RÁDIO MOÇAMBIQUE

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O bode "Guardião" de Maputo

(Edmundo Galiza Matos)
Instantâneo registado junto à estátua de Samora Machel, o fundador da República de Moçambique, na baixa da cidade de Maputo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Guitarra destruída por Kurt Cobain é vendida por US$ 100 mil

Uma guitarra destruída pelo roqueiro Kurt Cobain foi vendida para um colecionador não identificado por US$ 100 mil. O corretor inglês Helen Hall afirmou que o instrumento foi o segundo item do cantor, morto em 1994, que alcançou o maior preço na venda. A guitarra pertencia ao roqueiro punk Sluggo of The Grannies and Hullabaloo.

A venda foi confirmada por Jacob McMurray, curador sênior do Experience Music Project de Seattle, cidade natal de Cobain. Lá a Fender Mustang também ficou exposta por alguns meses. "Realmente era uma guitarra bonita porque foi esmagada e depois colada com fita. Kurt Cobain escreveu nela", contou ele.

Sluggo informou que trocou uma guitarra em bom estado pela destruída durante a primeira turnê nos Estados Unidos da banda do roqueiro, o Nirvana. McMurray disse que o grupo estava em New Jersey quando Cobain destruiu a guitarra no palco e então procurava outra para tocar no próximo show.

Ele disse esperar que o comprador permita que o instrumento retorne a Seattle para uma exposição sobre Cobain que está a ser preparada para 2010. "Não há muitas guitarras quebradas do Nirvana por aí", acrescentou McMurray, explicando que a maioria está "em pedaços."

Dustin Hoffman diz que Hollywood não valoriza os mais velhos

Aos 71 anos, o actor Dustin Hoffman diz que nunca vai se aposentar, mas pode ter de ir bem além de Hollywood para encontrar os papéis de que gosta. O seu último filme, Last Chance Harvey é uma pequena ode ao amor encontrado na maturidade, um tema que promete sucesso entre uma fatia crescente do público que vai ao cinema - os maiores de 40 anos. O filme estréia nos Estados Unidos neste Natal, 25.


No filme, Hoffman, que interpreta Harvey, conhece Kate (Emma Thompson). O actor disse que gostaria de fazer mais filmes para fãs mais velhos, mas não acha que os estúdios de Hollywood - que tendem a fazer grandes filmes, para abarrotar os cinemas - sejam capazes de assumir o público mais velho. "Se eu tivesse de usar minha energia, não seria para mudar o sistema dos estúdios. Seria para acrescentar duas ou três línguas ao meu repertório, que hoje consiste somente em inglês de rua", disse Hoffman em uma entrevista recente.


"Se eu falasse francês, espanhol e italiano, trabalharia em filmes que me interessam mais. Eles ainda honram as histórias de amor sobre pessoas com mais idade. Você pode envelhecer na Europa".


Hoffman, nascido e criado em Los Angeles, diz nunca ter entendido, quando criança, a obsessão com a juventude. Para ele, existe nos Estados Unidos "uma falta de respeito com a idade que não existe em todos os países".

Porta-voz de Michael Jackson desmente transplante

Um porta-voz de Michael Jackson divulgou um comunicado negando uma reportagem segundo a qual o artista precisaria passar por um transplante de pulmão devido a uma rara doença respiratória. É uma "fabricação total", disse a nota.

A reportagem afirmava: "Jackson necessita de um transplante de pulmão", embora "talvez esteja frágil demais para se submeter à operação."


O comunicado, atribuído ao "único e oficial porta-voz de Michael Jackson, sr. Tohme Tohme", cita uma entrevista com o escritor Ian Halperin, publicada nos jornais britânicos The Sun e Sunday Express. Nela, Halperin disse que Jackson sofria da deficiência de Alfa-1-antitripsina. Halperin, que escreve uma biografia não-autorizada do cantor, também disse que o artista mal pode falar, tem enfisema e hemorragias internas, além de ter perdido 95% da visão no olho esquerdo.


"A respeito das alegações do autor, esperamos que, no futuro, a mídia legítima não continue a explorar uma tentativa tão óbvia de promover essa 'biografia não-autorizada'"?, disse o comunicado atribuído a Tohme.


Apesar de Jackson, de 50 anos, negar os rumores, o irmão do astro pop Jermaine confirmou que ele não passa por um bom momento. "Ele não está muito bem agora. Essa não é uma boa hora". Além da afirmação de Jermaine, Jackson já foi fotografado sendo empurrado em uma cadeira de rodas em julho deste ano.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Opinião: Enquanto só for conversa

Por: Ferreira Fernandes, DN 24/12/08


O Papa tem o direito de dizer que os heterossexuais estão em risco de desaparecer como a floresta amazónica. Os que acham isso tolo têm o direito de lembrar que o celibato dos padres, esse, é que não só extinguiria os heterossexuais como todo o género humano. O Papa tem o direito em afirmar a sua verdade, a da Bíblia, onde união sexual é entre "homem" e "mulher", e só. Os anticatólicos têm o direito de lembrar os casos de papas homossexuais. Eu, com saudades da minha adolescência quando os filmes eram de cowboys que cavalgavam rumo ao pôr do Sol sem segundas intenções, tenho direito em dizer que me incomoda um filme em que dois cowboys se beijam. Dois cowboys da vida real têm direito de se beijar e dizerem estar-se nas tintas para os meus incómodos. O Papa, eu, os anticatólicos, os homossexuais militantes e os cowboys temos o direito de dizer o que queremos. Bom é que não tenhamos o poder para impor aos outros o que eles não querem. Seria bom também que toda esta liberdade de dizer tivesse em conta que há lugares em que homens e mulheres - que são o objecto da nossa conversa - são impedidos de ser aquilo que querem ser, homossexuais.

Expedição revela novas espécies em “paraíso perdido” de Moçambique


Uma expedição internacional de 28 cientistas descobriu este Outono a floresta Monte Mabu, no Norte de Moçambique, que tem parecenças com um “paraíso perdido”. Nos seus sete mil hectares, encontrados com a ajuda do Google Earth, os cientistas identificaram, para já, três novas espécies de borboletas e uma de cobra.

Em apenas três semanas, a expedição liderada por uma equipa dos Jardins Botânicos Reais de Kew, no Reino Unido, os cientistas encontraram centenas de espécies diferentes de plantas, novas populações de aves raras, borboletas, macacos e uma nova espécie de cobra gigante. Com os espécimes que recolheram e levaram para casa, os cientistas esperam descobrir novas espécies de plantas.

A floresta na região montanhosa do Norte do país era, até então, desconhecida para a comunidade científica devido aos difíceis acessos e a anos de guerra civil (1975 – 1992). Em 2005, Julian Bayliss, cientista britânico dos Jardins Botânicos, estava à procura de um possível projecto de conservação no Google Earth, na Internet, quando descobriu aquele “bocado de verde” e decidiu ir conhecê-lo. Depois de algumas primeiras visitas, a expedição de 28 cientistas – do Reino Unido, Moçambique, Malawi, Tanzânia e Suíça - partiu em Outubro com 70 carregadores para a floresta.

Segundo conta o “The Observer”, a estrada levou a expedição até uma antiga quinta de produção de chá, abandonada. Para lá, era a floresta. Foi aí que montaram acampamento durante quatro semanas e encontraram uma riqueza biológica insuspeita, como as centenas de plantas tropicais.

O líder da expedição, o botânico Jonathan Timberlake, considerou ao “Telegraph” que descobrir novas espécies não é importante só para a ciência mas ajuda a salientar a necessidade dos esforços de conservação nas regiões do mundo mais ameaçadas pela desflorestação e pelo rápido desenvolvimento. Estima-se que os cientistas descrevam, todos os anos, cerca de duas mil novas espécies.

Fidel revelado através de relatos dos seus amigos

Um dia pediu um beijo a Fidel Castro e o ex-líder cubano respondeu-lhe: "Bem, serão três então." Depois, deu--lhe dois beijos no rosto "e um ao de leve nos lábios". Em seguida perguntou-lhe: "O teu marido é ciumento?" A história, contada pela actriz cubana Isabel Santos, é apenas uma das 413 que o jornalista Luis Báez recolheu para escrever o livro Así es Fidel.

Os testemunhos de várias figuras cubanas e internacionais oferecem "uma visão ampla do que muitos viveram e sentiram na presença" de Fidel, indicou o presidente da Casa das Américas de Havana, o poeta Roberto Fernández Retamar, na apresentação do livro. O evento, que teve lugar segunda-feira, é um dos que assinalam os 50 anos da Revolução, a 1 de Janeiro.

"Deixou de fumar para ter autoridade moral contra o tabagismo", conta o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Além disso, é um leitor tão "atento e minucioso que encontra contradições ou dados falsos onde menos se espera". Foi o que aconteceu com um manuscrito do seu livro Crónica de uma Morte Anunciada: "Assinalou um erro nas especificações de uma arma de caça."

