Prevista para 2009, a ponte que estabelecerá a ligação rodoviária entre a região sul e o centro-nordeste de Moçambique representa a maior infra-estrutura realizada em território moçambicano desde a sua independência.
Com 2,4 km de comprimento, dos quais 1,6 km serão executados em viaduto, a ponte representa um investimento de 66 milhões de euros.
A construção da ponte, em betão armado, vai substituir a actual travessia em batelão, assegurada pela Administração Nacional de Estradas, e que se revela insuficiente face ao intenso tráfego de pessoas e mercadorias que se regista entre Sofala e Zambézia.
Por diversas vezes empreendi de barco ou de batelão aquela travessia, a última das quais foi em outúbro deste ano. Espero que seja a última, para mim e para os grandes "maltratados" da sua falta: os motoristas de longo-curso que, não raras vezes permaneciam de um lado e do outro (Caia e Chimuara) vários dias, entregues ás investidas dos mosquitos e ... das chamadas "trabalhadoras do sexo", muitas delas transportando no corpo o mortal vírus da Sida.
Quem vai sair a perder são as proprietárias das míseras barracas de comes e bebes pois, com a entrada em funcionamento da ponte, ninguém dependerá da "boa disposição" dos marinheiros que manejam os caquéticos batelões.
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