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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ponte sobre o Zambeze: O sexo, o alcool e a Sida


Sexo e alcool. Alcool e sexo. Tanto faz. Nestas míseras cabanas a Sida impera. As vítimas desta mórbida pandemia são os incautos: os motoristas de longo-curso e os passageiros dos autocarros que circulam do sul para o norte, vice-versa.
Estes abrigos são construções (?) de caniço, bambu e estacas. Cobertas de capim, lonas ou plástico esburacados. Ou papelão. A iluminação é por vela (que o cliente compra). Não têm roupa de cama. Nem banheiro. Na hora da aflição o rio serve para "descarregar" o estomâgo.
Nelas se albergam as centenas de pessoas que tanto em Caia (Sofala) ou em Chimuara (Zambêzia) aguardam pela travessia através do batelão. O aluguer não chega aos 100 meticais/noite.
Como mochos à caça de ratos, as "trabalhadoras do sexo" deambulam por ali, tresandando a suor e ao sémen de muitos corpos, de vários homens de desconhecidas investidas relações. A cerveja a rodos e as místelas etílicas com nomes pomposos são a grande armadilha para "apanhar" os clientes.
Poucos são aqueles que dormem: uns porque se "afogam" no alcool, outros porque estão entretidos em verdadeiras orgias sexuais, cujas consequências só avaliam depois de largar do lugar.
A construção e entrada em funcionamento da ponte sobre o Rio Zambeze em 2009, afinal, não só vai minimizar os custos adicionais que os operadores económicos suportam devido à sua falta, como também irá certamente encerrar um antro de propagação da Sida.

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