O Nobel da Literatura revela também que Fidel prepara as receitas de cozinha "com um fervor científico". Já o ex-presidente colombiano Andrés Pastrana conta como durante um jantar oficial o então líder cubano lhe disse para não comer muito: "Eu depois preparo-te uma lagosta na pedra com ketchup."

O livro Así es Fidel começa com um relato do seu irmão, Raúl Castro, e termina com as palavras do guerrilheiro argentino Che Guevara (morto em 1967). Pelo meio, conta com testemunhos de figuras ligadas às artes, ao deporto, à política, à religião ou ao jornalismo.

Fidel, de 82 anos, está afastado da vida pública e do poder desde Julho de 2006, por problemas de saúde. O comandante recebe apenas as visitas de alguns amigos e líderes estrangeiros.

Corrida aos sapatos 'Bye Bye Bush'

Os sapatos que quase acertaram na cara de George W. Bush estão a tornar-se um sucesso comercial a nível planetário. A empresa turca que alegadamente fabricou o par lançado pelo jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi contra o Presidente dos EUA revelou ontem que se viu obrigada a contratar cem novos empregados para responder ao aumento das encomendas do modelo 271 já devidamente rebaptizado Sapato Bush ou Bye Bye Bush.

Segundo o chefe de vendas da Baydan Shoes, sediada em Istambul, os pedidos dispararam e vêm de todo o mundo, incluindo o Iraque e os EUA. Desde o dia em que Al-Zaidi arremessou os sapatos contra Bush, durante uma conferência de imprensa em Bagdad, a empresa recebeu encomendas para 370 mil pares. Normalmente vendia 15 pares por ano.

O sucesso da empresa turca já motivou críticas da família do jornalista. Durgham al-Zaidi atacou aqueles que estão a lucrar à custa do irmão. "Não faz qualquer sentido! Estas pessoas estão a tirar partido daquilo que o meu irmão fez," disse Durgham, citado pelo jornal britânico Telegraph. "Os sírios dizem que os sapatos foram produzidos na Síria. Os turcos dizem que foram eles a fazê-los. Há quem diga que o meu irmão os comprou no Egipto. Mas tanto quanto sei, ele comprou-os numa loja em Bagdad e são feitos no Iraque."

Saudita de oito anos só pode pedir o divórcio quando chegar à puberdade, decide tribunal

Ela não sabe que está casada, mas só poderá pedir o divórcio quando chegar à puberdade. Ela tem oito anos; o marido 58. Foi o pai que a casou e a mãe que contratou um advogado para tentar obter a separação. O advogado da menina, uma saudita da província de Qasim, a norte de Riad, vai recorrer.

"O juiz rejeitou o pedido porque a mãe não tem direito de o apresentar e ordenou que o processo seja posto pela própria rapariga, quando ela chegar à puberdade", disse à agência AFP o advogado Abdullah Jtili. O pai esteve presente na audiência.


A menina casou sem saber, quando estava prestes a começar as aulas da quarta classe, em Agosto. Continua a viver com a mãe e alguns familiares garantem que o pai acordou verbalmente com o noivo que o casamento só será consumado quando ela fizer 18 anos. O problema é que não há consenso sobre o que é a puberdade e muitos juízes sauditas insistem que as mulheres, mesmo adultas, lhes falem através de guardiões masculinos.


O homem que casou com esta menina saudita conseguiu que lhe fosse dado um certificado de saúde pré-marital directamente por um hospital, escreveu o site Arab News. "Há confusão na Arábia Saudita sobre o que constitui ser-se adulto", afirma Clarisa Bencomo, da Human Rights Watch.

Escritores e activistas pedem a libertação do dissidente chinês Liu Xiaobo

O dissidente chinês Liu Xiaobo, de 53 anos, foi preso no início deste mês por ter subscrito um manifesto a apelar a mudanças democráticas na China.


Ontem, 23, mais de 150 escritores e activistas pediram a sua libertação numa carta enviada ao Presidente chinês, Hu Jintao, entre eles os laureados com o Nobel da Literatura Seamus Heaney e Wole Soyinka e vários outros escritores, como Salman Rushdie e Umberto Eco, para além de académicos e advogados.


Liu Xiaobo é professor de Literatura e um dos mais conhecidos activistas pró-democracia na China. Já tinha sido detido antes, acusado de participar nos protestos de 1989 na Praça de Tiananmen, que resultaram na morte de centenas de civis, sobretudo estudantes.


Na carta enviada ao chefe de Estado chinês, os activistas dizem que "a China violou as suas próprias leis, a polícia não informou os familiares de Liu Xiaobo nem os seus advogados sobre a localização ou as razões da detenção". E acrescentam: "A actividade de Liu sempre foi pacífica. Apesar disso, foi detido de forma arbitrária duas vezes, por vários anos, por escrever artigos que criticam o Governo, mas nunca foi acusado de nenhum crime."


Liu Xiaobo foi detido por subscrever a Carta 08, uma petição assinada por 303 intelectuais chineses e apresentada no âmbito dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O nome é inspirado na Carta 77, assinada por um grupo de intelectuais na então Checoslováquia, em 1977, para apelar a mais liberdades e à democratização do regime. No documento pede-se que sejam realizadas reformas democráticas na China e defende-se o fim do regime de partido único, que mantém no poder o Partido Comunista chinês. Por causa da Carta 08 houve várias pessoas detidas, mas Liu Xiaobo é o único que continua na prisão.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Pai Natal no trópico

"Como vovô, papai foi progressivamente detestando a tarefa de bancar Papai Noel. E pela mesma razão: a roupa é quente demais. Queixa-se, mas vai em frente. A fantasia das crianças é mais importante que meu desconforto, diz. Uma frase que, de algum modo, me serve como lição de vida. Papai Noel não é aquele que dá presentes, é aquele que traz alegria e conforto. Pensarei nisto quando chegar a minha vez de vestir a velha roupa vermelha, quando chegar a minha vez de anunciar a todos o Natal. Será uma experiência estranha. Mas irei em frente. Embora já esteja até sentindo o calor."


Excerto de "Papai Noel no Trópico", de Moacyr Scliar

Prendas: CDs de U2, Creedence, Jackson 5, Getz, Monk, Miles e Ney reúnem clássicos

Na hora de dar música de presente, principalmente se for para um apreciador exigente e adulto, o mais certeiro é apostar nos estilos e artistas clássicos. Até porque o ano que se encerra não ficou marcado por muitos lançamentos daqueles que todo mundo deseja. De olho no consumidor que ainda cultiva o hábito de comprar CDs, as multinacionais tiraram alguns ases da manga neste fim de ano. São caixas, compilações e colecções de títulos originais com atrativos extras.


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Papa Bento XVI: a homessexualidade é contra o trabalho de Deus

O Papa Bento XVI indicou ontem que salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição.
O Sumo Pontífice acrescentou que a Igreja deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo, sublinhando “é preciso uma espécie de ecologia do Homem”.
Bento XVI discursava perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.
Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no.
O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.
O Papa disse ainda que a humanidade precisa de “escutar a linguagem da Criação” para entender os papéis do homem e da mulher e comparou as relações diferentes das heterossexuais como “a destruição do trabalho de Deus”.
Aqui trata-se da fé no Criador e da escuta da linguagem da Criação, cujo desprezo significaria uma autodestruição do homem e, portanto, da própria obra de Deus”, alertou o Papa.
No mesmo discurso, um dos mais importantes do ano religioso, o Papa aproveitou ainda para se demarcar da imagem de “estrela rock” que se colou à pele do seu antecessor, João Paulo II, durante as Jornadas Mundiais da Juventude.
O Papa evocou o que chama de “análises em voga” que, segundo ele, “tendem a considerar essas jornadas como uma variante da cultura jovem moderna, como uma espécie de festival rock modificado, num sentido eclesiástico, com o Papa como estrela”.
As aparições do Papa João Paulo II, que morreu em 2005, nessas Jornadas suscitavam um entusiasmo próximo da histeria. O Papa polaco, que cultivava os contactos directos com as multidões, nunca combateu o fenómeno de adulação que causava alguma indisposição no seio da Igreja Católica.
Bento Dezasseis admitiu, porém, que há vozes católicas que vêm nestas iniciativas um “grande espectáculo, belo, mas de pouco significado para a questão sobre a fé e a presença do Evangelho neste tempo”.

