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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Rádio diz que reféns das Farc foram 'comprados' por US$ 20 mi

GENEBRA - Uma rádio suíça afirmou nesta sexta-feira, 4, que dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teriam recebido milhões de dólares para libertar a ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, os três americanos sequestrados e outros 11 polícias e militares em poder do grupo.
Segundo a agência France Presse, a Rádio Rádio Suíça Romanda (RSR) afirmou que os 15 reféns foram "comprados" por cerca de US$ 20 milhões.
A rádio cita uma "fonte ligada aos acontecimentos, confiável e testada em reiteradas ocasiões nos últimos anos", que afirmou que toda a operação foi uma encenação após o pagamento. A emissora disse ainda que os Estados Unidos participaram na "origem da transação".
Na quinta-feira, o comandante do Exército colombiano, Mario Montoya, procurou afastar a versão de que o resgate dos 15 reféns na selva do Guaviare, no centro-sul do país, tenha sido resultado de um acordo com os guerrilheiros. "De maneira alguma houve qualquer tipo de colaboração", disse Montoya aos jornalistas, antes de expor os seus "troféus": Gerardo Aguilar, conhecido como César, comandante da Frente Primeira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), encarregado da vigilância dos reféns, e o seu número 2, Enrique Gafas. Ambos foram capturados durante o resgate.
A França afirmou nesta sexta que não pagou resgate pela libertação de Ingrid. "A resposta é muito singela: não", respondeu, em entrevista colectiva o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Eric Chevallier, ao ser questionado sobre o assunto depois que uma rádio suíça informou do pagamento de US$ 20 milhões.
Chevallier lembrou que a França não teve nada a ver com essa operação militar "nem com as suas modalidades de financiamento, se é que houve essas modalidades de financiamento". O governo francês não foi informado a respeito da missão de resgate realizada pelos militares colombianos, ao contrário do que ocorreu com os EUA. E Sarkozy só ficou a saber da libertação depois de Ingrid ter sido tirada da área de mata onde estava detida.
Ainda nesta sexta-feira, o comandante das forças militares colombianas reiterou que a libertação de Betancourt, símbolo mundial do sequestro, e dos outros 14 reféns foi uma operação de infiltração nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e negou qualquer pagamento.
"Como comandante geral das Forças Armadas e por minha honra militar, nego que o governo da Colômbia tenha gasto um só peso, um só centavo", disse Padilla de León à rádio local.
A ex-refém Ingrid Betancourt também negou nesta sexta que a operação tenha sido uma "peça", numa entrevista à imprensa logo após chegar em Paris, segundo informações da agência de notícias France Presse.

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