
RIO - A versão restaurada de "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" foi exibida pela primeira vez no festival Cine Ceará no ano passado. O complexo processo de recuperação do negativo do filme levou quase quatro anos: batalha que Paloma Rocha chegou a pensar ser impossível de vencer.
-A gente nem imaginava que ia conseguir. "Terra em transe" foi muito complicado porque foi o primeiro filme que nós restauramos, mas "O Dragão da Maldade..." foi muito mais precário. O resultado está aí - revela.
Os negativos originais do filme foram destruídos há 35 anos num incêndio no Laboratório GTC, em Paris. No Brasil, só havia preservado um negativo de câmera, com um granulado muito forte, o que impossibilitava o uso da imagem. Uma cópia francesa, dobrada, foi usada como base, enquanto o áudio foi recuperado a partir de outro negativo que estava em Cuba. Para juntar as duas pontas, a restauração foi completamente feita na Inglaterra, no Laboratório Prestech, com curadoria de João Sócrates Oliveira e supervisão de Affonso Beato, director de fotografia do filme.
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Os negativos originais do filme foram destruídos há 35 anos num incêndio no Laboratório GTC, em Paris. No Brasil, só havia preservado um negativo de câmera, com um granulado muito forte, o que impossibilitava o uso da imagem. Uma cópia francesa, dobrada, foi usada como base, enquanto o áudio foi recuperado a partir de outro negativo que estava em Cuba. Para juntar as duas pontas, a restauração foi completamente feita na Inglaterra, no Laboratório Prestech, com curadoria de João Sócrates Oliveira e supervisão de Affonso Beato, director de fotografia do filme.
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"Restaurar é colocar pequenas próteses para aquilo ganhar vida de novo. É como cirurgia plástica. Às vezes é melhor deixar um pequeno defeito do que usar muitos artifícios e o resultado não ficar natural "
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- São os adventos da tecnologia. O Beato usava uma fotografia que foi chamada de Tropicolor, hipersaturada, que foi desbotando com o tempo e é muito difícil de recuperar. A versão brasileira do filme tinha cenas censuradas. As outras cópias tinham cenas a mais. Foi preciso levar tudo em consideração - explica.
O resultado final é um trabalho de mestre.
- Restaurar é colocar pequenas próteses para aquilo ganhar vida de novo. É como cirurgia plástica. Às vezes é melhor deixar um pequeno defeito do que usar muitos artifícios e o resultado não ficar natural.
Apesar do renovado interesse pela obra de Glauber, ainda não há perspectiva para que as novas gerações possam assistir numa tela de cinema o filme que é considerado sua maior obra prima. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" ganhou uma restauração digital para ser lançado em DVD em 2003, mas possui apenas duas cópias em negativo, que estão em estado muito precário.
- Temos a intenção de levar "Deus e o Diabo" para o cinema, mas por enquanto só é viável para digital. Não temos condições de colocar o filme em película: fazer uma cópia custa 200 mil reais. Para restaurar o negativo são mais 700 mil reais - alerta Paloma, que não esconde a ansiedade por este processo, apesar dos custos: - É urgente.(X)
- São os adventos da tecnologia. O Beato usava uma fotografia que foi chamada de Tropicolor, hipersaturada, que foi desbotando com o tempo e é muito difícil de recuperar. A versão brasileira do filme tinha cenas censuradas. As outras cópias tinham cenas a mais. Foi preciso levar tudo em consideração - explica.
O resultado final é um trabalho de mestre.
- Restaurar é colocar pequenas próteses para aquilo ganhar vida de novo. É como cirurgia plástica. Às vezes é melhor deixar um pequeno defeito do que usar muitos artifícios e o resultado não ficar natural.
Apesar do renovado interesse pela obra de Glauber, ainda não há perspectiva para que as novas gerações possam assistir numa tela de cinema o filme que é considerado sua maior obra prima. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" ganhou uma restauração digital para ser lançado em DVD em 2003, mas possui apenas duas cópias em negativo, que estão em estado muito precário.
- Temos a intenção de levar "Deus e o Diabo" para o cinema, mas por enquanto só é viável para digital. Não temos condições de colocar o filme em película: fazer uma cópia custa 200 mil reais. Para restaurar o negativo são mais 700 mil reais - alerta Paloma, que não esconde a ansiedade por este processo, apesar dos custos: - É urgente.(X)
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