Morreu o realizador norte-americano Robert Mulligan

O realizador norte-americano Robert Mulligan, que foi nomeado para um Óscar em 1962, com o filme “Na Sombra e no Silêncio” (To Kill a Mocking Bird, no original), morreu aos 83 anos na sua casa, no estado do Connecticut, Estados Unidos.
Apesar de não ter ganho o Óscar de melhor realizador, dirigiu vários actores que o conquistaram, como Gregory Peck, nesse filme de 1962, em que desempenha o papel de um advogado que defende um homem negro acusado de violar uma mulher branca. Este filme adapta ao cinema um livro de Harper Lee, “Por Favor Não Matem a Cotovia”, premiado com o Prémio Pulitzer. O seu irmão mais velho era o actor Richard Mulligan. Quanto a Robert, nascido a 23 de Agosto de 1925, iniciou-se na realização nos programas televisivos transmitidos em directo de Nova Iorque, no início da década de 1950, como Studio One e Playhouse 90, antes de se estrear no cinema em 1957, com Fear Strikes Out.
Discreto, com tendência a desaparecer por trás do seu trabalho, não terá recebido a aclamação de outros realizadores seus contemporâneos, e que também iniciaram a carreira na televisão, como Sidney Lumet, Arthur Penn e John Frankenheimer. "Dá-se demasiada atenção aos realizadores, o que é agradável mas exagerado", disse numa entrevista ao jornal nova-iorquino Village Voice, em 1978.
Os seus filmes eram mais populares entre o público frequentador das salas de cinema do que entre os críticos, que o acusavam de não ter um estilo próprio.
No entanto, o realizador francês François Truffaut era um admirador confesso de Mulligan, defendendo-o dos que consideravam que o americano não tinha um estilo.
O próprio Mulligan respondia a estas críticas: "Não sei o que possa ser 'o estilo Mulligan'", disse ele na mesma entrevista ao Village Voice em 1978. "Se não o descobrem, bem, esse é o vosso trabalho", atirou, em jeito de resposta aos críticos.
A qualidade do seu trabalho com actores foi reconhecida por vários Óscares, mas é recordado também por ter entrevistado pessoalmente 500 jovens estudantes de liceu de Nova Iorque, em audições para o filme Up the Down Staircase. Robert Mulligan começou na televisão, nos anos 50, e tinha entre os seus admiradores o francês François Truffaut.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Taslima Nasreen: Poeta, escritora, médica e activista

Já foi ameaçada de morte por grupos fundamentalistas islâmicos, mas isso não a impediu de escrever cerca de 30 livros de poesia, ensaios, novelas e pequenas histórias, quase sempre no exílio.
Taslima Nasreen, de 46 anos, tem denunciado as violações dos direitos das mulheres em países muçulmanos, e a sua obra fez com que fosse distinguida com o Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento do Parlamento Europeu, em 1994, e em 2008 com o Prémio Simone de Beauvoir.
O seu livro mais polémico foi Lajja, que em bengali quer dizer "vergonha". Foi por causa dele, e dos protestos que gerou, que acabou por deixar o Bangladesh em 1995. O livro foi banido, alegadamente por ofender os muçulmanos. Durante alguns meses, Nasreen viveu sob fortes medidas de segurança em Daca, mas depois acabou por exilar-se na Suécia. Um livro autobiográfico, A Minha Infância, acabou por também ser banido, e um tribunal do Bangladesh condenou--a a um ano de prisão.
Taslima Nasreen foi para Calcutá, mas os protestos continuaram. Diz que foi pressionada a deixar a Índia e hoje vive exilada na Europa.


Warner exige retirada dos seus vídeos do YouTube

A O grupo Warner Music exigiu que o YouTube retirasse todos os vídeos de artistas seus do portal, depois de as negociações para revisão do contrato entre ambos terem falhado.

Esta decisão vai afectar milhares de vídeos de artistas como Led Zeppelin, Madonna, Red Hot Chili Peppers ou Sheryl Crow. Não serão porém os únicos. Todos os vídeos relacionados com as filiais do grupo, como os da Warner/Chappell, também serão retirados.

A Warner rompeu as negociações este sábado por pretender ficar com uma percentagem mais alta dos lucros do portal do que a estipulada. Os videoclips dos artistas da Warner entraram para o YouTube em 2006, sendo este o primeiro grande contrato do portal com uma editora discográfica.

Até aqui, a Warner (tal como a Universal Music e a Sony Music), recebia uma parte das receitas da publicidade associada aos vídeos da sua empresa, mais um valor de cada vez que alguém acedia às imagens.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Globo exporta seriados para Moçambique

Depois de vender A Diarista para Equador e Malásia e Globo DOC - série de documentários sobre a fauna e flora brasileira - para Geórgia e Uruguai, a Globo Internacional fechou a venda de séries para Moçambique.

Para Moçambique, o produto vendido foi A Grande Família. A série foi comprada pela Televisão Independente de Moçambique, TIM, e entrará na programação do canal no final de dezembro como a grande aposta da emissora.

Também chegam a Moçambique as séries A Diarista e Antónia, pela STV-Soico, um dos principais grupos de comunicação do país.

Dino Miranda: Os ares da terra

O guitarrista e compositor moçambicano Dino Miranda, apresenta sexta-feira ( 19 do corrente) as 20.30 horas o seu disco de estreia “Moya wa Kaya'' em acto a ter lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano.
O músico vive radicado em Cape Town, na África do Sul.
No concerto de sexta-feira, Dino Miranda, far-se-á acompanhar por Gibra na bateria (do Timbila Muzimba), Luke Saville nas teclas (músico sul africano e residente em Cape Town), Orlando Venhereque, Saxofone (moçambicano residente em Cape Town), Pateta na percussão, moçambicano residente em Cape Town, o moçambicano Filipinho no baixo baixo, Jimmy Gwaza guitarrista moçambicano, as mocambicanas Raima nos coros residente em Cape Town e a Noelmia do grupo coral Majascoral.
Dino Miranda para além de cantar vai tocar a sua viola acústica, num espectáculo que se espera venha a durar cerca de uma hora e meia.
Entretanto, antes da entrada da figura de cartaz, a banda Timbila Muzimba e os Rocats, estes últimos de género Reggae, abrem o espectáculo.
O jovem guitarrista já colaborou com artistas moçambicanos, da África do Sul, Zimbabwe, Inglaterra, Holanda, Jamaica, Brasil e outros países por ai fora. Entre os vários nomes que Dino Miranda trabalhou figuram nomes de Stewart Sukuma, Chico António, Jeff Maluleke, Teba, Azanaia, 340ml, Freshly Ground,Max Vidima, Napalma, Chris Hinze, Starkey Banton, Prince Malachi, Starkey Banton, Peter Spencer, Dawit Menalik Tafari.
Dino Miranda, entrou na carreira de músico em 1997, primeiro em Maputo, depois em Cape Town, na África do Sul. O jovem foi recentemente graduado pela Universidade de Cape Town.
Num passado recente, foi lançado internacionalmente o ultimo álbum "Friends e Stangers" de Max Vidima, musico zimbabweano, cujo o tema "Mai va Rossi'' 'e da autoria do Dino Miranda.
"Moya wa Kaya" é um disco de 14 canções. Em 2007 lançou o single "Fatal'' , obra que marcou o principio de uma nova era com rumo ao sucesso através de convites a sua participação em festivais internacionais.

Em dez anos o Sudeste asiático revelou mil espécies, quantas mais esconderá?

Onze milhões de anos depois, num mercado do Laos no Sudeste da Ásia, cientistas descobriram um mamífero à venda que já ninguém esperava que existisse. Primeiro pensaram que fizesse parte de uma nova família de mamíferos, depois perceberam que a família já tinha sido descrita a partir de fósseis e estava extinta há mais de dez milhões de anos.


Mas não, o kha-nyou (nome na língua local) está vivo, foi fotografado e filmado, e é uma das 1068 novas espécies que se descobriram no sudeste asiático, na última década. Os resultados foram reunidos num relatório do Fundo Mundial da Natureza (WWF) publicado na segunda-feira.


Entre 1997 e 2007, os cientistas encontraram 519 plantas, 279 peixes, 88 rãs, 88 aranhas, 46 lagartos, 22 serpentes, 15 mamíferos, quatro aves, quatro tartarugas, duas salamandras e um sapo. Há espécies novas para todos os gostos, algumas tão pontualmente localizadas que podiam ser alvo de expedições comparáveis à procura do Santo Graal. A Leptolalax sungi, por exemplo, é uma rã com os olhos dourados que foi recolhida na montanha de Tam Dao, no Vietname do Norte, a 925 metros de altitude. Só existe nas redondezas de um único ribeiro, perto da aldeia de Tam Dao.


Nos invertebrados, o Desmoxytes purpurosea é um dos mais fotogénicos. O milípede (“primo” das centopeias) cor-de-rosa, quase fluorescente — para avisar que é venenoso —, foi encontrado em 2007 na Tailândia.A região de Mekong conta com 430 mamíferos, e 70 só existem aqui. Por isso, a descoberta de 15 novas espécies em dez anos faz com que os cientistas acreditem que muita biodiversidade ainda está por descobrir. Aliás, o nome do relatório chama-se First Contact in the Greater Mekong, que remete para a ideia de que esta empreitada foi só o início.


