uma vida perfeita: duas mulheres sentadas numa casa de vidro aparentemente suspensa no ar, iluminada por baixo pelo sol de Los Angeles. Quase 50 anos após a famosa foto, o homem visto por muitos como o melhor fotógrafo arquitectônico da história virou figura cult para uma nova geração que cobiça a arquitetura moderna minimalista da metade do século 20 que ele difundiu pelo mundo.
"As pessoas estão a descobrir a arquitectura e o poder da fotografia", disse Shulman numa entrevista em sua casa, em Laurel Canyon, cercado por fotos e layouts de livros de arte de editoras como a Taschen. Revistas de estilo moderno, como Wallpaper e Dwell, também publicaram artigos recentes sobre Shulman, e a sua obra foi levada ao cinema num novo documentário, "Visual Acoustics: The Modernism of Julius Shulman", narrado por Dustin Hoffman. Shulman, que ainda é activo, atribui o seu sucesso ao facto de "estar no lugar certo na hora certa".
O lugar em questão foi Los Angeles num momento em que os modernistas estavam a construir o que seria essencial para o sonho californiano. A sua primeira grande chance aconteceu com um dos mais famosos arquitectos modernistas de Los Angeles, Richard Neutra, em 1936. "Neutra viu as fotos que eu fizera da sua casa. Fiz seis fotos. Ele nunca tinha visto fotos como as que eu fiz", contou Shulman. "Até então, eu apenas brincava com a minha máquina fotográfica."

FOTOS CINEMATOGRÁFICAS

As aclamadas fotos do trabalho de Neutra foram seguidas por uma enxurrada de encomendas de outros gigantes da arquitectura, especialmente Frank Lloyd Wright. Shulman passou 12 dias fotografando a casa de inverno de Wright e a sua escola Taliesen West, no Arizona, por onde passaram muitos dos arquitectos de Los Angeles.
Shulman reformou-se nos anos 1970, insatisfeito com o rumo da arquitectura no pós-modernismo. As dezenas de milhares de fotos que ele fez nos anos 1950 e 1960 projectam o optimismo dos modernistas, que acreditavam poder melhorar a vida através do bom design.
"As fotos são de natureza muito cinematográfica. Eu queria vê-las na tela grande e queria que as pessoas entendessem o espírito por trás da fotografia e arquitectura", disse o director do documentário, Eric Bricker. Bricker disse que o talento de Shulman é "todo intuição". "Shulman tem um senso incrível de composição e é mestre da luz", disse o director.
De facto, 70 anos após os seus primeiros trabalhos, Shulman, trabalhando com um fotógrafo assistente, ainda é capaz de criar composições deslumbrantes. No documentário, ele é visto fotografando o Walt Disney Concert Hall, projectado pelo seu amigo Frank Gehry, conhecido por sua arquitectura pós-moderna expressionista e que conseguiu os seus primeiros pedidos de trabalho através de Shulman. "Eu controlo o que chamo de a acústica visual", disse Shulman enquanto compunha a foto do interior vanguardista da sala de concertos criada por Gehry.

'Batman' arrecada quase US$ 200 mi em ingressos pelo mundo

LOS ANGELES - "Batman - O Cavaleiro das Trevas" confirmou o seu status de melhor estréia num fim de semana na América do Norte, de acordo com os dados finais divulgados esta segunda-feira pela distribuidora Warner Bros Pictures.
O filme arrecadou 158,355 milhões de dólares durante os seus três primeiros dias de exibição nos Estados Unidos e Canadá - uma superação de 3 milhões na estimativa feita pela Time Warner no domingo.
Em 20 mercados estrangeiros, o filme levantou 41,3 milhões de dólares em vendas de ingressos - a estimativa inicial era de 40 milhões. Isso leva o total arrecadado para 199,655 milhões de dólares.
Não é raro que os dados finais sejam diferentes da estimativa inicial. No caso de "O Cavaleiro das Trevas", alguns estúdios rivais sugeriram que a Warner Bros. estivesse um pouco optimista demais, embora ninguém duvidasse que o filme fosse superar a marca de "Homem-Aranha 3", que em maio de 2007 registou o recorde de bilheteria de 151,1 milhões de dólares num fim de semana.
As vendas de ingressos fora da América do Norte foram lideradas pelas estréias no país do falecido coadjuvante do filme, Heath Ledger, a Austrália, com 13,7 milhões de dólares.
O filme estréia na quarta-feira na Itália e na sexta-feira na Grã-Bretanha.

