Na primeira página do New York Times com um artigo em que se apresenta aos americanos e na capa da revista Us Weekly com o marido, Michelle Obama está empenhada numa ofensiva mediática para contrariar a imagem de mulher arrogante que diz sempre o que pensa mesmo quando é um pouco inconveniente. Convidada de honra do programa The View da ABC, a mulher do candidato democrata à Casa Branca admitiu ter-se oposto quando o marido lhe anunciou que ia concorrer à presidência dos EUA. "Disse-lhe: 'Oh, não, por favor!'", reconheceu Michelle.
Apesar desta oposição inicial, que Michelle explicou pelo facto de a política ser "um negócio para homens duros" enquanto definia o marido como "doce e empático", uma declaração que até gerou alguma polémica durante o programa (ver caixa), a mulher de Obama acabou por apoiar o senador incondicionalmente. E até deixou o emprego como conselheira jurídica na universidade de Chicago para poder acompanhar mais de perto a campanha.
Com um vestido branco e preto a fazer jus ao facto de ser uma das dez mulheres mais bem vestidas dos EUA, Michelle começou por desvalorizar a polémica em torno da forma como saudou o marido na noite em que anunciou ser o candidato democrata às presidenciais de Novembro.
A advogada de Chicago explicou ter aprendido a saudação com os punhos fechados com "o pessoal mais jovem da campanha" para quem corresponde ao velho "dá cá mais cinco". O cumprimento entre os Obama fora criticado pela campanha do republicano John McCain e descrito pelo apresentador da conservadora FOX News como "o punho terrorista".
Michelle Obama aproveitou também a presença no The View, um programa destinado às donas de casa americanas e transmitido ao final da manhã, para se defender de uma acusação que pesa sobre ela há meses e segundo a qual a advogada teria falta de patriotismo. Tudo começou em Fevereiro quando disse no Wisconsin estar pela primeira vez "realmente orgulhosa do seu país", o que levou imediatamente os adversários do seu marido a denunciarem o seu alegado antipatriotismo. "Claro que gosto do meu país", garantiu a advogada de 44 anos à apresentadora Barbara Walters. E acrescentou: "Em nenhum outro sítio, a minha história de vida seria possível."(X)
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