A região, que aglutina 320 milhões de pessoas, é uma das mais ameaçadas no mundo. O desenvolvimento económico, o aumento populacional e os padrões de consumo da região vão nos próximos anos pressionar o rio Mekong através da agricultura, da indústria madeireira, do comércio de espécies selvagens e da pesca. Como se não bastasse, prevê-se que o Sudeste asiático seja das regiões mais afectadas pelas alterações climáticas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O sapato

Um sapato é erguido durante um protesto contra a visita surpresa do presidente americano George W. Bush ao Iraque, no bairro de Cidade Sadr, em Bagdá, nesta segunda-feira.

Obama ganha prêmio de homem do ano da revista Time

A revista Time, uma das mais influentes dos Estados Unidos, deu ao ao presidente eleito do país, Barack Obama, o prêmio de personalidade do ano de 2008. No ano passado, o vencedor foi o então presidente russo Vladimir Putin.

Obama superou o secretário do Tesouro, Henry Paulson, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a governadora do Alasca, Sarah Palin e o cineasta chinês Zhang Yimou. O prêmio da revista é dado à pessoa que, na visão da Time, mais influenciou o ano.
"Chegou ao cenário americano como um trovão, realocou a nossa política, fez em pedacinhos décadas de sabedoria convencional e superou séculos de ordem hierárquica social", diz a revista, ao explicar alguns dos motivos da escolha.
Sobre Obama, que será o 44º presidente da história dos EUA a partir de 20 de janeiro, a publicação americana afirma também que, além desses factos simbólicos, a sua vitória eleitoral ocorreu num momento de crise e ele "reagiu de uma maneira sem precedentes para formar uma Administração que proporcione confiança a um mundo em pleno abalo".
Indica também que uma das qualidades do sucessor de George W. Bush "é ser o contrário do chamativo, a antítese da retórica: consegue que as coisas sejam feitas. É um homem que faz coisas".
Uma foto do presidente eleito dos EUA será a capa do próximo número da "Time", um lugar que antes ocuparam outras personalidades políticas ou artísticas, como o actual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, o próprio George W. Bush, e o cantor e compositor irlandês Bono, entre outros.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jornalista iraquiano atira sapato contra Bush

O gesto do jornalista iraquiano que atirou os seus sapatos contra George W. Bush durante uma visita "relámpago" do presidente americano ao Iraque no passado domingo, é um retrato amargo do fim do mandato de um dos chefes de Estado mais impopulares da História americana.

De acordo com analistas políticos o gesto representa esse final melancólico, além da falta de credibilidade e legitimidade do governo liderado por Bush, jornalista Edmundo Galiza Matos.
George W. Bush tentou minimizar o incidente, dizendo que a atitude do repórter, que também o chamou de "cão", não representa um movimento maior no Iraque.

Na cultura árabe, ser chamado de "cão" é um grave insulto e os sapatos são um instrumento de desprezo: em 2003, os iraquianos atacaram da mesma forma a estátua do ex-ditador Saddam Hussein a sapatadas.

Por sua vez, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enalteceu a coragem do jornalista iraquiano que lançou os seus sapatos contra o presidente dos EUA, George W. Bush.

Ferrenho crítico da Casa Branca, Hugo Chavez é conhecido por ter em diversas ocasiões desferido toda sorte de impropérios contra George W. Bush, que deverá abandonar o poder em janeiro.

"Aquilo é que chama ser corajoso", disse um sorridente Hugo Chávez numa transmissão da televisão estatal venezuelana, que repetiu várias vezes a cena em que Bush esquiva-se de forma magistral do sapato arremessado pelo jornalista iraquiano.

Em novembro, uma pesquisa divulgada pela rede de televisão CNN mostrou que Bush está a deixar a Casa Branca como o presidente mais impopular desde que as sondagens de aprovação de governo surgiram, há mais de seis décadas.
Antes de Bush, o recorde de rejeição era de Harry Truman, cuja gestão era desaprovada por 67% dos americanos em janeiro de 1952, o seu último ano na Casa Branca.

Musicas dos Stones viram nomes de ruas

A cidade natal dos Rolling Stones Mick Jagger e Keith Richards, Dartford, na Inglaterra, vai renomear algumas de suas ruas em homenagem aos músicos.

De acordo com o semanário britânico “NME”, os vereadores da cidade aprovaram o projecto da mudança na passada quinta-feira (11). As ruas vão receber nomes de canções dos Stones, como “Satisfaction Street”, “Angie Mews” e “Ruby Tuesday Drive”.

A polícia local está preocupada com a mudança porque acham que os fãs dos Stones vão roubar as placas para guardá-las como lembrança. Outros nomes aprovados pelos vereadores de Dartford são: “Little Red Walk”, “Babylon Close”, “Stones Avenue”, “Dandelion Row”, “Lady Jane Walk”, “Cloud Close” e “Rainbow Close”.

Mick Jagger e Keith Richards nasceram em Darford, em 1943. A dupla criou o Rolling Stones ao lado de Brian Jones e Ian Stewart, em 1962.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ngoma 2008: "Felizminha", de Stewart, a mais popular

O músico Stewart Sukuma venceu o prêmio “Música Mais Popular” do Top “Ngoma Moçambique”, edição 2008, com o tema “Felizminha”.

Organizada anualmente pela Rádio Moçambique desde ha 21 anos, a parada desde ano concedeu os prêmios “Revelação” em femininos à jovem cantora Didácia da cidade da Beira (a segunda maior do país) com a canção Ndaneta, e em femininos ao cantor Deodato Niquice.

A veterana Júlia Mwito, com a sua composição “Pemba”, arrecadou o prêmio “Influências” e na categoria de”"Melhores vozes femininas e masculinas, o “Ngoma 2008 premiou a Jenny e a Inocêncio Matola.

Após escutar "Khuvu" de Stewart Sukuma e onde se encontra inserida a canção "Felizminha", escrevi duas análises-criticas sobre a obra.
Um excerto do que escrevi então: (Para mais, CLICK AQUI)
“Feslizminha, eu te gramo muito”, não sendo na nossa gíria uma afirmação amorosa por aí além, é, quanto a mim, a mais bonita e sublime declaração de amor que se pode fazer a uma moça. E eu, ainda moço, bem magricela e desengoçado, a sussurei bastas vezes aos ouvidos de beldades em esquinas nos bairros da Mafalala e Xipamanine, primeiro em Lourenço Marques (Maputo) e mais tarde em Cumilamba e Cariacó, em Porto Amélia, hoje Pemba. Elas, soltando timidamente risadinhas, “gramavam” a valer da declaração. E não é que “caíam” mesmo minha teia...
Ora, não é que hoje um dos nossos mais representativos compositores musicais, Stewart Sukuma, foi rebuscar aquela frase tão simples, tão terna, para muitos “ridícula”, para a cantar numa das suas mais bem apanhadas composições inseridas no que eu considero um dos melhores trabalhos musicais dos últimos tempos – “Khuvu”.

Cinema: Fugindo dos mafiosos

O filme “Gomorra”, baseado no livro homônimo, virou best-seller em 43 países e um marco do actual cinema italiano, estando já na lista dos favoritos do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009.

O seu autor, o jornalista Roberto Saviano, escondido e protegido por escolta policial desde 2006, quando lançou o livro na Itália, foi ameaçado de morte e corre o risco de não comemorar o Natal este ano. A Camorra italiana, organização criminosa sediada em Nápoles com ramificações em todo o mundo, prometeu matá-lo até o dia 25, colocando um ponto final na sua carreira.

A leitura de Gomorra - paronímia que aproxima a cidade bíblica dos pecadores da Camorra italiana - deve ser feita preferencialmente com um balão de oxigênio por perto. O ar é fétido, irrespirável, desde o primeiro parágrafo, em que Saviano descreve uma cena apocalíptica. Nela, um contêiner balança no porto de Nápoles enquanto a grua se desloca para o navio. Do seu interior desabam corpos congelados de chineses, cujos documentos devem ter passado às mãos de compatriotas, igualmente explorados pela Máfia chinesa, que, segundo Saviano, trabalha em sociedade com a Camorra. E apresenta dados de tirar o fôlego: 20% das importações têxteis da China passam pelo porto de Nápoles, onde 60% das mercadorias escapam do controle aduaneiro. É também em Nápoles, segundo ele, que opera o maior armador do Estado chinês, que administra o maior terminal de contentores napolitano em sociedade com empresários suíços, donos da segunda maior frota de navios do mundo.

