Oitavo brasileiro a receber a homenagem, criada pelos governos de Portugal e Brasil, em 1988, Ubaldo foi escolhido pelo conjunto da sua obra, que contribui para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa. Apesar de se dizer feliz e satisfeito com o prêmio, lamenta o pouco destaque que o assunto ganha no seu País."Talvez se eu me chamasse John Brock e ganhasse um prêmio nos Estados Unidos, seria mais conhecido e teria mais espaço no noticiário."
Dizendo-se de mau humor - situação difícil de ser identificada diante do seus comentários hilariantes - , João Ubaldo avalia que o pouco interesse do brasileiro pela leitura tem como causa a forma com que a literatura é ensinada nas escolas. Segundo ele, os alunos, muitas vezes, são obrigados a ler textos para depois responder a questões confusas e mal elaboradas. "Os livros didácticos de literatura estão repletos disto. Eu teria dificuldade de responder a perguntas feitas até sobre textos meus", disse.
O reconhecimento internacional obtido num país em que poucos buscam a companhia de um livro foi lembrado por Lygia Fagundes Telles, última brasileira a receber o Prêmio Camões (2005). "É um afago à alma. É árduo o ofício de um escritor num país como o Brasil, que tem tantos analfabetos. O prêmio me trouxe muitas alegrias. João Ubaldo merecia este reconhecimento", afirmou a escritora.
O reconhecimento internacional obtido num país em que poucos buscam a companhia de um livro foi lembrado por Lygia Fagundes Telles, última brasileira a receber o Prêmio Camões (2005). "É um afago à alma. É árduo o ofício de um escritor num país como o Brasil, que tem tantos analfabetos. O prêmio me trouxe muitas alegrias. João Ubaldo merecia este reconhecimento", afirmou a escritora.
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