No decurso da minha estada na cidade de Pemba fiquei hospedado na casa do meu amigo Faruk Jamal, implantada mesmo à beira da praia da Maringanha, uns kilometros depois da emblemática praia do Wimbe.
Aqui, para além de ter desfrutado de condições principescas e de um acolhimento de irmandade dispensados pelo Faruk e sua companheira Shakila, passei alguns dias de absoluta calma, algo que há muito não experimentava.
A tranquilidade, o silêncio “rasgado” apenas pelo bater das ondas nas rochas madrugada adentro, os cajueiros com os frutos como há muito não via, os pescadores com as canoas a deslizarem suavemente no horizonte do mar alto, as raparigas e as mulheres inclinadas sobre si próprias a apanhar as ostras entre as pedras, as areais brancas, as algas de um verde reluzente, as grutas com galerias, o velho e solitário farol, tudo isso, teve o condão de um apaziguamento para comigo mesmo, permitindo-me o que na selva de Maputo não é possível: reflectir sobre o sentido da vida.
A praia do Wimbe conheceu, é verdade, um crescimento notável, destacando-se a existência de novas residências e locais de pasto e de entretenimento, para não falar do Casino pertença, ao que julgo, do meu amigo e antigo colega de escola Humberto Monteiro.
Fiquei agradavelmente surpreendido com as melhorias feitas no que foi outrora um pequeno bar, hoje Mar e Sol do Renato Chambarlain e da Eugénia Gaspar, local onde se pode degustar uns bons pratos de peixe pedra, do vermelho e do xaréu, para além, é claro, sorver, com toda a calma do mundo, umas bem geladinhas “2M” e Whisky com agua do lanho. O mesmo se pode dizer do “Nautilus”, embora aqui não deixe de torcer o nariz pelo facto de ter descurado a verdadeira função do local: o Clube Naútico, onde a criançada aprendia a canoagem, a natação e o salvamento em caso de afogamento.
O intenso movimento de pessoas que se regista aos fins de semana, sobretudo aos domingos, é algo que defrauda qualquer observador. No fundo, aquelas milhares de pessoas, sobretudo crianças de ambos os sexos, entulham a praia do Wimbe não para se refazerem da canseira da semana de trabalho ou escolar, juntamente com a família e amigos, mas sim para incomodar. São crianças que circulam por ali, à caça de algumas moedas ou, o que é pior, para surripiar algo como telemóveis e outros bens dos que, na realidade, ali se deslocam para descançar. Ao fim da tarde, aos milhares, aqueles “turistas”, pegam a estrada a pé de regresso às suas casas. Chamar a este fenómeno sinónimo de crescimento turístico da praia do Wimbe é simplesmente falso.
Aqui, para além de ter desfrutado de condições principescas e de um acolhimento de irmandade dispensados pelo Faruk e sua companheira Shakila, passei alguns dias de absoluta calma, algo que há muito não experimentava.
A tranquilidade, o silêncio “rasgado” apenas pelo bater das ondas nas rochas madrugada adentro, os cajueiros com os frutos como há muito não via, os pescadores com as canoas a deslizarem suavemente no horizonte do mar alto, as raparigas e as mulheres inclinadas sobre si próprias a apanhar as ostras entre as pedras, as areais brancas, as algas de um verde reluzente, as grutas com galerias, o velho e solitário farol, tudo isso, teve o condão de um apaziguamento para comigo mesmo, permitindo-me o que na selva de Maputo não é possível: reflectir sobre o sentido da vida.
A praia do Wimbe conheceu, é verdade, um crescimento notável, destacando-se a existência de novas residências e locais de pasto e de entretenimento, para não falar do Casino pertença, ao que julgo, do meu amigo e antigo colega de escola Humberto Monteiro.
Fiquei agradavelmente surpreendido com as melhorias feitas no que foi outrora um pequeno bar, hoje Mar e Sol do Renato Chambarlain e da Eugénia Gaspar, local onde se pode degustar uns bons pratos de peixe pedra, do vermelho e do xaréu, para além, é claro, sorver, com toda a calma do mundo, umas bem geladinhas “2M” e Whisky com agua do lanho. O mesmo se pode dizer do “Nautilus”, embora aqui não deixe de torcer o nariz pelo facto de ter descurado a verdadeira função do local: o Clube Naútico, onde a criançada aprendia a canoagem, a natação e o salvamento em caso de afogamento.
O intenso movimento de pessoas que se regista aos fins de semana, sobretudo aos domingos, é algo que defrauda qualquer observador. No fundo, aquelas milhares de pessoas, sobretudo crianças de ambos os sexos, entulham a praia do Wimbe não para se refazerem da canseira da semana de trabalho ou escolar, juntamente com a família e amigos, mas sim para incomodar. São crianças que circulam por ali, à caça de algumas moedas ou, o que é pior, para surripiar algo como telemóveis e outros bens dos que, na realidade, ali se deslocam para descançar. Ao fim da tarde, aos milhares, aqueles “turistas”, pegam a estrada a pé de regresso às suas casas. Chamar a este fenómeno sinónimo de crescimento turístico da praia do Wimbe é simplesmente falso.
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