Bastaria essa denúncia para Saviano ser ameaçado pela Camorra. Apesar do apoio público que recebeu de escritores como o anglo-indiano Salman Rushdie e do vencedor do Nobel Orhan Pamuk, o destino de Saviano parece mesmo selado desde o dia em que se infiltrou entre os camorristas para descobrir como funcionava a máfia napolitana. Ele descobriu uma organização envolvida tanto no tráfico de drogas como no despejo clandestino de resíduos químicos, além dos rotineiros crimes de vingança que envolvem famílias camorristas e seus dissidentes. No ramo "empresarial", a Camorra comandaria ainda a construção civil na Itália, a fabricação de leite adulterado, a importação de fuzis Kalashnikov e até o tráfico de moldes das grifes européias para a China dos falsificadores. Nada mais globalizado que o crime organizado.

Foto de Marilyn Monroe pode quebrar recorde de preço em leilão

Apesar da recessão econômica e das quedas recentes nos preços pagos por arte, uma foto de Marilyn Monroe poderá atingir preço recorde quando for leiloada na próxima semana, disse a Christie's na sexta-feira.
A imagem feita por Bert Stern, uma das últimas fotos da actriz antes da sua morte, pode quebrar o recorde de 63 mil dólares marcado em 1994, diz a casa de leilões.
A Christie's também espera marcar um recorde mundial para um trabalho de Helmut Newton, o mais caro dos quais foi vendido por 380.725 dólares no ano passado.
Ambos fazem parte da colecção Constantiner, que inclui o maior grupo de fotos de Monroe a chegar ao mercado em qualquer tempo - mais de 100 ao todo.

"Ela é a personificação da idéia do glamour", disse Philippe Garner, director internacional de fotografia da Christie's. A colecção acompanha a progressão de Monroe, disse ele à Reuters, "de garota jovem, ambiciosa e de cara lavada que queria fazer sucesso em Hollywood a essa mulher mais madura, mas de algumas maneiras confusa e problemática, que enfrentava o dilema de diferenciar a sua identidade das expectativas do público".

Marilyn ainda era uma adolescente chamada Norma Jean Baker quando primeiro posou para o fotógrafo André de Dienes, que ajudou a levá-la à carreira de modelo e, mais tarde, ao estrelato.
Uma das primeiras sessões de fotos resultou num retrato clássico de Marilyn - ainda morena na época - diante de uma casa de fazenda, com feno a seus pés descalços, sorrindo para alguém que estava atrás da câmera.

Leon e Michaela Constantiner começaram a comprar fotos de ícones do glamour e do estilo no início dos anos 1990. A sua colecção inclui obras de William Klein, Herb Ritts e Irving Penn, além de dezenas de fotos de Newton, incluindo vários nus em tamanho natural estimados em até 600 mil dólares.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Cinema: Jack Black estrela inteligente

(Actor Jack Black estrela inteligente e divertido "Rebobine, por Favor", novo filme do francês Michel Gondry)
A comédia Rebobine, Por Favor, novo filme do francês Michel Gondry, fala de um tipo de cinema cada vez mais raro. E isso não tem nada a ver com a substituição dos VHSs pelos DVDs, ou da película pelo digital. É um cinema que fala direto à emoção do público, feito com amor, seja pela arte ou pelo simples prazer de divertir.

No centro da comédia, está tudo aquilo que se perde em nome do progresso - representado por uma locadora que resiste ao DVD e insiste em continuar alugando fitas. O dono da loja é o Sr. Fletcher, cujo negócio está ameaçado pela desapropriação do seu prédio antigo, entre outros problemas. Para não perdê-lo, precisa levantar fundos e reformar o local.

A fim de espionar os segredos de uma bem-sucedida rede de locadoras, Fletcher finge fazer uma viagem e deixa o seu funcionário, Mike, a tomar conta do negócio. Porém, sempre por perto está Jerry, um mecânico neurótico sempre contra qualquer forma de autoridade.

Depois de um acidente, o corpo de Jerry fica todo magnetizado. Assim, quando ele entra na locadora, apaga o conteúdo de todas as fitas de vídeo com a electricidade do seu corpo. Quando a Sra. Falewicz, uma cliente fiel, vai fazer a sua locação diária, eles precisam improvisar para que ela não perceba nada. Convencem-na a voltar mais tarde, enquanto eles mesmos refazem o filme que ela escolheu: Os Caça-Fantasmas.

E assim começa uma série de remakes caseiros e toscos feitos pela dupla. As produções vão desde filmes de acção, como A Hora do Rush 2 a dramas sentimentais como Conduzindo Miss Daisy - sempre com Jerry e Mike nos papéis centrais. Um dia, resolvem que precisam de uma mulher de verdade e convidam a balconista de uma lavanderia, Alma (Melonie Diaz).

O que ninguém esperava é que os filmes da dupla, que eles chamam de 'suecados', caíssem tanto no gosto do público do bairro. O sucesso vai exigindo uma produção cada vez maior e isso acaba integrando toda a comunidade, que andava dispersa e desanimada.
Infelizmente, o sucesso da empreitada acaba atraindo também a atenção de advogados, que vêm cobrar os direitos autorais dos estúdios e produtores. Não podendo mais 'suecar' filmes famosos, a dupla começa a fazer as suas próprias produções. A volta do dono da locadora muda novamente o rumo das coisas.

Antes de se tornar cineasta, Michel Gondry ficou famoso com videoclipes criativos para cantores como Björk e bandas como White Stripes e Radiohead. A sua marca registada tornou-se um apuro visual e um trabalho de câmera e montagem sofisticados. Aqui, ele deixa de lado esse rigor técnico e concentra-se naquilo que o filme pede: a emoção.

Com seu final tocante, à la Cinema Paradiso, Rebobine, Por Favor lembra a importância dos filmes como fenômeno cultural, não só como fórmula para ganhar dinheiro.

Rádio Moçambique: Memórias de um doce calvário

Para Silvestre Sechene, jurista, a leitura deste livro de autoria de Luís Loforte, “proporcionará aos que se interessam pelas matérias da radiodifusão, e não apenas a estes, a oportunidade de se informarem sobre a história recente da rádio, particularmente no período de transição de Rádio Clube de Moçambique para a actual Rádio Moçambique”.

Assim escreveu aquele jurista no prefácio daquela obra publicada em 2007.
Trata-se de uma incursão em que, cito de novo Sechene, “habilidoso, Luís Loforte, agacha-se na noite das memórias e oferece-nos o que podem ser considerados aspectos preciosos da história da radiodifusão em Moçambique”.

O livro, que recomendo vivamente aos radiófilos de todos os quadrantes, pode ser adquirido em algumas livrarias da cidade de Maputo – fora da capital não se conhecem livrarias – ao preço de 250,00 Meticais (Usd10).

Wazimbo: 60 anos ao serviço da música moçambicana

No passado dia 11 de novembro, Wazimbo, nome artístico de Humberto Carlos Benfica, completou 60 anos. Quarenta ao serviço da cultura moçambicana, particularmente da música.

O Waz – assim o chamam os seus amigos – nasceu no emblemático bairro da Mafalala. Aos oito anos ruma para o distrito de Chigubo, no então distrito de Gaza, onde inicia os primeiros passos para a sua actual carreira ao lado de nomes sonantes da música moçambicana, entre eles Hortêncio Langa, José Mucavele e Miguel Matsinhe.

Ainda década de 50, juntamente com Hlanga (irmão de Pedro Langa), JMucavele e Mmatsinhe, decidem formar “Os Rebeldes do Ritmo”, disignação abandonada pouco tempo depois com a adopção de “Silver Stars” e, já na entrada da década de 60, optam por um outro nome: “Geysers”.

Já com o guitarrista Pedro Nhantumbo, os “Geysers” conquistam o quarto lugar na única olimpíada musical realizada na então capital da colónia de Moçambique, Lourenço Marques, evento realizado no Cinema Nacional, hoje transformado em centro cultural universitário.

Dá-se então uma virada importante na carreira do Wazimbo: os seus companheiros são chamados para a “tropa”. Desfaz-se o grupo; o hoje sexagenário aceita, em 1972, um convite para se exibir em terras angolanas, aventura que durou dois anos.

Com outras vivências e experiências e amizades, Wazimbo regressa ao seu país em 1974, trabalha com artistas integrados na Associação Africana, iniciando assim uma meteórica ascensão no panorama musical de Moçambique já independente.

Em finais da década de 70 Humberto Carlos Benfica responde positavamente ao convite da Rádio Moçambique para integrar a banda desta estação emissora, o Grupo RM, a que se juntam outros “velhos” companheiros: Sox (guitarra), Zeca Tcheco (bateria), Milagre Langa (guitarra), José Mucavele (guitarra), Pedro Ben (vocais), entre outros. Foi uma verdadeira “Big Band” que, quanto a mim, imprimiu novos caminhos para a música ligeira moçambicana e ajudou a divulgar o nome de Moçambique nos palcos internacionais.

O Grupo RM desintegra-se ainda na primeira metade da década de oitenta, e muitos dos seus integrantes, entre eles Wazimbo, juntam-se a uma outra “Big Band”, a Marrabenta Star, integrada com duas vozes femininas de ouro: Mingas e Dulce.

