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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pemba: impressões após nove anos de ausência


Já ouvira pelos relatos de amigos e da comunicação social: a ocupação desordenada dos espaços e os efeitos da erosão causados pela acção do homem. Não tinha a exacta dimensão dos estragos.
As imagens fotográficas que registei são elucidativas. Impressiona a construção de bairros em locais impróprios, como por exemplo, pelas bermas da estrada que liga a cidade ao aeroporto e nas ravinas, outrora lindissímas, que “beijam” a baía e visíveis a partir do cemitério municipal.
Para aquelas bandas existiam a não menos famosa praia da Sagal e aquela que nós, ainda crianças, chamavamos de “praia dos nús” porque nela banhavamo-nos completamente pelados.
Pelo que me informaram estes locais desapareceram ou foram simplesmente ocupados para outros fins, com todas as consequências nefastas sobre o eco-sistema.
Não tive tempo de visitar outros locais que conheci na minha meninice, como por exemplo, os bairros e praias de Paquitiquete, Cumissete, Cumilamba, “fuzileiros” e Inos. Pelo que me informaram, o cenário hoje é outro e ... confragedor. Pior: com "minas" humanas.
De relance vi o que me pareceu ser a “Meia Via” e a sua corcomida piscina que, ao que me pareceu, está a ruir devido aos efeitos do salitre.
Consolou-me o facto de a “febre” de constuir em todo o lado e de forma desordenada não ter atingido os centenários e portentosos imbondeiros: a maior parte continuam de pé. Espero que se continue a presevar aquela espécie de planta, deixando que as que ainda estão de pé, caiam por si mesma, como aquela que existia na Cumilamba até bem pouco tempo e que morreu devido à sua longevidade.

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