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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Livro “Janelas de Mim” de Miguel César: misto de artes e retratos da sua vida

“Janelas de Mim: desenhos do seu percurso” é o título do livro do escritor, artista plástico e arquitecto Miguel César, lançado nos princípios da noite de ontem no Instituto Camões, em Maputo. A obra comporta 112 páginas e é editada pela Alcance Editores, com o patrocínio da empresa de telefonia móvel mcel.

Ao longo das páginas do “Janelas de Mim” encontramos um misto de artes, a de escrever, relatar suas vivências, assim como retratos da sua vida de pintor.

O livro já se encontra disponível nas livrarias da cidade de Maputo e quase em todo o país, num circuito de distribuição levado a cabo pela Alcance Editores em parceria com a sua rede de parceiros.

A historiadora Alda Costa explica que a primeira impressão face ao conjunto de desenhos que juntou para esta publicação foi a de uma actividade quase não interrompida. Com o auxílio da tinta-da-china, do acrílico, do lápis de cor registou no papel o universo visual do seu percurso de vida, da sua vontade de participar, das memórias de uma geração que abraçou uma causa.

“Os temas são os que, desde muito cedo, o interessaram: a mulher porque, ‘sem a mulher não há país’ ou o corpo e o desejo ou ainda o universo popular, o uso da tradição, a noite, as janelas, cada vez mais janelas. Janelas de todo o tipo povoam o seu trabalho. Porque gosta delas, porque olha através delas, porque o que deseja lhe entra pela janela, porque a sua profissão assim o sugere”, diz a historiadora.

Miguel César dos Anjos Santos nasceu na cidade da Beira, em 1957. É licenciado em Arquitectura e Planeamento Físico e membro fundador das associações Moçambicana do Desenvolvimento Urbano e da de Arquitectos de Moçambique.

Participou em exposições colectivas, tais como a III e IV Exposições Juvenis de Artes Plásticas no Pavilhão dos Desportos na cidade da Beira, em 1972 e 1973, na exposição de pintura e desenho, entre tantas outras.

Na sua apresentação ao autor de “Janelas de Mim”, a historiadora Alda Costa diz: “O desenho e Miguel César dão-se bem”.

Ele pintou vários murais na década de setenta e é ainda autor de muitas capas de livros de escritores moçambicanos, destacando-se Heliodoro Baptista (Por cima de toda a folha); Mia Couto (4 Peças para um Cenário Roído, e Vozes Anoitecidas) e Carlos Serra (para a História da Arte Militar Moçambicana).

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