A “Marrabenta Star” produz a famosa obra “Independence Marrabenta”, onde a marca “Waz” é reconhecida por bonitas interpretações, entre elas, “A Wapfana wa Wetela” e “Marosana”, bastante tocadas em barracas, bares e locais de entretenimento “chic”.

Em 1998, Wazimbo, já a solo, lança o seu disco, “Makwero”, gravado na África do Sul, país para onde pretendeu ir estabelecer-se a certa altura. Hoje, faz parte de um novo “Grupo RM”, apenas com dois nomes da primeira banda: Zeca Tcheco e Sox.

Wazimbo considera que o momento mais alto da sua carreira aconteceu em 1987 quando viaja e trabalha na Holanda e França, jornada que resultou na edição de dois discos “Independence” e “Pequinique”. Para tristeza do nosso sexagenário, os dois albuns nunca foram publicados e vendidos em Moçambique.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Música: CD UNI VERSO de AMÁVEL PINTO é lançado em Maputo

O GUITARRISTA moçambicano Amável Pinto (Amável) lança na sexta-feira, 12, em concerto, o seu segundo disco de originais, intitulado “Uni Verso”, o mesmo que verso único, palavra única, um mundo único.

O disco é composto por 14 temas e sai três anos depois do seu primeiro que leva o nome de “Meta Mor Fozes”.

O concerto de lançamento do disco “Uni Verso” será às 20:00 horas, no Centro Cultural da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo.

Na manhã de sábado Amável tocará em frente à loja Gringo. No dia 19 deste mês, Amável vai lançar o seu disco na cidade da Beira, em Sofala, no espaço Miramar.
Em palco Amável estará com Paito Tcheco, que vai tocar bateria; Nádia, que estará com a segunda guitarra, e Gerson que cuidará da viola baixo.

Paito Tcheco trabalhou ao lado de Amável para a produção do disco e tocou bateria, viola baixo e fez percussão. Amável fez todas as guitarras e Nádia teve a participação com guitarra ritmo, para além de o disco contar com um tema seu. Por outro lado, participaram os italianos Giuseppe Millici e Gaeteano, que tocaram harmónica e saxofone, respectivamente.

Para o músico, a diferença que há entre o primeiro e o segundo discos reside no facto de o primeiro ter sido a súmula de uma carreira de cerca de 20 anos, enquanto que o mais recente é a experiência de três anos de um trabalho com muita intensidade, vigor e vontade de querer continuar a trabalhar mais e melhor. “A partir daqui é só empreender uma viagem sem regresso. Já não pode haver mais paragens. Não temos que esperar mais ou aguentar mais de 20 anos”, diz Amável.

“A Marrabenta está aqui, comigo. Ela vive comigo, por isso o Fanny Mpfumo está também presente e visível, porque ele é um clássico e eu o admiro. O Rock eu o conheço perfeitamente, pois foi a minha primeira escola. Quanto à música Clássica, essa foi o que sempre quis e pesquisei muito. Esses três ritmos estão presentes e sempre me acompanham”, comenta.

O disco tem vários temas, entre os quais “Minha Terra”, “Rascunho”, “A Voz”, “Tocar Viola”, “Ventos do Além”, “Then you Came”, “Uni Verso”, “Mamana Elidia”, “Nádia Marrabenta” e “Depois da Dor”.

Actualmente, Amável está a dar aulas de guitarra clássica na Escola de Comunicação e Artes (ECA) na Universidade Eduardo Mondlane. Ele está ligado àquela instituição de ensino superior desde Março, altura em que foi contratado. “A guitarra clássica foi o que me faltou quando comecei o meu projecto e me faltou. Já tinha ritmos como Rock e Marrabenta, mas para completar o meu projecto me faltava a guitarra clássica”.

Amável Pinto é formado em Guitarra Clássica pela Universidade da África do Sul (UNISA).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Radio Moçambique: o velho funciona no meio das novas tecnologias

Muitas estações de rádio por este país fora começaram a funcionar já com equipamento da última geração. Os seus operadores, jornalistas, locutores e técnicos, muitos deles jovens, jamais poderão imaginar como até há alguns anos, a rádio em Moçambique era feita com material e equipamento cujo manuseio requeria habilidades para além das que os próprios fabricantes poderiam imaginar.
Desde os gravadores "EMI", "Standberg", "Ampex" e "Revox, alguns dos quais pesando uns bons 10 kilos, passando pelos microfones gigantestos e grosseiros e auscultadores maiores que as próprias cabeças dos jornalistas e locutores.
Algumas dessas máquinas ainda continuam a funcionar na Rádio Moçambique lado a lado com equipamento da nova geração.
Profissionais há que ainda resistem, preferindo continuar a operar com a Mesa de Transcrições acima registada em fotografia. Eu fui um deles até bem pouco tempo. Aos poucos vou descobrindo as maravilhas do "digital". Quem não resiste à mudança?

Barbra Streisand e Morgan Freeman homenageados em Washington

Roqueiros lendários, cantores e astros de Hollywood e da Broadway foram saudados pelas suas contribuições vitalícias à cultura norte-americana, com uma performance de gala que teve a presença do presidente George W. Bush. A cantora e atriz Barbra Streisand, o músico country George Jones, o actor Morgan Freeman, a coreógrafa Twyla Tharp e os músicos Roger Daltrey e Pete Townshend, da banda de rock britânica The Who, foram homenageados com apresentações de amigos e contemporâneos, domingo, na capital dos EUA.


Os seis artistas receberam os Kennedy Center Honors, o maior prêmio dos EUA por contribuições vitalícias à cultura e arte popular, numa recepção no dia anterior. Videomontagens biográficas e comoventes tributos pessoais lembraram o início das respectivas carreiras e celebraram as suas contribuições.


A primeira-dama Laura Bush disse que ela e seu marido são fãs de George Jones, cujas músicas estão no iPod de seu marido. Bush abraçou Streisand num vídeo de uma recepção na Casa Branca, no mesmo dia, apesar de ela ter sido crítica acirrada de sua eleição em 2000 e do seu histórico subsequente de actuação na presidência.


Twyla Tharp deixou a sua marca na dança moderna décadas atrás, com espectáculos como "Deuce Coupe", de 1973, inspirado nos Beach Boys. Ela vem sendo elogiada recentemente por "Movin' Out", um show de dança moderna ao som da música de Billy Joel. Aos 67 anos, ainda está activa.


Os membros do The Who, famosos por obras que incluem a ópera rock "Tommy", ganharam uma homenagem cantada de alguns roqueiros famosos e outros de safra mais recente. Dave Grohl, vocalista dos Foo Fighters, cantou "Who Are You", e o vocalista do Matchbox Twenty, Robert Thomas, cantou "Baba O'Riley", enquanto a cortina de fundo do palco foi aberta, revelando um coral de bombeiros e policías de Nova York. Townshend estava visivelmente comovido assistindo ao coral uniformizado cantar, num gesto de apreciação pelo concerto dado por ele e Daltrey em Nova York pouco após os ataques de 11 de setembro.

60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Em debate realizado esta segunda-feira, 7, nos estúdios da Rádio Moçambique em Maputo, foi constatado que a sociedade civil moçambicana, não tem tido o papel de relevo que dela se espera na promoção e divulgação dos direitos humanos no país.
Os painelistas convidados concordaram que, muito embora a observância dos direitos fundamentais da pessoa humana esteja a conhecer melhorias nos últimos anos, persistem actos e práticas que atentam com os princípios preconizados na Declaração Universal dos Direitos Humanos adoptada há 60 anos pelas Nações Unidas.
Um dos intervenientes neste debate, promovido pela União Europeia e moderado por Edmundo Galiza Matos, criticou o posicionamento das organizações da sociedade civil moçambicana, a quem acusam de estarem mais viradas para projectos que envolvem a alocação de recursos financeiros, em detrimento daqueles que poderiam ajudar na educação das pessoas quanto aos direitos que lhes assiste.
Foram cinco os painelistas participantes:
+ Augusto de Carvalho, Director do Centro de Assistência e Práticas Jurídicas da Universidade Politécnica;
+ Custódio Duma, Advogado da Liga dos Direitos Humanos;
+ Ercínio de Salema, do MISA (Media Institute Of Southern Africa);
+ Pedro Sinai Nhatitima, do IPAJ (Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica; e
+ João Pereira, do MASC (Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil).
Por ocasião dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a União Europeia, através dos seus organismos, está a realizar desde o principio deste mês e até ao dia 14, uma série de actividades, que compreendem palestras, exposições de arte (fotografia e máscaras pintadas) e projecção de filmes e documentários (nacionais e internacionais), cuja temática principal são exactamente os Direitos do Homem.

