O Papa Bento XVI indicou ontem que salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição.
O Sumo Pontífice acrescentou que a Igreja deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo, sublinhando “é preciso uma espécie de ecologia do Homem”.
Bento XVI discursava perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.
Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no.
O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.
O Sumo Pontífice acrescentou que a Igreja deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo, sublinhando “é preciso uma espécie de ecologia do Homem”.
Bento XVI discursava perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.
Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no.
O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.
O Papa disse ainda que a humanidade precisa de “escutar a linguagem da Criação” para entender os papéis do homem e da mulher e comparou as relações diferentes das heterossexuais como “a destruição do trabalho de Deus”.
“Aqui trata-se da fé no Criador e da escuta da linguagem da Criação, cujo desprezo significaria uma autodestruição do homem e, portanto, da própria obra de Deus”, alertou o Papa.
No mesmo discurso, um dos mais importantes do ano religioso, o Papa aproveitou ainda para se demarcar da imagem de “estrela rock” que se colou à pele do seu antecessor, João Paulo II, durante as Jornadas Mundiais da Juventude.
O Papa evocou o que chama de “análises em voga” que, segundo ele, “tendem a considerar essas jornadas como uma variante da cultura jovem moderna, como uma espécie de festival rock modificado, num sentido eclesiástico, com o Papa como estrela”.
As aparições do Papa João Paulo II, que morreu em 2005, nessas Jornadas suscitavam um entusiasmo próximo da histeria. O Papa polaco, que cultivava os contactos directos com as multidões, nunca combateu o fenómeno de adulação que causava alguma indisposição no seio da Igreja Católica.
Bento Dezasseis admitiu, porém, que há vozes católicas que vêm nestas iniciativas um “grande espectáculo, belo, mas de pouco significado para a questão sobre a fé e a presença do Evangelho neste tempo”.
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