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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Obama vai manter o BlackBerry mas deverá ser um dispositivo "blindado"

Para a maioria das pessoas, manter o dispositivo electrónico de bolso que adora só tem um segredo: estimá-lo. Mas para o Presidente norte-americano Barack Obama, a questão é muito mais complicada. Obama é fã do BlackBerry, que mistura as funções de telemóvel com as de um computador. Usou-o durante toda a campanha, mas as preocupações relacionadas com a segurança são mais do que muitas. O seu porta-voz, Robert Gibbs, anunciou que irá mantê-lo, mas que apenas o poderá usar para contactar com alguns dos principais colaboradores e amigos.

O ex-Presidente George W. Bush foi impedido de usar correio electrónico e o antecessor Bill Clinton só o fez duas vezes, uma para verificar o sistema e outra para saudar o astronauta veterano John Glenn, antes da sua viagem de regresso ao espaço, em 1998, na primeira missão para a construção da Estação Espacial Internacional. E essa parcimónia no uso dos telemóveis não foi opção dos presidentes. Temia-se, como agora, que as mensagens fossem captadas por piratas informáticos e aparecessem depois nas televisões ou nos jornais. No caso do BlackBerry, uma das preocupações é que “hackers” astutos consigam detectar, através do sistema GPS, qual é a localização do Presidente, com poucos metros de margem de erro.


Obama já dera a entender que teriam de lhe tirar o BlackBerry das mãos e que queria estar em contacto com a América para lá da Casa Branca. “Se eu fizer qualquer coisa idiota, quero que alguém em Chicago me possa enviar um e-mail a perguntar: o que é que está a fazer?”, chegou a dizer.


Agora soube-se que o pedido de Obama foi atendido. No site da revista “The Atlantic”, Marc Ambider já tinha noticiado, num artigo que depois foi citado pela CNN, que a Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana aprovara um dispositivo portátil com fortes capacidades de cifragem que Obama poderia usar. É o Sectera Edge, da General Dynamics, que permite comunicações de voz cifradas e custa 3.350 dólares. Mas quanto ao uso de mensagens instantâneas, por exemplo, a reposta é “nem pensar”.


O site da Casa Branca mudou logo a seguir à tomada de posse, mas quem lá irá trabalhar deparou-se com vários problemas tecnológicos. “Linhas telefónicas desligadas, ‘software’ desactualizado e regulamentação de segurança a proibir contas de e-mail externas”, descreveu o “Washington Post”. O porta-voz de Obama, Bill Burton, disse mesmo que “foi como passar da [consola de jogos] Xbox para [um velho computador] Atari”. No site não foi actualizada, nas primeiras horas, a informação sobre o primeiro dia de Obama na presidência, adiantou o Post. “Ninguém pôde explicar o problema, mas prometeram que será resolvido”.

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