LAMBDA: minorias sexuais exigem reconhecimento dos seus direitos

Em Maputo, estão a decorrer diversas actividades para assinalar os 60 anos da existência da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Não há dúvida que a União Europeia, através dos seus organismos representados em Moçambique, lidera as iniciativas em curso, promovendo desde o dia 1 até ao próximo dia 14 deste mês, palestras, conferências, debates e mostras de filmes e documentários e exposições de arte (fotografia e máscaras pintadas).
Ao debate havido esta segunda-feira, 8, nos Estúdios da Rádio Moçambique no qual estiveram presentes cinco personalidades ligadas a questões jurídicas, assistiram uma dezena de jovens da Associação Moçambicana de Defesa dos Direitos das Minorias Sexuais.
Liderados por Danilo da Silva, os jovens da LAMBDA, puderam denunciar a discriminação e estigmatização de que são vítimas no seio da sociedade moçambicana, e apelaram às autoridades competentes que abordem a sua situação com toda a seriedade e que os seus direitos sejam consagrados na lei mãe, a Constituição da República de Moçambique.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Disco de duetos de Aznavour sai na próxima semana

«Duos» é o nome do primeiro disco de duetos de Charles Aznavour a ser editado internacionalmente, já na próxima segunda-feira.

Gravado ao longo dos últimos 3 anos, «Duos» é uma colecção das suas mais célebres canções com algumas estrelas como Paul Anka, Céline Dion, Placido Domingo, Bryan Ferry, Josh Groban, Herbert Grönemeyer, Johnny Hallyday, Julio Iglesias, Elton John, Carole King, Liza Minnelli, Nana Mouskouri, Laura Pausini e Sting. Há ainda três duetos «virtuais» com os já falecidos Dean Martin, Frank Sinatra e Edith Piaf.
Os vários artistas escolheram uma canção do repertório de Charles Aznavour que com ele cantam em francês no primeiro disco. No segundo, o cantor francês devolve o cumprimento ao cantar na língua mãe dos seus convidados.

Neil Young conclui novo álbum

Neil Young concluiu as gravações de um novo álbum com os Crazy Horse, que tem como título «Toast».

Para o trovador, este é um disco «completamente diferente». À Rolling Stone, acrescentou também ser «um álbum de puro rock`n`roll com um pulsar jazzy».


Pensado desde há sete anos, o disco vai ser apresentado numa galeria de arte. «As canções são muito escuras. Está lá tudo o que os melhores discos dos Crazy Horse têm», afiançou.

Veja a lista de indicados às principais categorias do Grammy

Leona Lewis, uma das indicadas

Veja abaixo a lista dos indicados para as principais categorias do Grammy. Os vencedores de todas as 110 categorias serão anunciados na cerimônia de 8 de fevereiro.
Gravação do Ano
+ Chasing Pavements - Adele
+ Viva La Vida - Coldplay
+ Bleeding Love - Leona Lewis
+ Paper Planes - M.I.A
+ Please Read The Letter - Robert Plant & Alison Krauss

Álbum do Ano
+ Viva La Vida Or Death And All His Friends - Coldplay
+ Tha Carter III - Lil Wayne
+ Year Of The Gentleman - Ne-Yo
+ Raising Sand - Robert Plant & Alison Krauss
+ In Rainbows - Radiohead

Música do Ano
+ American Boy - Compositores: William Adams, Keith Harris, Josh Lopez, Caleb Speir, John Stephens, stelle Swaray e Kanye West (Interpretação de Estelle e Kanye West)
+ Chasing Pavements - Compositores: Adele Adkins e Eg Whit (Interpretação de Adele)
+ I'm Yours - Compositor: Jason Mraz (Interpretação de Jason Mraz)
+ Love Song - Compositora: Sara Bareilles (Interpretação de Sara Bareilles)
+ Viva La Vida - Compositores: Guy Berryman, Jonny Buckland, Will Champion e Chris Martin (Interpretação do Coldplay)

Melhor Artista Revelação
+ Adele
+ Duffy
+ Jonas Brothers
+ Lady Antebellum
+ Jazmine Sullivan

Melho Álbum de Música Pop
+ Detours - Sheryl Crow
+ Rockferry - Duffy
+ Long Road Out Of Eden - Eagles
+ Spirit - Leona Lewis
+ Covers - James Taylor

Melhor Álbum de Rock
+ Viva La Vida Or Death And All His Friends - Coldplay
+ Rock N Roll Jesus - Kid Rock
+ Only By The Night - Kings Of Leon
+ Death Magnetic - Metallica
+ Consolers Of The Lonely - The Raconteurs

Melhor Álbum de Música Alternativa
+ Modern Guilt - Beck
+ Narrow Stairs - Death Cab For Cutie
+ The Odd Couple - Gnarls Barkley
+ Evil Urges - My Morning Jacket
+ In Rainbows - Radiohead

Melhor Álbum de R&B
+ Love & Life - Eric Benet
+ Motown: A Journey Through Hitsville USA - Boyz II Men
+ Lay It Down - Al Green
+ Jennifer Hudson - Jennifer Hudson
+ The Way I See It - Raphael Saadiq

Melhor Álbum de Rap American
+ Gangster - Jay-Z
+ Tha Carter III - Lil Wayne
+ The Cool - Lupe Fiasco
+ Nas - Nas
+ Paper Trail - T.I.

Melhor Álbum de Música Country
+ That Lonesome Song - Jamey Johnson
+ Sleepless Nights - Patty Loveless
+ Troubadour - George Strait
+ Around The Bend - Randy Travis
+ Heaven, Heartache And The Power Of Love - Trisha Yearwood

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Morre a cantora Odetta, a "'voz dos direitos civis" nos EUA

A cantora americana Odetta, conhecida como "a voz dos direitos civis" dos negros, morreu na terça-feira, 2, em Nova York, em decorrência de problemas cardíacos aos 77 anos, informou a imprensa americana nesta quarta.

A artista não pôde completar seu sonho de poder cantar na posse do presidente eleito Barack Obama dia 20 de janeiro em Washington, segundo afirmou seu representante, Doug Yeager, citado pelo jornal The New York Times.

Odetta, que interpretou músicas de folk, blues, jazz e "spirituals" (canções religiosas), foi uma figura emblemática da luta contra a discriminação racial e pelo ressurgimento da música folk americana nas décadas de 1950 e 1960, influenciando artistas como Joan Baez, Bob Dylan, Janis Joplin e o trio Peter, Paul & Mary, entre outros.

Um dos momentos culminantes de sua vida foi sua participação na passeata de Washington de agosto de 1963, quando 250 mil pessoas reivindicaram os direitos civis dos negros e Martin Luther King pronunciou seu famoso discurso "Eu tenho um sonho".

Odetta cantou, então Oh, Freedom, tema que remontava aos tempos da escravidão. Em 1963 o álbum Odetta Sings Folk Songs foi um dos mais vendidos do país. Seu último trabalho foi Gonna Let it Shine, um álbum com spirituals e gospel pelo qual foi indicado ao Grammy em 2007.

Os cinquenta anos da atribuição do Nobel a Pasternak

Há 50 anos, em plena Guerra-fria, a Academia Sueca atribuía o Nobel da Literatura a Boris Pasternak por causa de um livro, uma história de amor entre um médico poeta e uma filha da aristocracia com a Revolução de Outubro como triste pano de fundo. Dr. Jivago tornou-se um dos romances mais populares do séc. XX mas a União Soviética deixou o autor morrer sem colher os louros.


Veja mais: Os cinquenta anos da atribuição do Nobel a Boris Pasternak

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Matola: Fourplay sob as acácias rubras







Os “Fourplay” apresentam-se sexta-feira, no jardim municipal da Matola, cidade-satélite da capital moçambicana Maputo, a cidade que inspirou o baixista Marcus Miller a compor o tema “Maputo” nos 1980, em parceria com o tecladista Bob James e o saxofonista David Sanborn.
Este quarteto de jazz integra exímios instrumentistas: Bob James (tecladista), Nathan East (baixista), Larry Carlton (guitarrista) e Harvey Mason (baterista).
“Nascido de uma pequena ideia” que passou pela cabeça de Bob James de viver e tocar o jazz a quatro, a banda desembarca quinta, 4, depois de ter actuado semana passada no México. Ruma depois para Johanesburgo, a capital económica da África do Sul.
Quem já se encontra a respirar os aromas da cidade das acácias (o nosso dezembro é rubro) é Bob James para, como declarou ao jornal “Notícias”, “aproveitar sentir o pulsar de uma terra a que venho pela primeira vez”, embora a palavra “Maputo” tenha estado na ponta da sua lingua nos dias que antecederam ao arranjo final do tema proposto por Marcus Miller.
Muita produção musical do “Fourplay” ou de cada um dos seus integrantes vai “girar” no palco do jardim municipal da Matola (de que sou vizinho). Uma miscelânia para ser mais exacto: “Elixir”, “A Summer Child”, “Between The Sheets”, entre outras.
Os seus fãs moçambicanos sabem que a sua carreira estende-se por mais de quatro décadas, marcada no início pela memorável actuação no Festival de Jazz de Notre Dame, em 1962.

