A próxima edição do programa "Clube dos Entas", 2 de outúbro, vai destacar a vida e obra de Fela Kuti. Eis um "cheirinho" da sua carreira:
Fela Kuti iniciou uma trajetória sem precedentes na música africana e não só.
Tornou-se, no mínimo, o artista mais importante da Nigéria.
Espremeu o funk e o jazz, adicionou tempero africano e garantiu o sabor do caldo com o seu próprio talento e a extrema competência dos músicos que formaram as suas big-bands.
Inventou o afrobeat. Gravou mais de 80 discos em 30 anos.
Desafiou o governo. Decidiu, em 1974, que a sua residência seria um estado independente e lhe deu o nome de república Kalakuta. Depois de criticar as autoridades do seu país, num show de 77, viu a sua mãe morrer durante uma invasão policial à sua casa.
A senhora Olufunmilayo Ransome-kuti, então com 77 anos, foi arremessada pelos invasores do primeiro andar de Kalakuta. Ficou 27 dias no xadrez.
Em 1978, casou numa mesma cerimônia com 27 mulheres (muitas delas dançarinas e cantoras da sua banda) e baptizou todas com o seu sobrenome: Anikulapo-Kuti.
Candidatou-se, em 1979, à presidência da república da Nigéria. Candidatura rejeitada. Foi preso de novo. Dessa vez, em 1984, amargou 20 meses de reclusão. Morreu de Sida em 1997.
O "Clube dos Entas" pode ser escutado todas as quintas-feiras (22H05) e segundas-feiras (02H05) em 92.3 FM (Antena Nacional da RM) ou no site www.rm.co.mz
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