Antigo manuscrito da Bíblia estará disponível na Internet

BERLIM - Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, uma das cópias mais antigas da Bíblia vai se tornar globalmente acessível via Internet pela primeira vez esta semana.
A partir de quinta-feira, partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo Testamento mais velho e completo, estarão disponíveis na Internet, afirmou a Universidade de Leipzig, um dos quatro conservadores do texto antigo.
Imagens em alta resolução do Evangelho de Marco, diversos livros do Velho Testamento e observações dos trabalhos feitos ao longo de séculos estarão em www.codex-sinaiticus.net, num primeiro passo para a publicação online integral do manuscrito até julho próximo.
Ulrich Johannes Schneider, director da Biblioteca da Universidade de Leipzig, afirmou que a publicação online do Codex permitirá que qualquer um estude uma peça "fundamental" para os cristãos. Alguns textos estarão disponíveis com traduções em inglês e alemão, acrescentou. Especialistas acreditam que o documento, datado de aproximadamente do ano 350, possa ser a cópia mais antiga conhecida da Bíblia, junto com o Codex Vaticanus, outra versão antiga da Bíblia, colocou Schneider.
"Acho que é fantástico que graças à tecnologia agora podemos tornar acessíveis os artefatos culturais mais antigos - aqueles que de tão preciosos não poderiam ser vistos por ninguém - numa qualidade realmente alta", explicou Schneider.

CBS livra-se de multa por mostrar seios de Janet Jackson

WASHINGTON - Um tribunal de apelação dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira, 21, que a cadeia de televisão CBS não terá que pagar multa por uma das cenas mais célebres de uma final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl. Um dos seios da cantora Janet Jackson ficou à mostra durante a performance que fez com o cantor Justin Timberlake no show exibido no intervalo do jogo, em 2004.
Naquele momento, 90 milhões de norte-americanos sintonizavam a CBS, já que o Super Bowl é um dos programas de maior audiência da televisão nos EUA, visto por toda a família.
Nas suas considerações, os juízes argumentaram que a Comissão Federal de Comunicações (FCC), o organismo regulador norte-americano para rádio e televisão, actuou de maneira "arbitrária e caprichosa" quando impôs a multa à CBS por transmitir imagens "indecentes".
O tribunal disse que entende que a FCC mudou nesse caso a política que vinha seguindo há 30 anos, de impor multas por imagens indecentes unicamente se são demasiado fortes para a audiência. Considerou, ainda, que a CBS não é responsável pelos actos de Janet Jackson e Justin Timberlake.
O incidente protagonizado por Janet e Timberlake ocorreu quando os dois simulavam um jogo de sedução, enquanto interpretavam em duo a canção Rock Your Body.
No final da canção, Timberlake puxou o vestido de couro de 'gladiadora' usado por Janet e o rasgou na altura do seio direito, deixando-o descoberto.
A rede CBS desculpou-se diante da audiência pelo incidente. O mesmo fez Timberlake, que disse que não teve nenhuma intenção de rasgar a roupa de Janet.
No entanto, a FCC multou em US$ 27,5 milhões, a pena máxima estipulada para casos de indecência, cada uma das 20 emissoras que pertencem à cadeia CBS e que transmitiram o polêmico show. Alegou que a rede "consciente e deliberadamente não adoptou nenhuma medida para prevenir a emissão" e que é responsável pelo espectáculo tradicionalmente transmitido no intervalo da final do campeonato".
A cadeia de televisão apelou da multa de US$ 550 milhões imposta pela FCC em setembro do ano passado. Rechaçou o argumento da comissão, alegando que foi um acidente que não se poderia prever, e recorreu diante do tribunal de apelações da Filadélfia contra a multa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Presidenciais dos Estados Unidos

