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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Monumentos em Berlim relembra homossexuais vítimas do nazismo

BERLIM - Os alemães ergueram um monumento para as dezenas de milhares de homossexuais perseguidos pelos nazistas, cujas leis foram usadas para julgar os gays uma geração depois da Segunda Guerra Mundial.
O prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, gay assumido, comemorou o memorial de concreto, considerando-o um reconhecimento tardio da repressão aos homossexuais.
Cerca de 50 mil deles foram condenados pelos tribunais nazistas durante os 12 anos do regime de Adolf Hitler. "O monumento consagrado hoje é um recordação dos horrores do passado para todos nós e chama a atenção para o grau da discriminação que existe hoje", disse Wowereit. "Grandes esforços ainda precisam ser feitos antes que a visão de dois homens ou duas mulheres a beijarem-se seja aceite pela sociedade em geral, aqui, em Moscovo ou em qualquer lugar do planeta."
O cubo de 600 mil euros, instalado no parque central de Tiergarten, em Berlim, fica diante do monumento aos 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas e foi desenhado pela dupla de dinamarco-noruegueses Michael Elgreen e Ingar Dragset. As autoridades nazistas ordenaram a castração dos gays, além de mandar milhares deles para os campos de concentração, onde eram assassinados ou morriam de fome e doenças.
Até 1969, quando os Social Democratas chefiaram o governo pela primeira vez desde a República de Weimar, as leis nazistas continuaram a ser aplicadas nos julgamentos de homossexuais. A Associação e Gays e Lésbicas do país disse que, durante anos, os homossexuais alemães foram isolados da cultura oficial de memoriais e não foram recompensados.
"Memoriais têm de ter consequências", disse um comunicado do grupo. "A reabilitação dos condenados pelas leis nazistas deve ser o próximo passo", disseram.(X)

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