SYDNEY - Organizações australianas que representam os interesses das vítimas de abusos sexuais cometidos por padres no país manifestaram o seu descontentamento com o que consideraram uma "desculpa vazia" pedida neste sábado, pelo papa Bento XVI.
"Quando se vai pedir perdão a uma vítima, deve-se fazê-lo directamente, dizer-se que o sente e procurar medidas para ajudar, o que não ocorreu hoje", disse Chris MacIsaac, presidente da organização Broken Rites, que presta assistência a pessoas que sofreram abusos cometidos pela Igreja Católica na Austrália.
O papa disse, durante a homilia de uma missa na catedral de Santa Maria de Sydney, na qual estavam presentes os bispos australianos, que lamentava muito "pela dor e o sofrimento das vítimas", e assegurou que, "como seu pastor, também compartilha o seu sofrimento".
Bento XVI falou a uma audiência de 3.400 pessoas, dentre as quais se encontrava o arcebispo de Sydney, o cardeal George Pell, além de bispos, seminaristas, religiosos e estudantes de escolas católicas do país.
MacIsaac apontou que duas vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica pediram audiências com o papa durante a sua visita à Austrália, mas que ele não as concedeu, o que qualificou como "significativo, especialmente quando dizem que esta desculpa era para eles".
"O papa utilizou a palavra 'perdão', e eu acho que realmente lamenta por tudo", disse por sua vez, Stephen Woods, que foi estuprado pelo sacerdote australiano Gerald Ridsdale quando tinha apenas 14 anos.
Ridsdale foi processado em 1995, declarou-se culpado de ter estuprado Woods e continua na prisão.
Mas Woods, que sofreu abusos de outros dois padres aos quais foi pedir ajuda, disse ser "inaceitável" o pedido feito hoje pelo papa aos católicos, para que "apóiem e assistam os bispos, e trabalhem com eles para combater este mal".
"Quando se vai pedir perdão a uma vítima, deve-se fazê-lo directamente, dizer-se que o sente e procurar medidas para ajudar, o que não ocorreu hoje", disse Chris MacIsaac, presidente da organização Broken Rites, que presta assistência a pessoas que sofreram abusos cometidos pela Igreja Católica na Austrália.
O papa disse, durante a homilia de uma missa na catedral de Santa Maria de Sydney, na qual estavam presentes os bispos australianos, que lamentava muito "pela dor e o sofrimento das vítimas", e assegurou que, "como seu pastor, também compartilha o seu sofrimento".
Bento XVI falou a uma audiência de 3.400 pessoas, dentre as quais se encontrava o arcebispo de Sydney, o cardeal George Pell, além de bispos, seminaristas, religiosos e estudantes de escolas católicas do país.
MacIsaac apontou que duas vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica pediram audiências com o papa durante a sua visita à Austrália, mas que ele não as concedeu, o que qualificou como "significativo, especialmente quando dizem que esta desculpa era para eles".
"O papa utilizou a palavra 'perdão', e eu acho que realmente lamenta por tudo", disse por sua vez, Stephen Woods, que foi estuprado pelo sacerdote australiano Gerald Ridsdale quando tinha apenas 14 anos.
Ridsdale foi processado em 1995, declarou-se culpado de ter estuprado Woods e continua na prisão.
Mas Woods, que sofreu abusos de outros dois padres aos quais foi pedir ajuda, disse ser "inaceitável" o pedido feito hoje pelo papa aos católicos, para que "apóiem e assistam os bispos, e trabalhem com eles para combater este mal".
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