Enquanto Barack Obama tenta reforçar a imagem de futuro comandante-geral das Forças Armadas americanas com visitas ao Afeganistão e ao Iraque, a imprensa europeia deixa-se contagiar pela obamomania. E se os europeus votassem, o senador já estava na Casa Branca.
Barack Obama só chega à Europa na quarta-feira - depois de passar pelo Iraque, Jordânia, Israel e territórios palestinianos -, mas o candidato democrata à Casa Branca parece já ter conquistado os europeus.
Basta abrir um jornal alemão, francês ou britânico, os três países que Obama vai visitar, para ver uma fotografia do homem que quer ser o primeiro presidente negro dos EUA. E se a Europa votasse, Obama já tinha ganho.
Uma sondagem realizada pelo Sunday Telegraph em cinco países europeus - Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Rússia - revelou que 52% dos inquiridos votaria em Obama, contra 15% que escolheriam o republicano John McCain. Os mais entusiastas são os italianos: sete em cada dez apoiam o senador do Ilinóis. E mesmo em França, cujo anti-americanismo é reconhecido, 65% dão o seu apoio a Obama.

Yusuf Islam, ex-Cat Stevens, ganha processo por calúnia sexista

LONDRES - O cantor folk britânico Yusuf Islam, antes conhecido como Cat Stevens, aceitou na sexta-feira uma indeminização por calúnia e um pedido de desculpas de uma agência de notícias que divulgou que, numa cerimônia de premiação, ele se recusara a falar com mulheres que não estivessem trajadas com véu.
O músico, que mudou de nome depois de se converter ao islamismo, no final dos anos 1970, vai doar a indeminização "substancial" à organização beneficente Small Kindness, vinculada à ONU e que ele dirige.
Adam Tudor, seu advogado, disse à Alta Corte de Londres que a matéria que causou a acção judicial foi publicada pela World Entertainment News Network e usada no Contactmusic.com, um site que receberia 2,2 milhões de visitas por mês.
O artigo saiu em março do ano passado e sugeriu que o cantor "é tão sexista e preconceituoso que, numa cerimônia de premiação, se recusou a conversar com mulheres que não estivessem usando véu, ou até mesmo a reconhecer sua presença", disse o advogado.
"Sugeriu ainda que o empresário de Yusuf Islam afirmara que o cantor 'não fala com mulheres, a não ser com a sua esposa. E menos ainda se não estiverem usando véu. Coisas assim só acontecem através de um intermediário'."
Tudor disse que o artigo causou constrangimento ao cantor, criando uma impressão falsa da sua atitude relativa às mulheres e uma má impressão da sua religião.
A World Entertainment News Network divulgou um pedido de desculpas pelo incidente.
Yusuf Islam, 59 anos, é conhecido sobretudo pelos sucessos da época em que era Cat Stevens, incluindo "Wild World", "Morning Has Broken" e "Moonshadow".
Ele vendeu cerca de 60 milhões de álbuns como Cat Stevens, mas afastou-se do showbusiness em 1978, depois de converter-se ao islamismo.
Lançou seu primeiro álbum pop desde então em 2006.

sábado, 19 de julho de 2008

Album de fotos - Montreux Jazz Festival 2008, na Suíça

Joan Baez actuou no dia 6 de julho no Montreux Jazz Festival que este sábado, 19, termina na Suíça


Veja aqui algumas fotos do Festival

"Patrões precisam-se", eis o anúcio que falta

Todos quantos se interessem por questões relacionadas à formação profissional, concordarão comigo que hoje, mais do que nos anos seguintes à independência nacional, o país debate-se desesperadamente por possuir gente bem formada e, preferencialmente, gente empreendedora.

