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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pemba: impressões após nove anos de ausência


Mar e Sol e Múmbula, são dois locais aprazíveis para retemperar as forças, seja conversando com amigos, a ler, a tomar umas “2M” bem geladas, seja para “lavar” a vista apreciando belissímas esculturas humanas que desfilam numa passarela de areia fina e branca da praia e... mergulhar nas aguas de um verde-azulado claro do oceano índico.
O Mar e Sol encontra-se no Wimbe. É tão ou mais velhinho do que eu. Nos anos passados não passava de um pequeno bar onde mais se bebia do que degustar uma boa iguaria. Passou por muitas mãos. Hoje é explorado e bem pelo conhecido casal Renato Chambarlain e Eugénia Gaspar. Que o redimensionou aproveitando os espaços que o circundam e acrescentando-lhe um ou dois parrôs. E uma vedação que não “ofende” a praia.
Como sempre o Mar e Sol é ponto incontornável de encontro, da cavaqueira e das “novidades” da terra, onde tive a oportunidade de “tachar” uns bons pratos de peixe pedra e lula grelhada e rever velhas amizades que há muito não via.
Lá se juntam aos domingos para além do casal Renato e Eugénia e os seus filhos, o João Mário e o Nanato, como também o Maíto e a Olga, o Nuro Americano e o Marabuto e o Abulatifo, os incorrigíveis Chico Rezende e Jorge “Zimbabwé” Carapito e o Faruk ... e os rebentos de velhos amigos já desaparecidos feitos candidatos a nossos sucessores (no copo e na ramboiada) e ... tanta malta de que se esqueceu os nomes porque durante anos se espalhou por aí ... vida a quantas obrigas...
O Mumbula: é um quiosque que funciona há menos de um mês. Vizinho do velho/renovado Hospital Provincial e da Pensão Transmontano (hoje loja das TDM). Foi construído nos espaços do Jardim Dona Amélia. Defronte da Igreja São Paulo. A ideia da sua edificação no local foi do Maíto (Mário Gaspar) e da Olga sua esposa. Com a preciosa ajuda do Issa Tarmamade na batalha de ultrapassar as dificuldades impostas por aqueles que “não fazem e nem deixam fazer”.
Com o Mumbula o jardim Dona Amélia ganhou vida e cor após anos a fio ao abandono e local de pastagem da cabritada. Nas cadeiras e mesas de plástico espalhadas entre as árvores pode-se bebericar um saboroso refrigerante, tomar uma bica, enquanto a criançada, sempre alegre e barulhenta, por ali baloiça e saltita. Por uma questão de respeito para com os crentes que frequentam a Igreja São Paulo não estão disponíveis bebidas alcoolicas, sobretudo cerveja, embora um bom apreciador de café tenha à sua disposição uma boa bagaceira ou um inconfundível 1920 para o indispensável “cheirinho”. Aqui juntam, nas noites de luar e do calor inclemente de Pemba, os pais e avôs levam os filhos netos.
Para o Jorge “Zimbabwe” Carapito a ideia do Maíto “peca” por o Mumbulá atrair os alunos do colégio que funciona nas traseiras da Igreja. O aproveitamento pedagógico dos jovens alunos não ultrapassa os 10%. Simplesmente porque eles não pensam noutra coisa senão nos intervalos entre as aulas. Deu o toque e a meninada instala-se barulhenta no Quiosque e com os trocados surripiados aos pais lá adquirem um sumo e um biscoito. Calculo a bagunça que por ali vai acontecer quando se instalar a máquina dos sorvetes.
Esquecia-me: a simpatia da Vanessa, filha do Maíto, dá outra beleza ao Mumbulá, transportando-nos para os antigamentes da nossa juventude nas farras em casa do Maíto, do Toné, dos Rosários ... na Cumilamba.(X)

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