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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Barack Obama: a meta cada vez mais perto?

"Eleito o primeiro presidente negro na história dos EUA." Fora um evento dramático, Barack Obama vencerá as eleições desta terça-feira e os jornais - nos EUA, aqui, no mundo - estamparão variações desse tema nas suas manchetes de capa. A manchete óbvia é, contudo, a manchete errada. Obama não será um "presidente negro" e não seria nunca o "primeiro", título que pertence ao branco Bill Clinton, conferido a ele pela escritora negra Toni Morrison.


Obama declara-se mestiço: "Eu sou filho de um homem negro do Quênia e de uma mulher branca do Kansas. Fui criado com a ajuda de um avô branco, que sobreviveu à Depressão para servir no Exército de Patton, e de uma avó branca, que trabalhou numa linha de montagem de bombardeiros no Forte Leavenworth. Sou casado com uma americana negra que carrega nela o sangue de escravos e proprietários de escravos, uma herança que transmitimos às nossas duas preciosas filhas. Tenho irmãos, irmãs, sobrinhos, tios e primos, de todas as raças e tons de pele, espalhados por três continentes." Identidade é opção, não destino biológico. Obama poderia ter escolhido uma identidade "afro-americana", selecionando os ancestrais relevantes para essa opção. Mas decidiu selecionar todos os ancestrais e, fazendo-o, desafia o mito da raça, que recobre como uma cinta de aço a sociedade americana.

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