Com a primazia das novas tecnologias e os desafios a elas inerentes, a actual ênfase que se dá à luta contra a pobreza absoluta não se compadece com políticas de ensino e formação profissionais apenas projectadas para “atirar cá para fora” individuos cuja perspectiva pessoal imediata é, simplesmente, procurar emprego, casar e constuir família.
Quer isto dizer que aos alunos e aos formandos deve-se-lhes fornecer ferramentas básicas mas fundamentais que não apenas o saber: idéiais, iniciativas e empreendedorismo.
Empreendedorismo visto aqui como sendo aquela capacidade de, perante um mercado de trabalho que oferece poucas oportunidades de emprego, gerar e pôr em prática idéias e iniciativas de auto-emprego.
Por outras palavras, e não tenhamos medo de o dizer, os nossos sistemas de ensino e formação profissionais, devem insuflar e até inflacionar o nosso mercado de trabalho, com gente preparada para se empregar a si próprio e dar emprego. Ou seja: queremos patrões, de preferência honestos, é preciso que se diga.
Portanto, seria desejável que nos nossos jornais se publicassem anúncios não só de oferta de emprego mas também de auto-emprego. Gênero: Patrões, procuram-se.
É verdade que é vocação dos centros de formação profissional e outras dotar os individuos de conhecimentos para as exigências dos ramos para os quais são treinados, não estando sob a alçada daquelas instituições procurar e dar emprego aos seus graduados. Mas é igualmente verdade que esses graduados devem sair dos bancos dos laboratórios, das oficinas, etc, também com o fito de, não encontrando colocação no mercado laboral, se “desenrrascar” (passe a expressão), nem que seja debaixo de um cajueiro, tendo sempre presente que a meta é ser um empreender bem sucedido à custa unicamente do seu suor e em paz consigo próprio.
Perguntar-nos-emos: quais então as entidades que mandariam publicar nos jornais ou folhetos anúncios do tipo: “Patrões, procuram-se?”.
Confesso que não sei. Os Bancos? Ou alguma instituição pública?
Uma, ambas e outras, dotadas de capacidade para conceder créditos bonificados aos candidatos a patrões, não seria uma saída?
Sei que estou pr`a aqui a divagar. A sonhar alto, se quiserem... Mas de uma coisa estou certo e baseando-me numa reportagem passada aqui mesmo na Rádio Moçambique: jovens de uma instituição de ensino superior, após a cerimónia de graduação, disseram que, ganha a batalha da formação, a sua luta daí em diante era, nada mais nada menos, que procurar emprego, depois constituir família e, se Deus quiser, fabricar filhos, filhos que, a pensarem como os progenitores, serão eles também futuros empregados.
Este é o sonho da maioria dos nossos graduados.

