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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Charles Wheeler, veterano jornalista da BBC, morre aos 85 anos

LONDRES - A BBC anunciou esta sexta-feira a morte do seu correspondente Charles Wheeler, que cumpriu a função por mais tempo que qualquer outro da emissora.
Durante seus 60 anos de carreira, Wheeler, que tinha 85 anos, cobriu o escândalo de Watergate, a Guerra do Vietnan e a Guerra do Golfo.
Ele testemunhou alguns dos factos mais importantes do período do pós-guerra, incluindo a revolta húngara de 1956, a ascensão e queda de Richard Nixon e o assassinato de Martin Luther King.
Nascido em Bremen, na Alemanha, em 1923, Wheeler estudou no sul da Inglaterra e começou a sua carreira no jornalismo como office boy no jornal Daily Sketch, que já não existe, em 1939.
Ingressou para o corpo dos Royal Marines no início da 2a Guerra Mundial e, como falava alemão fluentemente, trabalhou como espião na Europa.
Após a guerra, entrou para o Serviço Mundial da BBC e foi correspondente na Espanha e Alemanha. Depois de passagens pela Índia e por Berlim, tornou-se o correspondente da BBC em Washington.
Durante os 20 anos nos quais trabalhou nos Estados Unidos, Wheeler cobriu cinco eleições presidenciais, além da Guerra do Vietnan e o movimento pelos direitos civis.
Cobriu a Guerra do Golfo, em 1991, e a invasão do Iraque em 2003, quando apresentou um programa da BBC sobre recrutas jovens no Exército dos EUA.
Em 2006, recebeu o título de cavaleiro por seus serviços prestados ao jornalismo.
Apesar do seu sucesso profissional, Wheeler, que era casado e tinha duas filhas, disse que nunca se acostumou a falar na televisão. "Eu costumava tomar um copo grande de uísque antes de entrar no estúdio, só para não tremer", contou numa entrevista à revista Broadcast em 2006. "Até hoje, detesto falar para a câmera. Sinto-me tremendamente incômodo. Parece irreal falar para um pedaço de vidro."(X)

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