O Hotel Cabo Delgado, cuja construção e funcionamento acompenhei de perto (foi inaugurado em 1970), os prédios habitacionais como o do Cunha Alegre (onde vivi durante alguns anos), da ex-Manuntenção Militar, do Bispo (7 andares) e da Deta (Lam), só para citar alguns exemplos, terão servido para aquilatar o quão Pemba se transformou.
Confesso que não fiquei lá muito surpreendido com o que vi uma vez que, em comparação com o que nove anos tinha constatado, o estado de degradação permaneceu o mesmo, com a diferença de que, a zona alberga agora instituições que anteriormente não existiam.
Fiquei profundamente desolado, isso sim, foi com a transformação de dois importantes locais de lazer em barracas de comes e bebes (de prostituição também), de pequeno comércio e outros serviços. Estou a referir-me ao Clube Desportivo e ao Parque Infantil.
Julgo que os gestores da cidade cometeram um erro para o qual terão, no futuro, grandes dificuldades para corrígi-lo.
A cidade de Pemba perdeu duas importantes infra-estruturas que tiveram – e que poderiam continuar a ter – grande importancia na educação e formação da sua juventude: O Desportivo e o terreno adjacente, que serviu para a realização de bailes e outros convívios salutares e também para a prática de modalidades como o Futebol de Salão e o Basquetbol, está hoje entulhado de barracas onde imperam o vício e a má conduta; de venda de quinquilharias e electrodomésticos da mais baixa qualidade e, dizem, pessoas provenientes de outras latitudes mais a norte do país, a coberto do pequeno comércio, escondem actividades ilícitas como o tráfico de drogas.
Incompreensível para mim foi como foi possível a edilidade ter autorizado a transformação do pequeno zoo e da pequena biblioteca em instalação para a revelação de fotografias; como se deixou em estado de completo abandono o mini-cinema. Acrescento a este rol de apectos negativos, a transformação da Pastelaria “Triunfo” num estabelecimento de venda de ferragens. É uma aberração.
O intenso movimento que se regista nesta zona central da cidade de Pemba, longe de significar o desenvolvimento e consequente melhoria da vida da população, apenas reproduz fielmente o “modus vivendi” de outras urbes africanas: milhares e milhares de pessoas que deambulam de um lado para outro sem nenhuma ocupação e, pior, sem nenhuma perspectiva para o seu futuro. São jovens aos magotes que se movimentam sem elas próprias saberem para quê e para onde, vivendo o imediato de uns trocados que lhes satisfaz fugazmente as necessidades básicas, para no fim e num ciclo vicioso, regressarem à casa – se é que a tem – sem terem feito absolutamente nada para as suas vidas.
Confesso que não fiquei lá muito surpreendido com o que vi uma vez que, em comparação com o que nove anos tinha constatado, o estado de degradação permaneceu o mesmo, com a diferença de que, a zona alberga agora instituições que anteriormente não existiam.
Fiquei profundamente desolado, isso sim, foi com a transformação de dois importantes locais de lazer em barracas de comes e bebes (de prostituição também), de pequeno comércio e outros serviços. Estou a referir-me ao Clube Desportivo e ao Parque Infantil.
Julgo que os gestores da cidade cometeram um erro para o qual terão, no futuro, grandes dificuldades para corrígi-lo.
A cidade de Pemba perdeu duas importantes infra-estruturas que tiveram – e que poderiam continuar a ter – grande importancia na educação e formação da sua juventude: O Desportivo e o terreno adjacente, que serviu para a realização de bailes e outros convívios salutares e também para a prática de modalidades como o Futebol de Salão e o Basquetbol, está hoje entulhado de barracas onde imperam o vício e a má conduta; de venda de quinquilharias e electrodomésticos da mais baixa qualidade e, dizem, pessoas provenientes de outras latitudes mais a norte do país, a coberto do pequeno comércio, escondem actividades ilícitas como o tráfico de drogas.
Incompreensível para mim foi como foi possível a edilidade ter autorizado a transformação do pequeno zoo e da pequena biblioteca em instalação para a revelação de fotografias; como se deixou em estado de completo abandono o mini-cinema. Acrescento a este rol de apectos negativos, a transformação da Pastelaria “Triunfo” num estabelecimento de venda de ferragens. É uma aberração.
O intenso movimento que se regista nesta zona central da cidade de Pemba, longe de significar o desenvolvimento e consequente melhoria da vida da população, apenas reproduz fielmente o “modus vivendi” de outras urbes africanas: milhares e milhares de pessoas que deambulam de um lado para outro sem nenhuma ocupação e, pior, sem nenhuma perspectiva para o seu futuro. São jovens aos magotes que se movimentam sem elas próprias saberem para quê e para onde, vivendo o imediato de uns trocados que lhes satisfaz fugazmente as necessidades básicas, para no fim e num ciclo vicioso, regressarem à casa – se é que a tem – sem terem feito absolutamente nada para as suas vidas.
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