Colin Powell seria o melhor vice para Obama, diz pesquisa

Uma pesquisa do Instituto Zogby divulgada nesta sexta-feira, 18, mostra que 42% dos eleitores americanos estariam mais propensos a votar no candidato democrata à presidência Barack Obama se ele indicasse o ex-secretário de Estado Colin Powell para vice-candidato de sua chapa.
Entre os republicanos, 27% disseram que poderiam votar no candidato John McCain se seu rival nas primárias Mike Huckabee fosse indicado para o cargo de vice-presidente, enquanto 26% poderiam apoiar o senador republicano se ele incluísse Mitt Romney na chapa.
Democratas
Considerando os independentes, o número sobe ligeiramente - 43% disseram que votariam em Obama se ele incluísse Powell na sua candidatura. A sondagem indica ainda que se o senador escolhesse a ex-rival pela indicação do partido Hillary Clinton para ser sua colega de chapa, 30% dos eleitores americanos votariam no democrata.
De acordo com a mostra, o índice de reprovação de Hillary é de 25%, enquanto o de Powell é de 10%.
Mas, levando em conta apenas os eleitores democratas, a "chapa dos sonhos", tem um desempenho melhor - 47% afirmaram que poderiam votar em Obama se Hillary fosse sua vice-candidata.
Ex-secretário do Estado americano durante o primeiro governo do presidente George W. Bush, Colin Powell é um dos dirigentes republicanos mais respeitados nos EUA. Em junho, ele disse que o facto de ser republicano não o obriga a "votar automaticamente" em McCain, deixando em aberto um possível apoio à candidatura de Obama.
Republicanos
Apesar da ligeira vantagem de Huckabee, segundo a pesquisa ele é o possível vice-candidato que enfrenta a maior rejeição dos eleitores - 13% disseram que poderiam não votar em McCain se ele fosse seu colega de chapa. Se o escolhido fosse Romney, a rejeição diminuiria para 11%.

Obama rejeita idéia de fazer discurso no Portão de Brandemburgo


WASHINGTON - O candidato democrata a presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu não discursar diante do Portão de Brandemburgo, em Berlim, disseram os seu assessores na sexta-feira.
"Barack deixou claro para nós desde o começo que não achava que fazia sentido algum para ele falar no Portão de Brandemburgo, o que ele achava que talvez fosse presunçoso demais", disse Denis McDonough, seu consultor político.
Obama viaja na próxima semana a Jordânia, Israel, Grã-Bretanha, França e Alemanha, e também provavelmente a Iraque e Afeganistão.
O discurso em Berlim será um dos pontos altos da viagem, sobre a qual há escassos detalhes divulgados - sabe-se, por exemplo, que na quinta-feira ele vai encontrar-se com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Alguns assessores de Obama cogitavam um discurso de Obama no Portão de Brandemburgo, um símbolo da unidade alemã. Por meio de um porta-voz, Merkel fez saber que não via com bons olhos a realização de um evento "eleitoreiro" num lugar tão importante.
O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, disse que o seu rival estava a viajar para fazer "um comício no exterior".
Obama é muito popular na Europa, e o seu discurso em Berlim deve atrair uma multidão.

Vítimas de abusos criticam pedido de desculpas de Bento XVI

SYDNEY - Organizações australianas que representam os interesses das vítimas de abusos sexuais cometidos por padres no país manifestaram o seu descontentamento com o que consideraram uma "desculpa vazia" pedida neste sábado, pelo papa Bento XVI.

"Quando se vai pedir perdão a uma vítima, deve-se fazê-lo directamente, dizer-se que o sente e procurar medidas para ajudar, o que não ocorreu hoje", disse Chris MacIsaac, presidente da organização Broken Rites, que presta assistência a pessoas que sofreram abusos cometidos pela Igreja Católica na Austrália.

O papa disse, durante a homilia de uma missa na catedral de Santa Maria de Sydney, na qual estavam presentes os bispos australianos, que lamentava muito "pela dor e o sofrimento das vítimas", e assegurou que, "como seu pastor, também compartilha o seu sofrimento".

Bento XVI falou a uma audiência de 3.400 pessoas, dentre as quais se encontrava o arcebispo de Sydney, o cardeal George Pell, além de bispos, seminaristas, religiosos e estudantes de escolas católicas do país.

MacIsaac apontou que duas vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica pediram audiências com o papa durante a sua visita à Austrália, mas que ele não as concedeu, o que qualificou como "significativo, especialmente quando dizem que esta desculpa era para eles".

"O papa utilizou a palavra 'perdão', e eu acho que realmente lamenta por tudo", disse por sua vez, Stephen Woods, que foi estuprado pelo sacerdote australiano Gerald Ridsdale quando tinha apenas 14 anos.

