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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Grupo RM: o CD que todos aguardam

Wazimbo (Voz) e Edmundo Galiza Matos (jornalista da Rádio Moçambique)
(Pipas (tecladista), um dos novos integrantes da banda da Rádio Moçambique)
(Zeca Tcheco(bateria) e Sox (viola solo), dois dos fundadores do Grupo RM)

O Zeca Tcheco prometeu e dele não temos motivos para duvidar: vem aí um CD da autoria do Grupo RM, o primeiro que esta mítica banda da música ligeira moçambicana vai lançar com a chancela da empresa pública de radiodifusão do nosso país: a Rádio Moçambique.

“Já se impunha e ... não é justo que os fãs do grupo, dos mais velhos aos mais novos, continuem sem um disco do “RM”, assim justificou este baterista de créditos firmados quando o indaguei sobre que motivos levaram a banda a avançar só agora para a produção do CD.

Uma obra que está a ser preparada faz um bom pedaço de tempo, com todo o cuidado “para não decepcionar”, devendo estar disponível no mercado nacional até ao fim do ano.

O ânimo dentro do grupo é evidente uma vez que os dez temas do prometido CD estão a ser gravados num estúdio “de nível internacional” e provavelmente o melhor que alguma vez existiu em Moçambique. Trata-se de um equipamento digital semelhante ao que funciona na rádio pública dinamarquesa, instituição que, no quadro da cooperação com a RM, financiou a sua aquisição e montagem.

Os três mais velhos da banda, Zeca Tcheco (bateria), Sox (viola solo) e Wazimbo (voz) – que vêm do grupo original criado em 1978/79 – coadjuvados por outras “performances” mais jovens – estão a aliar a linha melódica que caracterizou sempre a banda e a natural “irreverência” dos mais jovens integrantes: Pipas (teclados), Tomás (violo solo) e Nando (viola baixo e voz).

Pelo menos três temas conhecidos integrarão a obra, nomeadamente “Xika galafula” de Alexandre Langa, “Nakurandza” e “Djika” de Wazimbo. “Com uma roupagem diferente e tecnicamente mais apurada do que as versões originais”, promete o líder da banda, Zeca Tcheco. Inéditas, entre outras, esperam-se “Maninja”, “Mamana” e “Muli hefo”.

Esclareça-se que obras musicais de inigualável valor gravadas pelos integrantes do Grupo RM estão disponíveis em muitas discotecas públicas e privadas. Estamo-nos a referir dos discos gravados pelas orquestras Marrabenta em 1986 e Moya em 1990 e onde pontificavam nomes como Mingas e Dulce, José Guimarães, Milagre Langa, Stewart Sukuma, Lemon e Matchote.

Aguardemos então por esta primeira obra do grupo de todos os moçambicanos e, tanto quanto nos afiançou o Zeca, será uma grande prenda de por ocasião do fim do ano de 2009.

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