É um bis. O romance já havia sido eleito o melhor booker de sempre em 1993, quando o prémio celebrou as bodas de prata. O anúncio foi feito ontem à tarde durante o festival literário de Londres, que decorre nesta altura na capital britânica.
Actualmente em Chicago para promover o seu mais recente romance, A Feiticeira de Florença (que a Dom Quixote vai publicar em Portugal no próximo mês de Outubro), Rushdie enviou uma mensagem-vídeo onde declara ser este "um momento maravilhoso" para ele e para Os Filhos da Meia-Noite, e encarregou os seus filhos, Zafar e Milan, de receberem o troféu correspondente à vitória. "Acho que há qualquer coisa de fantástico em que sejam os meus verdadeiros filhos a receber o prémio pelos meus filhos imaginários", acrescentou Rushdie na mensagem que pode ser ouvida no site do jornal britânico The Guardian.
Na final, o livro de Salman Rushdie, vencedor do Booker em 1981, bateu cinco romances também já ganhadores do Booker Prize assinados por cinco escritores todos eles senhores de um currículo invejável no meio literário. Foram eles Desgraça, do Nobel sul-africano J. M. Coetze (vencedor do Booker em 1999); Óscar e Lucinda, do australiano Peter Carey (vencedor em 1988); The Ghost Road, da britânica Pat Barker (1995); O Conservador, da também Nobel sul-africana Nadime Gordimer (1974) e The Siege of Krishnapur, do britânico JG Farrel (1973).
Quando venceu o Booker, em 1981, o romance Os Filhos da Meia-Noite alcançou uma popularidade literária pouco comum nos livros detentores da mesma distinção e agora, depois de ter sido considerado o melhor de sempre entre os vencedores nos 25 anos do prémio, conquistou, nos 40 anos do mesmo prémio, 7800 votos online após a shortlist ter sido escolhida pelo júri do galardão.
Sem comentários:
Enviar um comentário