Ridsdale foi processado em 1995, declarou-se culpado de ter estuprado Woods e continua na prisão.

Mas Woods, que sofreu abusos de outros dois padres aos quais foi pedir ajuda, disse ser "inaceitável" o pedido feito hoje pelo papa aos católicos, para que "apóiem e assistam os bispos, e trabalhem com eles para combater este mal".

Leilão de objetos de James Brown decepciona

NOVA YORK - O polêmico leilão de pertences de James Brown, feito na última quinta-feira, não correspondeu às expectativas da casa de leilões Christie's, já que mais de 300 lotes de artigos foram vendidos por pouco mais de 850 mil dólares.
O leilão foi feito depois de meses de batalha judicial pelo patrimônio do cantor, disputado por vários filhos, ex-mulheres e namoradas.
Um juiz da Carolina do Sul liderou as ofertas por onze horas, o que decepcionou a casa de leilões, que previa que o total de vendas fosse de 1 milhão a 2 milhões de dólares.
As capas que Brown usava nos shows - a sua marca registrada - fazem parte dos itens vendidos por maior valor.
Paul Shaffer, director da banda do apresentador David Letterman, ofereceu 32.500 dólares, incluindo a comissão, pela pulseira de identificação médica de Brown, cujo valor era estimado em 200 a 300 dólares.
Uma capa de cetim preto foi vendida por 47.500 dólares para uma instituição não-identificada, enquanto um móvel de couro vermelho foi vendido por 40 mil dólares - 20 vezes mais do que o valor estimado.
Apesar do resultado ter sido mais fraco do que o esperado, o especialista em cultura pop da Christie's, Simeon Lipman, ressaltou que "relíquias de sua persona pública e privada foram os itens mais visados, como podemos perceber pelos itens vendidos pelos maiores preços, como suas capas e instrumentos, passando por móveis de sua sala e pulseira de identificação hospitalar".
Entre outros destaques, estava uma roupa de jeans, bordada com a inscrição "Padrinho do Soul", vendida por 25 mil dólares.

Ladrões levam obras de Warhol e Lichtenstein na Suécia

ESTOCOLMO - Obras dos pintores pop americanos Andy Warhol e Roy Lichtenstein foram roubadas num museu sueco, segundo informaram nesta sexta-feira, 18, autoridades locais.

A polícia informou que dois quadros de Warhol e três de Lichtenstein foram levados do Museu Abergs, em Estocolmo, nas primeiras horas do dia desta sexta. Não se sabe ao certo quantas pessoas participaram do roubo e a polícia ainda não tem suspeitos.

Um pôster de filme da Disney também foi levado. As obras roubadas são avaliadas em 3 milhões de coroas suecas.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

EUA - O país precisa de "Comissão da Verdade

Quando um prestigiado comandante do exército americano acusou os Estados Unidos de cometer crimes de guerra contra os seus prisioneiros, fica claro que as coisas precisam mudar.
"Não há mais nenhuma dúvida de que a administração actual cometeu crimes de guerra", diz Antonio Taguba, o major aposentado que investiga os abusos no Iraque no novo e explosivo relatório sobre tortura americana dos Médicos para Direitos Humanos. "A única pergunta que continua sem resposta é se aqueles que ordenaram o uso de tortura serão responsabilizados pelos seus actos."
O primeiro passo para isso não envolve tribunais. Em vez disso, precisamos de uma Comissão da Verdade Nacional para guiar o processo de autocrítica e purificação.


União Europeia quer estender direitos autorais por 95 anos

Um novo plano da União Européia pode permitir que os artistas mantenham os royalties de gravações por toda a vida. Se aprovado, o projecto deve beneficiar especialmente as velhas estrelas do rock, cujas primeiras gravações estão próximas de completar 50 anos – tempo limite para a manutenção dos direitos autorais na Europa.
Veteranos como Cliff Richard, 68 anos, e Roger Daltrey, 64, da banda The Who, trabalham na campanha para que a mudança seja aprovada. Pelo projecto da UE, os direitos passariam a valer por 95 anos. A medida ainda tem de ser votada pelo Parlamento Europeu.