FOURPLAY

Tecladista, produtor, arranjista e compositor. Os seus fãs moçambicanos sabem que a sua carreira estende-se por mais de quatro décadas, marcada no início pela memorável actuação no Festival de Jazz de Notre Dame, em 1962. Um músico de estúdio por excelência bastante requisitado por tantos músicos, Earl Klug e David Sanborn. Até mesmo como director musical da insuperável Sarah Vaughan. 27 albuns a solo, três produções clássicas – aqui tem BOB JAMES.

“With a Little From My Friends” é a mais importante obra do guitarrista LARRY CARLTON. “Parida” há quarenta anos exactos. Breve passagem pelo “The Crusaders”, seguida de uma carreira a solo e as inevitáveis solicitações de parcerias, entre elas, Barbara Streisand e Joni Mitchel, esta celebrizada, entre outros temas por “Big Yellow Taxi”. Carlton entrou para o quarteto pela vaga deixada por Lee Ritenour.

Phill Collins, Eric Clapton, Michael Jackson e Babyface, esses “monstros” da World Music podem testemunhar que alguns dos seus sucessos foram escritos por NATHAN EAST. A mão deste baixista “mexeu” no “Unplugged In NYC” do BFace, 1997, participado por EClapton, Stevie Wonder, Shanice Wilson, os Boyz II Man. Os feitos do Nat não cabem aqui, mas aí vai mais um: digressões mundiais com Clapton durante anos tocando o “superplatinado” álbum “Unplugged”.

Poucos serão certamente aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar com gigantes do jazz como Duke Ellington e Errol Garner. Viu e viveu o nascimento e posterior “explosão” da mítica editora “Jazz Blue Note”, “rufou” a bateria no Herbie Hancock qnd The Headhunters e em várias outras bandas, vencedoras umas de discos de ouro e outras de platina e, vejam só, tocou em 150 trilhas musicais de filmes e actuou em 11 festas de premiação dos Óscares. HARVEY MASON, de seu nome.

Este é o FOURPLAY que Maputo (Matola) vai ouvir sexta-feira. Fundado em 1991. Mais de dez álbuns, um milhão de cópias vendidas pelo mundo inteiro: clássicos, jazz, pop, rock, blues e R&B, tudo isso, é suficiente para alegrar até ao rubro as acácias da “Pérola do Índico”.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sarkozy "Obamizado"

Cartaz com o rosto do presidente francês Nicolas Sarkozy que copia imagem de campanha do presidente eleito dos EUA Barack Obama é exibido nas ruas de Paris, na França, nesta terça-feira.
"Yes, we can" (Sim, nós podemos) foi o slogan utilizado pelo candidato democrata na corrida presidencial. Na linha fina está escrito "criar 3 milhões de empregos deslocalizados na Europa".

Cinema: Festval de Luanda terminou em polémica

In: DN, 2/12/08


Pode um governo impedir um filme de ser premiado? Não no Festival Internacional de Cinema de Luanda, que se realizou entre os dias 22 e 29 na capital angolana. A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, decidiu afastar da competição o documentário Cuba, Uma Odisseia para Esquecer, acusando a sua realizadora, Jihan el Tahri, de tentar provar que a participação cubana foi fulcral na guerra contra a África do Sul. Mas, apesar da ordem do Governo, o júri do festival decidiu dar a este filme o prémio de Melhor Documentário.


O crítico de cinema Rui Pedro Tendinha, que acompanhou o festival, comentava na TSF que esta vitória é "capaz de provocar alguma polémica". A imprensa angolana, porém, não deu relevância ao assunto, limitando-se a anunciar os premiados na primeira edição do festival: Dois Dias para Esquecer, de Jean Becker, foi a Melhor Longa-Metragem; Corrente, do português Rodrigo Areia, a Melhor Curta; o Prémio Cidade de Luanda foi para Kiari, do angolano Mário Bastos; e Kunta, de Ângelo Torres, recebeu uma menção honrosa. O júri presidido pelo artista plástico António Olé contou ainda com a actriz portuguesa Leonor Silveira, Stejan Hundic, jornalista crítico croata, Rachid Ferchiou, cineasta da Tunísia, e o produtor nigeriano Madu Chikwendu.


Durante oito dias, o FIC Luanda exibiu 55 filmes angolanos e estrangeiros em salas emblemáticas da cidade. "Foi uma semana de cinema que Luanda abraçou com todo o seu amor", comentou o director do festival, Miguel Hurst, à Agência Angola Press. "Tivemos salas mais vazias, outras mais cheias, mas um dos grandes desafios era criar correntes de público e parece-me que se andou alguns passos para afrente." O responsável garantiu que o festival vai voltar em 2009 e encorajou todos os realizadores a apresentarem os seus trabalhos, sem medo: "É um festival muito aberto, generalista e para todo o mundo. Tenham coragem. Vamos trabalhar, vamos produzir e vamos aprender."

A mangueira de Mecufi

Esta mangueira, cuja imagem registei em outúbro último, encontra-se nos terrenos da maternidade do Centro de Saúde de Mecufi, 50 Km de Pemba. Diz-se que terá sido plantada no início da década de 60 do século passado pelo "velho" Bacar, servente do centro, já falecido.
Com manga muito saborosa, com uma copa frondosa, a sua sombra serve até hoje para os utentes do centro como refúgio do sol abrasador.
Nos anos setenta esta mangueira serviu também para almoçaradas que a parteira proporcionava à minha pessoa e aos meus amigos quando, aos fins de semana, "fugiamos" do rebuliço de Pemba para o merecido descanço. Almoçaradas que começavam a meio da manhã de um sábado e terminavam ao fim da tarde do domingo seguinte. Caranguejo, camarão, peixe de toda a espécie, carne de cabrito ou de javali, tais eram as iguarias. Na falta da cerveja, o sumo de cajú fermentado, vulgo Mutchekele, era "raínha".
Entre os "comensais" cito alguns nomes "sonantes": Renato Carrilho (Gunass), Camilo de Sousa, Mahomed Galibo, Luís Alvarinho, Mário Mangaze e Sinai Nhatitima (sim, esses mesmo) e tantos outros.
O Gerry, meu irmão cassula, quando ainda com 8/9 anos, jogando à bola com o seu amigo Orlando debaixo desta mangueira, fez história em Mecufi: provocou um pacífico enxame de abelhas. A vila, ou melhor, os seus habitantes, experimentaram, sem excepção, a fúria e a dor causada pelo ferrão daqueles produtores de mel.
O refúgio foi a praia. Nesse dia Mecufi esteve em tolerância de ponto.

Um vaso original

O moçambicano sempre foi conhecido por se "desenrrascar" com muita facilidade quando se encontra perante embrulhadas aparentemente insanáveis. Pêgo (para utilizar o brasileirismo) sem passaporte na terra do "rand", safa-se com a maior das calmas, com o seu ar de eterno ingénuo. Não há trabalho que o atrapalhe ou que lhe meta "asco" quando se trata de realizar os seus sonhos: "trabalha para burro", ganha "mola", compra casa e carro e, o que é pior para os nossos vizinhos, as mulheres têm por eles preferência porque ... carinhosos, não violentos e sempre prontos para fazer o que elas mais gostam que não encontram nos seus conterrâneos.
Gostam de coisas bonitas. De jardinagem entendem os moçambicanos. Até com material reciclado, como essa bonita Nick, que pode ser encontrado num quintal da Matola/700.

Woody Allen: um filme sobre Louis Armastrong

Allen nas filmagens de 'Vicky Cristina Barcelona'
O cineasta americano Woody Allen afirmou que pretende produzir um filme sobre alguma figura do jazz.
Em entrevista ao jornal alemão Dresdner Morgenpost, Allen, que é grande fã do jazz e é também músico - toca clarinete numa banda - teme apenas que um projecto dessas características enfrente problemas de financiamento.
O cineasta de 73 anos aponta Louis Amstrong como possível figura deste eventual trabalho, cuja produção estima que seria cara.
O prolífico nova-iorquino, que no dia 19 deste mês vai tocar com o seu grupo New Orleans Jazz Band no Kulturpalast de Dresden, também chega esta semana às telas alemãs com o seu último filme, Vicky Cristina Barcelona, protagonizado pelos espanhóis Javier Bardem e Penélope Cruz.
Allen afirma ainda que combina com facilidade as suas facetas de autor, director e músico. "Não é nada difícil. Simplesmente, faço as três coisas", aponta.
O cineasta, que evoca os seus tempos de adolescente, quando se apaixonou pelo jazz em Nova Orleans, aponta que os seus próximos projectos passam por "rodar novos filmes, escrever histórias e tocar mais jazz".