De acordo com a lei actual, em poucos anos, artistas, produtores e gravadoras de rock deixarão de ser pagos por vendas ou reproduções e as músicas poderão ser lançadas por qualquer selo. Richard, por exemplo, perderá os direitos dos seus primeiros hits a 1 de janeiro de 2009, e os discos dos Beatles entrarão em domínio público em 2013. O projecto da UE também beneficia os músicos que já se aposentaram.
No ano passado, o governo do Reino Unido vetou a sua própria proposta de aumentar o tempo dos direitos. A alegação foi que poucos músicos seriam beneficiados pois, na maioria, passam seus royalties às gravadoras por contrato. Outro argumento: o aumento dos custos seria repassado ao consumidor.

EUA - Senado autoriza a entrada de imigrantes com HIV

O Senado dos Estados Unidos derrubou nesta quinta-feira uma lei que proibia, desde 1987, a entrada de imigrantes com o vírus da Sida no país.
Os EUA estavam entre os 12 países – de uma lista que inclui Sudão, Arábia Saudita, Líbia e Rússia – que proíbem a viagem e a imigração de portadores do HIV. Antes dos americanos, a China também havia modificado a sua política.
"Não há desculpas para uma lei que estigmatiza uma doença específica", afirmou o senador John Kerry, autor da iniciativa juntamente com o senador Gordon Smith.

Segundo ele, até pessoas com gripe aviária ou o vírus do Ebola têm mais facilidades do que aquelas com HIV para conseguir visto de entrada no país. Actualmente, o HIV é a única condição médica explicitamente listada nas leis de imigração.
A proibição foi implementada em 1987 e reafirmada pelo Congresso em 1993. Juntamente com o fim da lei, o Senado também aprovou uma proposta que destina 50 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para a luta contra a Sida e outras doenças em África e outras regiões pobres.
A nova lei, incluindo a aporte de dinheiro, vai agora para comitê representativo do Senado para avaliação e eventuais ajustes e depois segue para sanção do presidente George W. Bush. O presidente já sinalizou ser favorável ao fim da proibição.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Chico Buarque: Letra de "Ode aos Ratos" (Album "Carioca")

Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão
Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu
Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão
Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão

Julgamento do primeiro processo em Guantánamo começa segunda-feira

WASHINGTON (AFP) - Um juiz federal decidiu nesta quinta-feira, em Washington, que o processo de Salim Hamdan, ex-motorista de Osama bin Laden, deve começar na próxima segunda-feira, como estava previsto ante um tribunal de excepção de Guantánamo (Cuba), depois que a defesa pediu um adiamento.
O processo de Hamdan, acusado de "complô e apoio material ao terrorismo", é o primeiro a ser realizado segundo os procedimentos de excepção estabelecidos pela administração de George W. Bush.
A defesa considera injusto que o julgamento se realize ante a comissão militar formada num tribunal de excepção para a ocasião.
Esta semana, Hamdan afirmou ter sido humilhado por uma mulher durante um interrogatório e fez referências a outros maus-tratos.
Segundo jornalistas norte-americanos presentes em Guantánamo para acompanhar o caso, Salim Hamdan narrou como foi humilhado por uma mulher presente no seu interrogatório.
"Ela se aproximou de mim, com todo o seu corpo, e tocou na minha coxa", contou ele ao Washington Post. "Eu não podia fazer nada, pois tinha medo dos soldados".
O iemenita, que está há mais de seis anos em Guantánamo, contou ainda ao New York Times, que, quando foi levado ao campo, os soldados o vendaram e imobilizaram o seu corpo numa posição que agravou um ferimento que tinha nas costas. "A dor era tão intensa que nem tenho como descrever", explicou.